As eleições presidenciais de 2024 estão se aproximando rapidamente, e as últimas pesquisas da CNN, conduzidas pela SSRS, revelam um panorama intrigante nas disputas da Geórgia e da Carolina do Norte. Ambos os estados, conhecidos como campos de batalha essenciais, mostram uma corrida extremamente apertada entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump. Durante a pesquisa, 48% dos eleitores prováveis da Geórgia apoiaram Trump, enquanto 47% optaram por Harris. Na Carolina do Norte, a tendência é semelhante, com Harris à frente por 48% contra 47% de Trump. Assim, nenhum dos candidatos se destaca claramente, refletindo a intensa polarização política que caracteriza o cenário eleitoral atual.
contexto das eleições nas battleground states
A Geórgia e a Carolina do Norte têm desempenhado papéis críticos nas eleições passadas. Em 2008, a Carolina do Norte votou em Barack Obama, enquanto, nas últimas três eleições presidenciais, inclinou-se para o partido republicano. Em 2020, Trump conquistou a vitória com uma margem extremamente estreita. A Geórgia, por sua vez, foi um marco na eleição de 2020, quando Joe Biden venceu Trump por menos de um ponto percentual, marcando a primeira vitória democrata no estado desde Bill Clinton em 1992. A configuração demográfica e as preocupações locais são determinantes na dinâmica das campanhas, o que faz com que tanto Harris quanto Trump concentrem esforços nessas regiões.
As novas pesquisas indicam que uma impressionante porcentagem de 95% dos eleitores prováveis em ambos os estados já tomou sua decisão de voto, deixando uma quantidade limitada de eleitores que poderiam ser persuadidos a mudar de lado, embora essa fração ainda tenha o potencial de influenciar o resultado. Além disso, mais da metade do eleitorado em ambos os estados já declarou ter votado: 59% na Geórgia e 52% na Carolina do Norte, com esses eleitores inclinando-se levemente para Harris, que leva uma vantagem de 7 pontos na Geórgia e 6 na Carolina do Norte.
análise do apoio às candidaturas
Quando se observa o apoio a Harris, é interessante notar que aproximadamente dois terços de seus apoiadores nas duas localidades afirmam que estão votando principalmente para a apoiar, e não para se opor a Trump. Esse dado é 9 pontos porcentuais maior do que a média registrada em outras battleground states, onde o apoio a candidatos tende a ser mais dividido. A ampla maioria de seus apoiadores é composta por eleitores negros, com cerca de 8 em cada 10 afirmando que o voto é uma endosse direto à vice-presidente. Isso ocorre, mesmo com essa demografia se mostrando menos motivada a votar em comparação com eleitores brancos. Não obstante, 81% dos apoiadores de Trump nas mesmas estados confirmam que seu voto é um apoio ao ex-presidente, o que retrata uma sólida base de apoio ao longo de ambos os grupos.
Enquanto a disputa pela presidência esquenta, vale ressaltar que a corrida para o governo da Carolina do Norte apresenta um cenário oposto. O candidato democrata Josh Stein lidera de forma significativa a corrida, com 53% contra 37% do republicano Mark Robinson, que enfrenta um escândalo. A maior parte dos eleitores de Trump declarou apoio a Robinson, resultando em um desvio considerável na votação para o governo.
divisões demográficas e regionais que afetam o cenário eleitoral
As pesquisas também mostram que, enquanto as opiniões sobre o desempenho do presidente Joe Biden tendem a ser desfavoráveis em ambos os estados, a Geórgia avalia seu trabalho com 37% de aprovação e a Carolina do Norte 39%. No entanto, em relação à resposta do governo aos danos causados pelo furacão Helene, a avaliação é ainda mais negativa, especialmente na Carolina do Norte, onde apenas 36% aprovam a atuação da administração. Essas nuances são significativas na dinâmica do apoio e descontentamento entre os eleitores, e relatórios apontam que, entre os apoiadores de Harris, 11% desaprovam a gestão da crise pela administração Biden na Carolina do Norte.
A dinâmica social entre os eleitores negros e brancos é crucial, com Harris apresentando uma ampla margem de vantagem entre os negros, mas enfrentando desafios entre os eleitores brancos, especialmente os não graduados. Em um ambiente onde os candidatos disputam ferozmente o apoio feminino, as pesquisas indicam que a favorabilidade de Trump entre homens é marcante, enquanto Harris mantém um leve domínio entre as mulheres. Entre votantes urbanos, Harris goza de ampla aceitação, ao passo que Trump se destaca nas áreas rurais.
como questões impactam as escolhas dos eleitores
Outra descoberta interessante é que, entre os eleitores da Geórgia e Carolina do Norte, a maioria acredita que as posições dos candidatos sobre questões específicas são mais relevantes do que suas características pessoais. Isso reflete uma tendência em muitas das battleground states. Quando se fala sobre áreas críticas, Trump é visto como mais confiável na área da imigração e política externa, enquanto Harris se destaca em questões relacionadas a saúde reprodutiva, recebendo a vantagem em aspectos como a proteção dos direitos democráticos. Paradoxalmente, enquanto os eleitores em ambas as localidades demonstram confiança significativa na precisão dos votos, essa confiança é notavelmente mais forte entre os apoiadores de Harris do que entre os de Trump.
conclusão da corrida presidencial nas campanhas acirradas
À medida que a temporada de eleições se intensifica e a data se aproxima, fica claro que as batalhas na Geórgia e Carolina do Norte prometem ser cruciais. As alianças eleitorais estão se moldando, mas a disparidade demográfica e as questões locais continuarão a desempenhar um papel significativo na votação. A luta entre Harris e Trump é emblemática de uma era política polarizada nos Estados Unidos, onde cada voto pode ser decisivo nessa corrida acirrada pelo poder executivo. Com uma margem de erro nas pesquisas que não permite uma clara interpretação dos resultados, o único consenso é que a emoção e a incerteza estão longe de terminar, mantendo todos à espera para ver o que o futuro reserva nas urnas.