A vasta e complexa tapeçaria elaborada por Sarah J. Maas em sua famosa série A Court of Thorns and Roses não é apenas um conto sobre amor e magia, mas também um intricado jogo de poder político entre diversas cortes e personagens multifacetados. Com o lançamento do próximo livro da série à vista, as expectativas e teorias em relação a quem ocupará cargos de destaque continuam a brotar entre os fãs ávidos. Entre estes, um dos temas mais discutidos gira em torno da posição do Alto Rei ou Rainha de Prythian, um título que permanece vago e sem dono nos acontecimentos atuais da narrativa.
Embora Rhysand e Feyre sejam alternativas aparentemente óbvias para esta poderosa posição, a narrativa tem destacado uma figura que frequentemente é deixada em segundo plano: Lucien. O personagem, cujas nuances e desenvolvimento têm sido subestimados ao longo da série, tem um arco de transformação que ainda não se completou, e sua trajetória o posiciona como um forte candidato para se tornar o próximo Alto Rei de Prythian. A escolha de Lucien pode não ser apenas uma decisão literária, mas uma jogada estratégica que possibilita a resolução de conflitos e a união de diferentes povos.
A grande revelação sobre Lucien não se limita a seu valor como potencial governante, mas sim às suas escolhas marcantes e significativas ao longo de A Court of Wings and Ruin. Um dos momentos mais notáveis é quando Lucien decide permanecer nas terras humanas para cuidar dos feridos após a batalha contra Hybern. Este ato altruísta e corajoso destaca sua conexão com os humanos de uma forma que até mesmo Feyre, cuja origem é humana, não escolhe refletir em seu próprio comportamento. Essa escolha deliberada de Sarah J. Maas pode ser vista como um meio de fortalecer a importância de Lucien nas terras humanas, estabelecendo uma base sólida para seu futuro papel de liderança.
Além disso, as conexões que Lucien desenvolveu com altos escalões do mundo humano, como Vassa, uma rainha mortal amaldiçoada, e Jurian, um comandante humano ressuscitado, são de extrema relevância. Este trio, que se autodenomina “Banda dos Exilados”, tem seu relacionamento aprofundado nas narrativas subsequentes, revelando o desejo de Lucien em se relacionar e entender o mundo humano. Diante da queda do muro que separa os mundos Fae e humano, um papel de unificação torna-se imperativo, e Lucien parece ser a ponte ideal para esse diálogo, uma vez que em seu coração reside empatia e compreensão por ambas as partes.
A significância das experiências de Lucien torna-o um dos raros personagens na série que acumula uma rica bagagem em diversas cortes fora da sua própria. Seus vínculos com os humanos também são importantes, dado que a crescente tensão entre Fae e humanos precisa ser abordada frente aos novos desafios que se apresentam. Como a série frequentemente ilustra, a desconfiança entre esses dois povos é palpável, e um novo Alto Rei que possa conquistar a confiança de ambos os lados seria crucial para evitar conflitos futuros.
Selecionar Lucien para a posição de Alto Rei não apenas funcionaria como um elo entre os fragmentados mundos de Prythian e das terras humanas, mas também fortaleceria a coalizão necessária para enfrentar adversidades que possam surgir, especialmente com a ameaça constante de Hybern pairando sobre eles. Esta consideração de um novo líder é tudo menos simples, mas Lucien, devido às suas experiências, parece estar se preparando para essa importante responsabilidade. Ao que tudo indica, o próximo livro da série poderá desenrolar esta potencial ascensão, e os amantes da literatura fantástica estarão ansiosos para ver como essa relação entre os mundos humano e Fae se desenvolverá através do personagem de Lucien.
Em conclusão, a história de A Court of Thorns and Roses não é apenas sobre batalhas épicas e histórias de amor, mas também sobre as escolhas que moldam o futuro. Lucien, com suas ações altruístas e suas conexões interpessoais, tem características que o tornam não apenas digno, mas talvez necessário para se designar o título de Alto Rei. Ele apresenta uma visão de união e esperança em um mundo dividido, e este pode ser o seu destino grandioso. O que resta saber é se Sarah J. Maas permitirá que esse destino venha à luz nas próximas páginas que irão nos cativar e emocionar.