Nos universos das histórias em quadrinhos, onde a fantasia se entrelaça com a realidade, poucas narrativas capturam a essência da fragilidade humana como a história de Sue Storm, a mulher invisível. Recentemente, a edição “What If? #42”, de Marvel Comics, trouxe à tona uma reviravolta devastadora ao explorar o que aconteceu se Sue tivesse morrido durante o parto. O retrato desse evento não apenas impacta diretamente a histórica família fantástica e sua dinâmica, mas também destaca como a presença de Sue é essencial para a unidade e força do grupo.
A trágica história da morte da mulher invisível
Na narrativa concebida por Peter B. Gillis, Ron Frenz, Joe Sinnott e Janice Chiang, somos levados a um universo alternativo, onde a mulher invisível exige Elemento X do Zona Negativa para proteger seu filho, Franklin Richards, dos raios cósmicos que emanam de seu corpo durante o parto. No entanto, neste universo sombrio, a tragédia se abate quando Sue morre ao trazer Franklin ao mundo, criando um efeito dominó que desmantela a equipe que os fãs conhecem e amam.
O impacto da perda de Sue é profundo e afeta não apenas a batalha contra os vilões, mas também desestabiliza emocionalmente cada um dos membros da família fantástica. A dor é palpável e se manifesta através da comoção do Tocha Humana, que se despedaça em lágrimas ao fazer seu discurso durante o funeral da irmã. Ben Grimm, o Coisa, luta para manter o controle, e suas palavras ressoam entre o grupo: “A família fantástica nunca teria existido se não fosse por ela.”
A importância da mulher invisível no universo da Marvel
A reação mais impactante, porém, vem de Reed Richards, o Homem Mais Elástico, cujo sofrimento é palpável e revela a verdadeira importância de Sue não apenas em sua vida pessoal, mas na própria essência da família fantástica. Reed expressa sua dor ao afirmar que Sue era a única razão pela qual ele não se tornara como Victor Von Doom, o temido Doctor Doom. Esta revelação ressalta que a vulnerabilidade de Reed é, em última análise, o fio condutor que liga a equipe; sem Sue, ele sucumbe ao medo do poder absoluto e da solidão.
Além disso, outros membros da equipe reagem de maneira única à perda de Sue. Para Johnny Storm, ela não é apenas a super-heroína, mas a irmã que o orientou a se tornar o herói que ele é hoje. Ben Grimm também reconhece que Sue foi a primeira a não vê-lo apenas como um monstro, contribuindo para sua autoaceitação e crescimento como personagem. Em assim, cada membro da família fantástica possui uma conexão profunda e única com Sue, que serve como a cola emocional da equipe.
A jornada devastadora de Reed em busca de vingança
Após a morte de Sue, Reed Richards entra em um estado de desespero, suas ações são impulsionadas pela necessidade de vingança. Ele se dirige à Zona Negativa, determinado a eliminar Annihilus, o responsável pela dor e perda de sua amada. Nessa jornada sombria, Reed se vê confrontado por Namor, que tenta intervir, lembrando Reed de que a busca por vingança não trará Sue de volta. Mesmo assim, o desespero de Reed o empurra em direção a um destino trágico, revelando que a perda de Sue moldou seu futuro do mesmo modo que impactou o de todos os outros heróis.
A irreversibilidade da perda e reconstrução da esperança
Enquanto Reed se entrega à busca por vingança, ele exemplifica a transformação que a perda pode provocar em até mesmo os personagens mais fortes. A ideia de que não pode haver Família Fantástica sem Sue Storm se torna uma realidade amarga. Assim, quando o grupo se dispersa e se encontra à beira da destruição, os fãs são lembrados de que os heróis são, na essência, humanos, suscetíveis a itens desconhecidos, e que, no fundo, Sue era a luz que manteve a escuridão afastada. A recuperação e a reconstrução não são apenas escolhas, mas a única rota de destino possível para aqueles que ainda sobrevivem, pois eles devem trazer à tona o que aprenderam com ela e seguir em frente, mesmo sem sua presença física.
O enredo do What If? #42 não só explora a fragilidade dos heróis, mas também reforça a importância permanente de Sue Storm dentro do enredo da Marvel. O universo super-heroico, muitas vezes complicado e emaranhado, encontra um equilíbrio delicado na figura da mulher invisível. Sua força, coragem e humanidade a transformaram na base da Família Fantástica, ajudando não apenas a moldar os destinos de seus membros, mas também a criar laços profundos entre eles. A mensagem clara é que, em um mundo de poder e luta, a verdadeira força reside na compaixão, amor e empatia. Em suas várias interações, Sue é o coração e a alma da família fantástica, e isso é o que torna sua perda tão devastadora e seu legado tão indelével.
Assim, ao se deparar com o luto e a transformação que resulta da morte de Sue Storm, é inegável que a Família Fantástica e os heróis da Marvel nunca mais serão os mesmos. O que permanece é a esperança de que suas lições não sejam esquecidas e que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a luz que Sue representa possa iluminar o caminho para eles, não importa o quão distante ou invisível ela possa parecer.