Na última segunda-feira, 28 de outubro, durante a estreia de seu novo filme intitulado “Maria” em Los Angeles, a aclamada atriz Angelina Jolie se permitiu questionar sobre um possível novo rumo em sua carreira: a comédia romântica. Em uma conversa descontraída com a E! News, Jolie, que recentemente completou 49 anos, foi além do que apenas discutir o gênero. Ela reconheceu que, surpreendentemente, nunca havia protagonizado uma comédia romântica tradicional e refletiu sobre como sua interpretação da vilã Malévola pode ter se aproximado desse estilo cinematográfico.
“Eu não sei quão boa eu seria em uma comédia romântica,” brincou Jolie, mostrando sua característica autocrítica e bom humor. Ela lembrou que seu papel em “Maleficent” (2014) e sua sequência, “Maleficent: Mistress of Evil” (2019), pode ter sido o mais próximo que já chegou desse gênero. “Acho que Malévola foi o mais perto que cheguei; pensei que ela estava apaixonada por Diaval,” comentou, referindo-se ao personagem de Sam Riley, que é um fiel companheiro da bruxa. “Eu pensei que era um pouco uma comédia romântica; talvez eu tenha estado sozinha nesse pensamento,” completou, levantando um sorriso sobre a possibilidade de ver sua interpretação a partir de uma perspectiva diferente.
Embora muitos conheçam Jolie por seus papéis em filmes de ação e thrillers, como “Garota, Interrompida” e “Sr. e Sra. Smith”, a atriz revela que sua nova empreitada no mundo do cinema a levará para um terreno dramático distinto. O filme “Maria”, que chega às salas de cinema a partir de 27 de novembro, e será disponibilizado na Netflix no dia 11 de dezembro, é uma biografia da famosa cantora de ópera Maria Callas. Durante a estreia, Angelina compartilhou suas reflexões sobre a figura de Callas, revelando que as duas compartilham uma essência de solidão em suas respectivas jornadas artísticas. “Eu sei que existem certas coisas que as pessoas poderiam assumir do nosso distanciamento, mas penso que o que temos em comum é essa certa solidão que enfrentamos ao desempenhar nosso trabalho, onde muitas vezes estamos sozinhas, tentando descobrir algo ou sentindo que precisamos,” afirmou a atriz.
Enquanto conversava sobre sua nova atuação, Jolie revelou que não gostaria de aprofundar muito no assunto, pois entende que é um tema bastante pessoal. Contudo, ela foi clara ao mencionar que tanto ela quanto Callas possuem uma ética de trabalho rigorosa. “Posso ser muitas coisas, mas sou uma trabalhadora árdua, certo?” disse Jolie, reforçando sua identidade como uma artista comprometida e detalhando que seu trabalho não é apenas uma ocupação, mas um fator definidor em sua vida.
A conexão emocional que Angelina é capaz de demonstrar em suas declarações não passa despercebida. De fato, ao abordar a vida e os desafios enfrentados por Maria Callas, ela não apenas reconhece a complexidade de ser uma artista em um mundo muitas vezes solitário e competitivo, mas também amplia a discussão sobre a pressão que recai sobre aqueles que buscam excelência em sua profissão. A pergunta que fica no ar é: poderá Jolie, mesmo que de forma indireta, inspirar novas gerações ao compartilhar suas experiências pessoais e profissionais?
Ao final da conversa, ao pensar sobre sua trajetória e o que ainda está por vir, fica a expectativa em torno de como Angelina Jolie poderá se reinventar e, quem sabe um dia, nos surpreender ao protagonizar uma comédia romântica. Para nós, espectadores e fãs, essa expectativa é mais uma chama que alimenta a curiosidade sobre o futuro da atriz, que a cada novo projeto parece não apenas buscar novos desafios, mas também se conectar de maneira genuína com o público.