A vice-presidente Kamala Harris recebe atenção renovada em sua campanha presidencial, particularmente em relação à sua saúde, que foi elogiada por seu médico como “excelente”. Em uma carta divulgada no último sábado, o Dr. Joshua Simmons, coronel do Exército dos EUA e médico pessoal de Harris, confirmou que ela apresenta uma saúde física e mental robusta, tornando-a plenamente capaz de assumir as funções presidenciais, se necessário. Este comunicado não apenas reforça a imagem de Harris como uma candidata vigorosa, mas também representa uma estratégia calculada de sua campanha para pressionar o ex-presidente Donald Trump, que atualmente está em uma disputa acirrada na corrida eleitoral de 2024.

Kamal Harris, aos 59 anos, conduz um estilo de vida ativo e saudável. Na avaliação médica realizada em abril de 2023, os resultados foram descritos como “não notáveis”, um termo que indica a ausência de preocupações significativas na saúde da vice-presidente. Essa comunicação é vista como fundamental pela equipe de campanha de Harris, que pretende inverter o foco das preocupações para a saúde de Trump, que aos 78 anos pode enfrentar questionamentos relativos à sua condição física. Os assessores de Harris argumentam que, ao contrastar suas idades, podem instigar Trump a divulgar informações mais recentes sobre sua saúde, especialmente consideradas as promessas anteriores do ex-presidente de que liberaria seus registros médicos.

Em resposta ao comunicado sobre a saúde da vice-presidente, a campanha de Trump emitiu uma declaração afirmando que ele está em “perfeita e excelente saúde para ser o Comandante em Chefe”, embora não tenha compartilhado detalhes quantificáveis sobre sua condição de saúde. Os últimos documentos de saúde de Trump disponíveis ao público são cartas elaboradas pelo Dr. Ronny Jackson, que se tornaram relevantes depois de um incidente de segurança em um comício na Pensilvânia. Agendas prévias de divulgação de saúde indicam que, em outubro de 2023, Trump disse em uma entrevista à CBS que liberaria “com prazer” seus registros, afirmando ter obtido um “resultado perfeito” em uma avaliação médica recente.

Adicionalmente, é importante notar que Trump, se eleito, se tornaria o presidente mais velho da história dos Estados Unidos ao término de seu mandato. A medicina preventiva foi uma preocupação reiterada nas declarações de seus médicos, mas sempre sem muitos detalhes reveladores. Durante os três últimos anos, Simmons, o médico de Harris, tem sido seu médico de cuidados primários e relatou uma história de alergias leves, além de urticária, para as quais Harris se submete a um tratamento de imunoterapia. Os resultados de seus últimos exames de sangue e outros testes foram igualmente relatados como “não notáveis”, reforçando a impressão de saúde sólida.

O médico também mencionou que Harris utiliza lentes de contato para corrigir miopia leve e que permanece atualizada em relação a cuidados preventivos, tendo realizado exames importantes como colonoscopias e mamografias anuais. A estratégia de campanha de Harris em destacar a salud pública do ex-presidente reflete a abordagem já aplicada pela campanha republicana em relação ao presidente Joe Biden, quem frequentemente era alvo de críticas por sua idade e saúde, especialmente durante a corrida presidencial de 2020. Com Biden fora da disputa em julho de 2024, a campanha de Harris parece decidida em transformar essas preocupações em um ativo político.

Nas redes sociais, a campanha de Harris intensificou as referências à idade de Trump, identificando momentos em que ele parece confuso ou hesitante em suas falas. Uma postagem no perfil da sede da campanha de Kamala disse: “Os americanos estão cansados de suas mentiras e delírios repletos de erros. Isso está ficando… velho.” Essa narrativa é uma tentativa de acentuar não apenas as diferenças de saúde entre os candidatos, mas também de estimular um debate mais amplo sobre a aptidão física e mental dos líderes políticos, um tópico que continua a ser central nas eleições de 2024.

À medida que a corrida eleitoral se intensifica, as informações de saúde dos candidatos e suas implicações para o futuro da liderança nos Estados Unidos continuarão a ser um foco de análise tanto por parte da mídia quanto do eleitorado. As preocupações sobre a saúde dos líderes e suas capacidades no cargo são questões que afetam diretamente a percepção pública e a confiança nas instituições. Portanto, o que está em jogo nas próximas semanas não é apenas a saúde de Kamala Harris, mas o próprio rumo da política norte-americana.

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