A importância da integridade do sistema eleitoral e a desinformação disseminada
Em um contexto onde a desinformação tem dominado o discurso público, o secretário do Departamento de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, destacou em suas declarações recentes a gravidade do impacto que esse fenômeno pode ter na confiança do público em relação ao sistema eleitoral dos Estados Unidos. Durante uma entrevista ao programa “Face the Nation”, a ser veiculada no dia 13 de outubro de 2024, Mayorkas expressou sua preocupação com a maneira como informações falsas relacionadas ao processo eleitoral e às respostas do governo a desastres naturais, especialmente após a passagem de furacões devastadores pelo sudeste do país, estão sendo tratadas. Com base em pesquisas recentes da CBS News, que revelaram que 65% dos eleitores de Donald Trump acreditam que a administração Biden tenta ampliar o número de crossings de migrantes na fronteira sul, os comentários de Mayorkas se tornam ainda mais relevantes, pois revelam um clima de desconfiança que pode afetar a participação democrática dos cidadãos.
Desinformação sobre o controle de migrantes e a confiança nas autoridades
Segundo o secretário, as afirmações de que a administração Biden deseja permitir que não cidadãos votem são não apenas infundadas, mas também perigosas. “A noção de que nós, enquanto força de segurança, intencionalmente permitimos que indivíduos cruzem a fronteira ilegalmente com o propósito de votar é absurda e deve ser condenada por todos”, afirmou Mayorkas. Esse tipo de retórica não só corrompe a percepção pública sobre a integridade das eleições, mas também resulta em um estímulo ao desinteresse e à apatia dos cidadãos em relação a seus direitos e deveres cívicos. Nesse cenário, cabe aos líderes e autoridades a responsabilidade de comunicar informações precisas e, acima de tudo, de desmentir persistentes mentiras a fim de restaurar a fé da população em suas instituições democráticas.
A desinformação após os furacões e sua relevância na gestão de emergências
No mesmo contexto de desinformação, Mayorkas manifestou sua preocupação com as informações incorretas que surgiram após a passagem de dois furacões que impactaram severamente comunidades em áreas costeiras dos Estados Unidos. O Furacão Milton, que atingiu a Flórida em 9 de outubro, e o Furacão Helene, que havia feito landfall duas semanas antes, provocaram não apenas danos materiais devastadores, mas também uma onda de desinformação sobre a resposta do governo. O secretário alertou que informações falsas estão impedindo que indivíduos que realmente necessitam de assistência a busquem. “A desinformação, ou melhor dizendo, a desinformação deliberadamente espalhada para impactar o comportamento e as percepções das pessoas, é extremamente perniciosa”, afirmou. Essa situação é preocupante, pois o acesso a informações corretas é fundamental para que os cidadãos possam receber os auxílios a que têm direito.
Responsabilidade dos líderes e mensagem de alertas do presidente
O presidente Biden também se juntou ao coro dos que alertam sobre os perigos da desinformação, enfatizando que informações errôneas não apenas comprometem a confiança pública, mas também são prejudiciais para aqueles que estão tentando se recuperar dos efeitos das catástrofes naturais. “A desinformação que circula é não apenas nojenta, mas também perigosa e enganosa”, afirmou Biden em uma coletiva de imprensa no Salão Oval, onde desejou encorajar a população a buscar a verdade sobre a assistência governamental. Em resposta à disseminação de mentiras, o presidente criticou o ex-presidente Trump, acusando-o de estar à frente de uma “avalanche de mentiras” sobre a resposta a esses fenómenos climáticos, convocando-o a “ajudar essas pessoas” ao invés de propagar informações conturbadas.
Um chamado à ação para restaurar a verdade no discurso público
À medida que as próximas eleições se aproximam e os efeitos da desinformação continuam a afetar a percepção pública e a confiança nas instituições, torna-se cada vez mais essencial que figuras de autoridade e líderes políticos se unam para combater a disseminação de informações errôneas. Para que a democracia e a integridade do processo eleitoral se mantenham intactas, é imprescindível que o discurso público ao redor dos temas eleitorais e emergenciais seja pautado pela verdade e pelo compromisso com os fatos. A responsabilidade de informar e educar volta-se, portanto, não apenas para os cidadãos comuns, mas também para todos aqueles que ocupam posições de influência, que devem se empenhar em desmentir a desinformação e apoiar a construção de uma civilização mais informada e resiliente. Por fim, reforçar esses princípios é fundamental para assegurar que a confiança pública, a qual é essencial em qualquer democracia saudável, seja não só recuperada, mas solidificada para os desafios vindouros.
