no último mês de agosto, nev schulman, reconhecido por seu trabalho na série catfish, enfrentou um momento desafiador quando quebrou o pescoço em um acidente de bicicleta que o afastou temporariamente de seus objetivos pessoais e atléticos. a expectativa de participar da nova york city marathon pela sétima vez parecia distante, até que ele encontrou um novo propósito em sua recuperação: ser o guia de corrida de seu amigo, francesco magisano, que também se preparava para o evento. este percurso inesperado e inspirador não só desafiou os limites físicos de schulman, mas também trouxe à tona questões importantes sobre a superação e o apoio mútuo.

detalhes do acidente e a luta pela recuperação

a história de schulman começou em 5 de agosto, quando seu acidente o levou a um quadro grave, mas felizmente, sem paralisia. após ser atendido na emergência de southampton e na unidade de terapia intensiva de stony brook, ele passou por uma semana inicial difícil, cercada de dor e desconforto enquanto se adaptava ao uso de um colete cervical. apesar do quadro delicado, as notícias sobre a ausência de danos permanentes nos nervos foram um alívio e um estímulo para sua recuperação. em apenas três dias, antes mesmo de receber alta, schulman se surpreendeu ao se levantar da cama e andar pela unidade de terapia intensiva, algo que encantou os médicos e as enfermeiras que acompanharam seu tratamento.

durante as cinco semanas seguintes, ele enfrentou o desafio de se recuperar em casa, lidando com a agitação de cuidar de seus três filhos pequenos: cleo, de 7 anos; beau, de 5 anos; e cy, de 2 anos. recordar-se da maratona de nova york o motivava a seguir em frente, mesmo nos momentos mais difíceis. à medida que os dias passavam, ele se sentia angustiado pela perda de treino, mas também entendeu que a prioridade naquele momento deveria ser a sua recuperação física. com o apoio de sua esposa, laura perlongo, e a força dos laços familiares, nev conseguiu focar em sua recuperação.

o retorno às corridas e a meta da maratona

com o aval dos médicos em meados de setembro, schulman logo percebeu uma resposta positiva do seu corpo ao reiniciar as atividades físicas. a primeira corrida após o acidente o fez sentir que finalmente via “luz no fim do túnel”, renovando sua energia mental e física. “running, como descobri na minha terceira década, é o melhor remédio para a minha felicidade”, afirma. essa constatação foi um sopro de ânimo, e a urgência de treinar para a maratona ficou evidente. assim, nev e francesco puderam trabalhar juntos, condensando três meses de treinamento em meras oito semanas.

originalmente, nev havia estabelecido a meta de melhorar seu tempo pessoal na maratona, mas, após a recuperação e os desafios enfrentados, sua filosofia mudou. agora, o foco estava em se restabelecer, frozando a velocidade e priorizando a resistência e a saúde. “meu corpo realmente se recuperou”, diz nev, confessando que as primeiras corridas foram desafiadoras, mas sua força foi retornando rapidamente.

significado da maratona e a importância da solidariedade

com a nova perspectiva e, principalmente, a mudança de enfoque para uma corrida cheia de significado, nev decidiu se envolver com a achilles international foundation, uma organização que promove a inclusão de atletas com deficiência em programas esportivos. ao lado da brooks running, que fornecia o suporte necessário em termos de materiais apropriados para seu retorno às corridas, schulman sentia que estava se unindo a uma causa maior, um triunfo não apenas pessoal, mas coletivamente, e a empatia pela causa dos atletas deficientes moldou sua experiência de maneira significativa.

nele, uma nova motivação começou a brotar. “isso se tornará provavelmente minha maratona mais significativa”, he conclui, ressaltando a importância de criar um impacto maior envolto na corrida além do simples recorde pessoal. a conexão que formou com os fãs e admiradores ao longo de sua jornada é inegável e serve como combustível para a linha de chegada. “cada um que torce por mim me dá um motivo a mais para cruzar a linha”, reflete nev. nessa preparação, ele se lembrou de uma citação que muito lhe inspirou, retirada do livro de haruki murakami: “a dor é inevitável. o sofrimento é opcional.” para schulman, isso ressoava profundamente naquela fase de recuperação e na iminente corrida.

o grande dia e as expectativas

com a nova york city marathon agendada para 3 de novembro, nev se mostra ansioso. ao lado de francesco, ele sente que a corrida será mais do que apenas completar mais uma edição. será um testemunho da força do espírito humano e uma demonstração de que, por mais duros que sejam os desafios, é possível se reerguer e continuar a lutar. “meus passos se conectam com a trajetória de muitos outros que passaram por lesões semelhantes”, compartilha nev. aos poucos, ele enfrenta a maratona com o coração repleto de esperança e o desejo ardente de cruzar a linha de chegada, não só para ele, mas para todos os que o apoiam e que ainda encontram força na adversidade.

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