A emocionante edição de 2023 da Maratona de Nova Iorque testemunhou um desempenho inspirador por parte do atleta neerlandês Abdi Nageeye, que conquistou a vitória na categoria masculina, e da queniana Sheila Chepkirui, que brilhou em sua estreia na categoria feminina. O evento, realizado no último domingo, reuniu corredores de elite de todo o mundo, que desafiaram as exuberantes ruas da cidade em uma prova reconhecida internacionalmente. A Maratona de Nova Iorque é famosa não apenas pela sua trajetória desafiadora, mas também pelo entusiasmo dos espectadores que lotam as ruas, incentivando os corredores a alcançarem seus objetivos.
Com uma final cativante, Abdi Nageeye realizou um sprint decisivo nos momentos finais da corrida, superando o vencedor de 2022, Evans Chebet. Ele cruzou a linha de chegada com um tempo impressionante de 2 horas, 7 minutos e 39 segundos, estabelecendo uma diferença de seis segundos em relação ao seu rival, que estava determinado a manter a liderança. O que se desenrolou nas últimas milhas da corrida foi uma luta intensa entre os competidores, que se viu reduzido a um grupo de seis corredores notáveis, cada um deles determinado a conquistar o prestigioso troféu. Durante esse período crítico da prova, o defensor do título, Tamarit Tola, teve dificuldades para manter-se entre os líderes, eventualmente terminando na quarta posição. A terceira colocação foi ocupada por Albert Korir, do Quênia, que completou o pódio masculino, consolidando a forte presença queniana na corrida.
No lado feminino, a corrida foi igualmente emocionante, com Sheila Chepkirui acelerando para deixar sua compatriota e campeã defensora, Hellen Obiri, para trás nos momentos finais da prova. Chepkirui finalizou a corrida com um tempo de 2 horas, 24 minutos e 35 segundos, reafirmando sua posição como uma das favoritas antes da competição. A vitória dela foi seguida de perto por Obiri, que se distanciou em quase 15 segundos, enquanto Vivian Cheruiyot, outra corredora queniana, garantiu o terceiro lugar, mostrando a dominance do Quênia na prova este ano. O domínio queniano foi um desfile de talento e força, reafirmando a superioridade do país nas corridas de longa distância.
Outra categoria que atraiu atenção foi a dos deficientes físicos. Na corrida masculina de cadeirantes, o americano Daniel Romanchuk conquistou sua primeira vitória na Maratona de Nova Iorque desde 2019, pondo fim ao domínio de Marcel Hug, da Suíça, que havia vencido 16 maratonas consecutivas. Hug, que não conseguiu alcançar o mesmo desempenho desta vez, terminou na quarta posição. Romanchuk, em uma emocionante final, levou a medalha de ouro, seguido de David Weir, da Grã-Bretanha, e Tomoki Suzuki, do Japão, que se esforçaram até o último momento por um lugar no pódio.
Na corrida feminina de cadeirantes, Susannah Scaroni, também dos Estados Unidos, foi a grande vencedora, destacando-se por uma diferença de mais de 10 minutos em relação às concorrentes. Essa conquista marcou a primeira vez na história da Maratona de Nova Iorque que ambos os títulos das corridas de cadeirantes foram conquistados por atletas americanos. Em suas palavras, Scaroni expressou sua satisfação: “Sempre tão especial estar aqui em Nova Iorque. Acordei me sentindo ótima hoje, nunca devemos levar isso como garantido. Ao subir a última ladeira, tivemos um vento a favor, o que me deu um pouco mais de energia do que normalmente eu teria naquela colina.” Essa declaração reitera a importância do ambiente e da energia da cidade na performance dos atletas, mostrando que o espírito da competição vai além do físico, abrangendo também a conexão emocional com o local e seu público.
Em suma, a Maratona de Nova Iorque de 2023 não apenas proporcionou uma plataforma de superação pessoal e de celebração esportiva, mas também reafirmou a rica tradição do evento de reunir atletas de elite, cada um com sua própria história e determinação, motivados a deixar seu legado nas ruas icônicas da Grande Maçã. Abdi Nageeye e Sheila Chepkirui se destacaram como verdadeiros campeões, não apenas pelas medalhas conquistadas, mas pelas lições de resiliência e paixão que trouxeram à corrida, inspirando corredores e torcedores ao redor do mundo.