A corrida presidencial de 2024 está esquentando, e os dados mais recentes de uma pesquisa da CNN revelam que a vice-presidente Kamala Harris possui uma leve vantagem em duas das três principais redes eleitorais conhecidas como “blue wall”, que representam uma das rotas mais claras para uma vitória no Colégio Eleitoral sobre o ex-presidente Donald Trump. Essas informações surgem no contexto de uma eleição acirrada, onde cada voto conta, especialmente em estados que historicamente têm um impacto significativo no resultado final. Com Michigan e Wisconsin mostrando números encorajadores para a vice-presidente, enquanto a batalha em Pensilvânia permanece empatada, fica evidente que a dinâmica eleitoral está em constante evolução e suscita questionamentos acerca do futuro político dos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa realizada pela SSRS para a CNN, Harris lidera Trump em Michigan com 48% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente se estabelece com 43%. Em Wisconsin, a vice-presidente se destaca ainda mais, contando com um apoio de 51% a 45% para Trump. Contudo, o estado da Pensilvânia é onde a disputa promete ser mais acirrada, já que tanto Harris quanto Trump estão empatados com 48% de apoio. Este último, sendo o maior prêmio eleitoral entre os três estados, torna-se uma peça central nas aspirações de qualquer candidato em busca da presidência.
Vale ressaltar que os três estados, que em 2016 favorecem Trump, foram conquistados por Joe Biden em 2020. Dessa forma, a luta por esses estados se torna essencial uma vez mais. Dentre os sete estados considerados em disputa pela CNN, Michigan e Wisconsin são os únicos que ainda contam com a presença de Robert F. Kennedy Jr., que suspendeu sua candidatura independente e declarou apoio a Trump. No entanto, Kennedy ainda atraí 3% do apoio em Michigan e permanece com apenas 1% em Wisconsin, indicando uma concentração de votos nas figuras principais da corrida. Em Michigan, 6% dos eleitores prováveis afirmam apoiar um candidato que não seja Harris ou Trump, refletindo um apelo significativo por alternativas independentes.
Além disso, conforme a pesquisa, o entusiasmo em torno da votação não se manifesta de maneira uniforme. Aqueles que expressam um forte desejo de participar das urnas tendem a favorecer Harris, que alcança 51% em Michigan contra 45% para Trump, e em Wisconsin, com 52% para Harris e 47% para Trump. Em Pensilvânia, a divisão é um pouco mais apertada, com 50% se inclinando para Harris e 47% para Trump. Esses números se mostram consistentes em comparação com a última rodada de pesquisas realizadas no final do verão, que indicaram que Harris tinha uma vantagem semelhante nessas três localidades.
Outro ponto interessante a ser destacado é que a grande maioria dos eleitores nos estados do “blue wall” já se decidiu por seus candidatos, com apenas 8% dos prováveis eleitores na Pensilvânia, 7% em Michigan e 6% em Wisconsin ainda indecisos ou abertos a mudanças antes do grande dia da votação. A confiança de Harris em lidar com a economia é um tema que ainda apresenta desafios, embora se mostre menos severa em Michigan e Wisconsin, onde a diferença em relação a Trump é de 4 e 3 pontos, respectivamente, enquanto que em Pensilvânia a fundação apresenta uma desvantagem de 8 pontos para a vice-presidente.
Nos termos da confiança associada à proteção da democracia, Harris claramente se destaca, levando vantagem de 8 pontos em Michigan e Wisconsin, em comparação a uma margem mais estreita de 4 pontos na Pensilvânia. A percepção de honestidade e ética também favorece a vice-presidente, que detém uma liderança de 17 pontos em Wisconsin e 16 em Michigan, contrastando com apenas 7 pontos na Pensilvânia. Os dados revelam uma narrativa complexa, onde as diferenças na percepção macroeconômica e nas principais características eleitorais podem influenciar o desfecho em cada uma dessas disputas estaduais.
Os eleitores em Michigan e Wisconsin seguem apresentando uma averiguação favorável em relação à disposição de Harris em priorizar os interesses do país sobre os seus próprios. Em Wisconsin, a diferença é de 10 pontos, e em Michigan, de 8 pontos. Entretanto, os eleitores na Pensilvânia demonstram um equilíbrio, com 46% apoiando Harris e 45% Trump. As nuances do apoio entre grupos étnicos também são dignas de nota, com a vice-presidente tendo desempenho robusto entre os eleitores negros, atingindo 83% a 12% em Michigan, significativamente mais alto que os 76% a 21% em Pensilvânia.
À medida que a campanha avança, as votações também revelam uma divisão clara entre a dinâmica do voto urbano e rural, com Harris mostrando resultados melhores nas áreas urbanas em Michigan e Wisconsin, mas enfrentando maior resistência na Pensilvânia, onde Trump previne uma vantagem significativa entre os eleitores rurais. No entanto, o voto suburbano favorece Harris em todas as três localidades, sublinhando a importância desses setores demográficos na configuração do cenário eleitoral deste ciclo.
À parte da corrida presidencial, as eleições para o Senado em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin também prometeram ser competitivas. Atualmente, Michigan apresenta uma batalha acirrada entre a representante democrata Elissa Slotkin e o ex-representante republicano Mike Rogers, com Slotkin liderando com 48% contra 42%. Na Pensilvânia, o senador democrata Bob Casey tem 48% de apoio contra 45% do republicano Dave McCormick, enquanto em Wisconsin, a senadora democrata Tammy Baldwin também não consegue definir um líder claro, com 49% para ela e 47% para o republicano Eric Hovde. Esses dados indicam uma luta acirrada e intrincada, onde os candidatos de ambos os lados estão em constante competição pela aprovação dos eleitores.
À medida que a data das eleições se aproxima, os estados do “blue wall”, que tradicionalmente apresentam menos cultura de votação antecipada, estão vivenciando um pequeno aumento na participação, embora ainda haja uma proporção significativa de eleitores que não se manifestaram. Enquanto Michigan apresenta 36% de eleitores que já votaram, Wisconsin representa 34% e Pensilvânia, 26%. Esta é a primeira eleição presidencial em que Michigan apresentou votação antecipada presencial, levando a um aumento considerável na participação nas primeiras rodadas de votação. Aqueles que exprimem a certeza de sua escolha se inclinam fortemente a votar em Harris, com uma vantagem significativa em todas as três localidades.
Com tantos elementos em jogo, incluindo a confiança dos eleitores em que seus votos serão contados com precisão, que gira em torno de 75% ou mais nos três estados, é claro que a corrida para a Casa Branca está longe de ser decidida. O percentual de apoio para Harris revela uma noção de precariedade, indicando que muitos optam por apoiá-la não pela empolgação com a sua candidatura, mas por preocupações em relação ao caráter de Trump. Assim, os meses vindouros prometem ser cruciais para determinar não apenas quem irá ocupar a presidência, mas como a dinâmica do eleitorado vermelho e azul se comportará frente a um cenário político em constante transformação.