O comediante e apresentador de televisão, John Oliver, divulgou um apelo impactante em sua última edição do programa Last Week Tonight, que foi disponibilizada no YouTube antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos. Este segmento de 14 minutos, que estreou no domingo pela HBO, expressa as preocupações e expectativas de Oliver em relação ao pleito, ressaltando a importância do voto e a complexidade do atual cenário político.

No vídeo, John Oliver exorta os eleitores, em particular aqueles que se identificam como progressistas, a considerarem o ato de votar em Kamala Harris. Ele observa que muitos eleitores têm dúvidas em relação ao apoio à administração Biden/Harris e destaca que essa reticência é compreensível, especialmente entre os eleitores mais à esquerda que se sentem frustrados em relação ao tratamento de questões como a política sobre Israel.

“Olha, entendo por que isso é tão difícil, e sei que há alguns que não votarão em Harris de forma alguma por causa dessa questão,” afirmou Oliver, observando que vozes muçulmanas e árabes também enfrentaram dificuldades similares, mas decidiram apoiar Harris. Ele explicou que em Arizona, um grupo de líderes comunitários elaborou uma carta elucidando seu apoio à candidata, enfatizando que a vitória de Trump representaria um perigo extremo para muçulmanos, imigrantes e para o movimento pró-Palestina nos Estados Unidos.

Continua Oliver: “Sei que isso não é inspirador de ouvir, mas a política nem sempre é inspiradora. É transacional. Raramente corresponde às nossas maiores esperanças e sonhos.” O apresentador também compartilhou sua frustração pessoal ao ter sua primeira votação como cidadão americano em um candidato que não o inspirava plenamente. Ele confessou: “Vou ser honesto, eu realmente não queria que o primeiro voto que eu desse como cidadão americano fosse para Joe-fucking-Biden, mas aqui estamos nós.”

A mensagem final de Oliver, no entanto, ofereceu uma glimmer of hope. Ele comentou que, se Donald Trump perder esta eleição, sua influência política poderia ser drasticamente reduzida, uma perspectiva que ele descreveu como desejável. “Seria ótimo viver em um mundo onde ele não seja mais uma ameaça ativa, apenas uma irritação.” Oliver instou os eleitores a utilizarem seu poder nas próximas horas para tornar essa realidade possível.

Este apelo se junta a um contexto maior de frustração de Oliver sobre a programação da HBO, que normalmente atrasa a publicação de episódios online por quatro dias. Em uma entrevista ao The New York Times, ele expressou seu descontentamento, argumentando que preferiria que o material fosse liberado logo após a exibição. “O que eu amo em ter o programa no YouTube é que podemos alcançar além dos assinantes da HBO. Isso é muito importante para mim.” Essa decisão de liberar o segmento antecipadamente tem sentido, pois seu conteúdo será certamente irrelevante após as eleições, programadas para o dia seguinte à sua publicação.

Portanto, enquanto o relógio se aproxima do grande dia, Oliver se destaca não apenas como um comediante, mas como uma voz significativa que clama por um engajamento político mais forte e consciente, lembrando a todos nós que, em política, cada voto conta e a participação ativa no processo democrático é uma responsabilidade de todos.

Ao encerrarmos, resta agora que o eleitorado absorva essas mensagens e se prepare para fazer valer sua voz nas urnas. A decisão e os próximos passos estão em nossas mãos.

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