Em um episódio carregado de emoção e reflexão, o apresentador Jimmy Kimmel utilizou a abertura do seu programa “Jimmy Kimmel Live!” para emitir um apelo direto aos republicanos moderados. Às vésperas de uma eleição que promete ser tão polarizada quanto decisiva para o futuro da política americana, Kimmel compartilhou uma mensagem sincera visando aqueles que, independentemente de suas inclinações políticas, nutrem preocupações sobre o estado atual da democracia e da segurança no país.
Antes do show, o apresentador fez um convite especial através das redes sociais, sugerindo que os telespectadores convidassem um republicano que apreciam a assistir ao programa naquela quarta-feira. Ele deixou claro que estava preparado para um ‘monólogo especial’, destinado a provocar uma reflexão profunda sobre as recentes atuações de Donald Trump e as implicações que isso pode ter no futuro do país. Kimmel começou afirmando: “Eu presumo que você esteja assistindo porque se importa com a pessoa que pediu para você assistir ou talvez você seja apenas uma pessoa de mente aberta e não tem medo de ouvir alguém que pode não concordar com você.”
A temática ressaltada por Kimmel é crítica. Através de um discurso que durou quase 20 minutos, o apresentador, conhecido por seu tom satírico, focou nas palavras de Trump, apresentando uma coleção de trechos de discursos que evidenciam a desumanização da política. “A maioria dos americanos — e você provavelmente é um deles — não tem tempo para assistir aos seus comícios e discursos, porque você tem outras coisas para fazer. Mas eu não tenho outras coisas para fazer,” disse Kimmel, aproveitando o momento para compartilhar com a audiência sua própria dedicação em monitorar a visão que o ex-presidente projeta ao longo dos anos. Ele observou que, ao longo dos últimos nove anos, assistiu a quase todos os discursos e entrevistas de Trump, o que lhe conferiu uma perspectiva única e profundamente crítica.
O apresentador então passou a projetar uma série de clipes de Trump comentando sobre diversos assuntos, desde planos de saúde que ele tem mencionado desde 2016 até opiniões sobre talheres infantis e moinhos de vento. À medida que as falas do ex-presidente se desenrolavam, Kimmel questionou ironicamente: “Você não deveria estar competindo para presidente? Não deveria se preocupar com assuntos importantes?” Kimmel enfatizou que a gravidade da situação está na venda constante de produtos, algo incomum entre os presidentes, mas que se tornou uma prática habitual para Trump, que expôs uma coletânea de seus anúncios de produtos, desde moedas até bíblias, o que gerou um clima de desconforto e reflexão na plateia.
Em um tom significativo, Kimmel observou que muitos repúblicos e ex-membros da administração Trump se afastaram de seu apoio, expressando a necessidade de examinar as verdadeiras motivações de Trump. Ele lembrou à sua audiência que a desinformação e a manipulação da verdade são traços preocupantes na liderança do ex-presidente, afirmando: “Se ele não se importa com a verdade ou se tem dificuldade em entendê-la, ambos são péssimas opções.” Com a aproximação da eleição, Kimmel ressaltou que, para Trump, o jogo está claro: se ele vencer, é porque a eleição foi honesta. Caso contrário, será porque foi manipulada.
O apresentador falou sobre a futilidade das promessas de Trump, que, segundo ele, incluem mais processos e ações legais do que soluções reais para problemas como a alta nos preços dos alimentos e a segurança nacional. “Trump quer transformar Deus e a política em algo que gira em torno de ‘de mim, por mim, para mim’,” disparou Kimmel, destacando que essa não é a definição de um verdadeiro líder.
Ao final de seu monólogo, Kimmel fez uma analogia entre política e esportes, sugerindo que muitos votam seguindo a tradição familiar, mas enfatizando que essa vez a situação é diferente e que os cidadãos republicanos não estão sozinhos em suas preocupações. “A maioria das eleições trata de políticas. Esta não. É sobre sanidade, segurança e democracia,” concluiu Kimmel, enviando uma mensagem poderosa que repercutiu na audiência e provocou uma reflexão essencial em um momento crítico da história política americana.