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Cortesia Everett Collection
Jonathan Haze, o ator que ficou célebre ao interpretar Seymour Krelborn na versão original de A Pequena Loja de Horrores, faleceu em sua residência em Los Angeles. Ele deixou um legado de mais de duas dúzias de filmes com o renomado diretor Roger Corman, destacando-se por sua atuação única e carismática. A informação foi confirmada por sua filha, Rebecca Haze, ao Hollywood Reporter.
O falecimento de Haze, aos 95 anos, representa uma grande perda para o cinema B. Ele era conhecido por seu talento versátil e contribuições significativas ao longo das décadas, desde sua estreia em The Fast and the Furious em 1954 até sua atuação final em 1999.
Nascido em Pittsburgh, Haze foi primo do famoso baterista Buddy Rich e tornou-se um membro valioso da companhia de repertório de Corman, atuando em filmes icônicos que definiam a era dos filmes cult. O ator trabalhou incessantemente em produções, como Stakeout on Dope Street, onde interpretou um dos três adolescentes que encontram uma fortuna em heroína, e Day the World Ended como um homem contaminado que acumula tragédias ao seu redor.
Um dos trabalhos mais memoráveis de Haze foi em A Pequena Loja de Horrores de 1960, onde seu personagem foi confrontado por um alienígena devorador de pessoas que se disfarçava de planta. Haze contava que as gravações foram um verdadeiro desafio, com dias de filmagens que duravam mais de 20 horas. Neste filme, ele se destacou ao remover um dente do personagem de Jack Nicholson, em uma cena que permanece na memória dos fãs de cinema de terror.
A carreira de Haze foi marcada por sua reluctância em ser visto como um galã de Hollywood. Em vez disso, ele se entregou a papéis excêntricos, muitas vezes interpretando perdedores ou figuras marginais. Essa escolha trouxe uma profundidade inesperada aos seus personagens, fazendo com que ele fosse sempre bem-vindo nos sets de filmagem de Corman.
Apesar de sua aparição discreta, Haze deixou uma marca indelével no cinema, e seus colegas de trabalho o lembram por sua ética de trabalho e entusiasmo. A atriz Jackie Joseph, que contracenou com Haze, expressou seu respeito ao afirmar que “ele teve toda a pressão sobre ele” e que, sem seu profissionalismo, a produção não teria conseguido tanto sucesso.
Em um dos últimos tópicos abordados por Haze, que tinha uma carreira diversificada, estiveram seus trabalhos como roteirista e gerente de produção. De seu trabalho na B-movie cult a seu papel como CEO de uma empresa de publicidade, sua vida foi repleta de múltiplas facetas e aventuras que se entrelaçavam com o mundo do entretenimento.
Jonathan Haze deixou como herança não apenas sua obra, mas também suas filhas, e sua lembrança permanecerá viva em todos os admiradores de sua arte. O legado de Haze, com seu talento único e amor pela atuação, continuará a inspirar as gerações futuras de cineastas e atores que sonham em seguir um caminho semelhante no mundo do cinema B.
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