A importância da indústria cinematográfica húngara está em evidência, especialmente após o reconhecimento de “Poor Things” como a melhor produção internacional realizada no país durante o festival Made in Hungary. Este evento, promovido pelo Instituto Nacional de Cinema da Hungria em colaboração com o Liszt Institute de Nova York, marca não apenas um triunfo para o cinema húngaro, mas também cimenta a Hungria como um novo hub para produções internacionais. À medida que as filmagens em Los Angeles enfrentam uma queda significativa, a Hungria se destaca ao oferecer incentivos robustos, atraindo cada vez mais profissionais e estúdios de renome.

No dia 16 de outubro, uma nova pesquisa realizada pela FilmLA revelou que as filmagens em Los Angeles estão próximas de níveis historicamente baixos. O CEO da Sony Pictures Entertainment, Tony Vinciquerra, destacou as dificuldades enfrentadas na Califórnia, que enfrenta um golpe considerável por conta da falta de incentivos para produtores. A proposta do governador da Califórnia, Gavin Newsom, para aumentar o teto de um programa de alívio fiscal destinado a cineastas que desejam filmar no estado gerou expectativas de que o cenário começasse a mudar. Entretanto, por outro lado, o festival Made in Hungary estava em plena atividade, celebrando não apenas a produção local, mas também a produção internacional, unindo Hollywood e Budapeste numa ação que promete fruits valiosos para todos os envolvidos.

Na festa de encerramento do Made in Hungary, os convidados puderam se deliciar com macarons nas cores da bandeira húngara, enquanto a aclamada produção de Yorgos Lanthimos, “Poor Things”, foi reconhecida com o prêmio de melhor filme internacional realizado na Hungria. Zsuzsa Mihalek, decoradora de produção húngara, foi homenageada pela contribuição ao design de produção do filme que levou para casa várias estatuetas do Oscar este ano. Em conversa com o CEO do Instituto Nacional de Cinema, Ákos Bertalan Pal, ele destacou a excepcional confiabilidade do staff técnico húngaro e a importância econômica que o setor cinematográfico representa, reiterando que mesmo com os subsídios, o orçamento do estado permanece positivo. “As produções geram emprego e aumentam o PIB”, declarou Pal. O investimento no setor não apenas tem favorecido a economia local, mas também ajudado a moldar a Hungria como um destino cinematográfico atraente.

Desde a criação do Instituto Nacional de Cinema, há apenas alguns anos, a Hungria se estabeleceu como um centro de produção para projetos internacionais, atraindo um número crescente de filmes românticos e épicos. Em 2023, o gasto total com produções na Hungria alcançou um recorde impressionante de 910 milhões de dólares, quase quatro vezes mais do que os 183 milhões registrados em 2018. Além disso, o Instituto está ampliando sua capacidade de estúdios e adicionando quatro novas estantes de som de 2.500 metros quadrados, elevando a capacidade total para 12.670 metros quadrados. Isso garante que a Hungria não só mantenha um fluxo constante de produções, mas também se prepare para um futuro ainda mais promissor no setor cinematográfico.

Durante uma conversa com o comissário de cinema húngaro, Csaba Káel, ele mencionou as capacidades que o país pode oferecer a Hollywood. A fundação do Instituto Nacional de Cinema em 2020 consolidou um ecossistema robusto que abrange arquivo e laboratórios de filme, além de estúdios. A falta de um teto no nível de reembolso fiscal e a oferta de 30% de reembolso são atraentes para os produtores. Káel destaca os anos de história cinematográfica e a recente expansão das infraestruturas de produção que colocam a Hungria no mapa como um dos principais pontos de filmagem da Europa. É uma afirmação ousada, mas necessária, considerando que o país frequentemente é a escolha de diretores renomados como Angelina Jolie e Brady Corbet.

Uma razão crucial para este crescimento é o aumento da capacitação dos profissionais do cinema no país. Com a inauguração de novos estúdios de treinamento equipado com tecnologia de ponta, como telas LED para filmagem, a Hungria está se preparando para formar uma nova geração de cineastas e técnicos altamente qualificados. Com uma rica cena cultural que atrai talentos de todo o mundo e um ambiente de filmagem acolhedor e inovador, o país se posiciona como um emergente centro europeu para produções cinematográficas.

O futuro parece brilhante para a indústria cinematográfica húngara, que tem planos ambiciosos de tornar-se um centro europeu. O desenvolvimento contínuo de infraestruturas, juntamente com a troca de ideias em um mercado cinematográfico planejado, representa um passo significativo em direção a uma posição de destaque no cenário global. O Instituto Nacional de Cinema também visa estimular colaborações que facilitarão a circulação de produções, tanto de Hollywood quanto do cinema independente. Portanto, enquanto a Califórnia permanece em um período de instabilidade, a Hungria se apresenta como um farol de oportunidades e criatividade para cineastas em busca de um novo lar para suas visões.

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