Na agitação da corrida eleitoral de 2024, dois ex-policiais da Capitol Police têm se destacado como figuras-chave nas campanhas de candidatos democratas, especialmente a do vice-presidente Kamala Harris. Harry Dunn, com 1,98 metro de altura, recentemente fez uma aparição na Gaston County, Carolina do Norte, onde, ao se dirigir a um grupo de voluntários, introduziu sua mensagem com um entusiástico “E aí, pessoal?”. Este ex-oficial, que também foi jogador de futebol americano na Universidade James Madison, tem utilizado sua crescente notoriedade para envolver eleitores em temas cruciais, como a insurreição de 6 de janeiro de 2021.
A luta contra a desinformação e a promoção da verdade na política
Dunn, ao relembrar os eventos traumáticos do ataque ao Capitólio, destacou que o seu trabalho na campanha é uma tentativa de “transformar limões em limonada”. Para ele, a experiência difícil vivida durante a insurreição não apenas moldou sua visão política, mas também o motivou a lutar pelo que considera uma causa justa. Ele enfatizou que todos os oficiais que responderam aos acontecimentos de 6 de janeiro são heróis, fazendo questão de repudiar as alegações sem fundamento do ex-presidente Donald Trump sobre o ocorrido e o resultado da eleição de 2020. “A principal coisa que temos a fazer é barrar Donald Trump”, afirmou, recebendo aplausos da plateia.
Seu papel na campanha de Harris vem se intensificando à medida que o calendário eleitoral se aproxima, e ele tem se mostrado um ativo defensor dos candidatos democratas. Dunn tem participado de diversas atividades, incluindo eventos em New York e Nevada, onde suas mensagens frequentemente veem à tona uma crueza emocionada, especialmente ao falar sobre os ataques sofridos por policiais no dia da insurreição. “Por muitas pessoas, 6 de janeiro é uma questão da linha de frente”, comentou Dunn, abordando o impacto duradouro que o ataque teve na confiança política do país.
Outro ex-capitalino, Aquilino Gonell, também está em ação, atuando como um importante aliado na mobilização de eleitores. Gonell, que aposentou-se devido a lesões que sofreu durante o ataque de 6 de janeiro, tem colaborado em diversos estados, como Arizona e Pensilvânia, destacando a importância da participação cívica e respondendo a erros relacionados à insurreição. Tanto Dunn quanto Gonell utilizam suas histórias pessoais como formas de conectar com eleitores e chamar a atenção sobre a necessidade de responsabilização dos envolvidos no ataque ao Capitólio.
Impacto contínuo da insurreição sobre as eleições
Com a proximidade das eleições, a retórica sobre o que aconteceu em 6 de janeiro continua a ser um divisor de águas entre candidatos. Gonell, reconhecendo sua nova função de embaixador da verdade, gravou um anúncio de campanha para Harris onde critica Trump diretamente, afirmando que ele chama os assaltantes de “guerreiros”, enquanto despreza aqueles que se dedicaram à proteção do Capitólio. Ambos os ex-oficiais têm se posicionado contra a tentativa de minimizar os eventos da insurreição e têm agido firmemente para enfatizar a seriedade dessa questão à medida que se aproxima o dia das eleições.
Gonell também tem focado seus esforços em mobilizar eleitores latinos. Em uma era onde a desinformação se torna uma arma muito utilizada em campanhas, seus testemunhos e a capacidade de trazer à tona a importância da defesa da democracia se tornaram essenciais. De acordo com pesquisas recentes, muitos eleitores latinos veem o apoio de Trump à insurreição como um fator decisivo em suas escolhas eleitorais.
Projeções para o futuro e o papel da cidadania ativa
Além de suas aparições em eventos eleitorais, Gonell e Dunn também se concentram em educar os eleitores sobre a importância de sua participação nas eleições, atormentados por temores crescentes sobre a integridade da democracia nos EUA. No cenário atual, em que debates sobre a verdade e a desinformação se acentuam, ex-policiais como Dunn e Gonell estão, sem dúvida, tentando garantir que a história do dia da insurreição não seja esquecida nem deturpada.
Os esforços de ambos, além de um claro chamado à ação, evocam um apelo ao civismo e à responsabilidade política. Dunn, ao refletir sobre o dia em que serviu ao país sob ataque, fez questão de destacar que a luta por uma democracia saudável e vibrante depende também da disposição de cada indivíduo para se manifestar. O ex-policial Michael Fanone, que também tem se envolvido nas eleições, ressalta em suas falas que o país tem enfrentado uma perda de empatia e civilidade que precisa ser urgentemente resgatada. O engajamento de pessoas como Dunn e Gonell é uma luz no fim do túnel para muitos, lembrando a todos que não se pode permitir que o passado se repita sem retificações.
No final, parece que a mensagem ungida com bravura de ex-oficiais da lei está ecoando por todo o país, renovando esperanças entre os que almejam um futuro onde a integridade, a verdade e a justiça prevaleçam.