O novo documentário da Netflix, This is the Zodiac Speaking, reabre um dos casos mais intrigantes da história criminosa dos Estados Unidos: o do infame Assassino Zodiac, que aterrorizou a costa da Califórnia nas décadas de 1960 e 1970. A película não apenas revisita a trajetória desse serial killer, cujas cartas e cifras desafiavam tanto a polícia quanto os meios de comunicação a descobrir sua identidade, mas também apresenta a família Seawater, que tinha uma relação próxima com o principal suspeito da investigação, Arthur Leigh Allen. Ao longo do documentário, são apresentados novos dados que levariam a concluir que Allen foi, de fato, o assassino que assombrou a região.

um olhar mais atento sobre o caso do assassino zodiac

Desde que suas atividades criminosas começaram, o Assassino Zodiac se destacou não apenas pelos crimes hediondos que cometeu, mas também pela peculiaridade de sua comunicação. Ele enviava cartas codificadas e mensagens à imprensa, chamando a atenção e instigando tanto policiais quanto jornalistas. Tais elementos tornam o caso ainda mais fascinante, especialmente considerando o impacto cultural que teve, sendo tema de uma série de filmes e documentários ao longo dos anos. Além de evocar o terror, o Zodiac se tornou um enigma a ser desvendado.

No cerne do documentário está a família Seawater, que fornece uma visão única sobre Arthur Leigh Allen, alguém que eles chamavam de figura paterna e que levava as crianças da família em passeios de barco. David, Don e Connie Seawater, os filhos, revelaram que algumas dessas aventuras se correlacionaram com locais onde ocorreram assassinatos atribuídos ao Zodiac. Essa relação intensa suscita questionamentos sobre a proximidade de Allen com os crimes, reforçando as suspeitas que envolvem sua figura.

Connie Seawater se destaca ao ser apresentada como a “favorita” de Allen, mantendo o vínculo até a morte dele em 1992. Uma das peças mais intrigantes que surge durante o documentário é a carta e a cifra que o Zodiac enviou ao Albany Times Union em agosto de 1973. Essa carta, que ameaçava novas mortes, foi analisada em profundidade e revela detalhes que podem ser cruciais para o entendimento do caso.

o enigma da carta de albany e suas implicações

A carta de Albany, originada a partir de um artigo provocativo publicado no New York Daily News, instigou uma resposta rápida do assassino, que declarou estar vivo e prestes a matar novamente. Nas entrelinhas das palavras de um criador de pânico, a carta não apenas reafirmou a ameaça do criminoso, mas também trouxe um novo código, alegando conter a identidade da próxima vítima. Essa revelação foi discutida em outros documentários, incluindo um especial do History Channel que identificou “Connie Henly” como a suposta próxima vítima, fato que coincidiu com o nome da mãe alvo de Arthur Leigh Allen.

O mistério em torno da autenticidade da carta de Albany persistiu, com algumas vozes na comunidade de estudiosos do caso sugerindo que poderia ser uma farsa. Essa visão se fortaleceu pela ausência de atividades do Zodiac por um longo período, gerando dúvidas sobre a real capacidade da correspondência em capturar o “autêntico” assassino. Contudo, o documentário coloca a família Seawater posicionada em contrapartida a essa desconfiança, apresentado evidências do seu íntimo conhecimento que pode ligar Allen ao homicídio.

examinando conexões surpreendentes e evidências novas

Um aspecto marcante do This is the Zodiac Speaking é o envolvimento direto da família Seawater, que traz à tona ligações surpreendentes entre Allen e o nome misterioso “Connie Henly”. Uma coincidência inquietante se revela quando se considera que o nome “Henly” é bastante similar ao sobrenome de solteira da avó de Connie, que era Hensley. Além disso, as ligações estendem-se às idiossincrasias do próprio assassino, conhecido por grafar errado nomes e palavras nos seus comunicados. Assim, o fato de “Henly” estar incorretamente escrito no contexto da carta suscita novas reflexões sobre o que pode ser um erro deliberado ou uma mensagem disfarçada. O documentário lança um olhar intenso sobre essa conexão, revelando que Connie, que na época residia a cerca de 480 quilômetros de Albany, acredita que foi marcada como próxima vítima.

Assim como na comunicação do assassino, nas cartas e cifras anteriores, a escolha propositada de escrever de forma errada levanta dúvidas que podem ser exploradas. Quando os telefonemas estranhos começaram a ocorrer, onde a única coisa audível era a respiração pesada, a realidade de seu envolvimento com Allen se tornou ainda mais palpável. O filme proporciona um vislumbre intenso não apenas do terror pelas ameaças, mas também das repercussões emocionais e psicológicas que essas pessoas sofreram.

reflexões finais sobre o legado do caso zodiac

Após décadas de revira-voltas e especulações sobre a identidade do Assassino Zodiac, This is the Zodiac Speaking emerge como um dos documentários mais impactantes, apresentando novas evidências que confrontam teorias pré-estabelecidas. A abordagem humana do filme, ao destacar o relato pessoal da família Seawater, não apenas torna a narrativa mais dramática, mas também traz uma nova dimensão ao caso que já foi amplamente debatido. Este documentário é uma contribuição crucial para o entendimento de uma das figuras mais sombrias da criminologia americana, contribuindo para que outras pessoas possam se lembrar e refletir sobre os traumas causados tanto pelas ações do assassino quanto pelas suas consequências.”

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