Sebastian Stan, o ator que viveu o papel de um jovem Donald Trump no controverso filme The Apprentice, expressou publicamente suas fortes críticas ao ex-presidente e atual candidato republicano nas eleições, durante uma entrevista realizada no domingo, que ocorreu a menos de 48 horas do Dia da Eleição. Ele chamou Trump de um “homem paranoico e medroso” que, em sua opinião, “não se importa com sua situação”, uma afirmação contundente que destaca as crescentes tensões políticas nos Estados Unidos.
As críticas de Stan a Trump foram as mais contundentes desde a estreia mundial do filme no Festival de Cannes em maio, passando pelo Festival de Cinema de Telluride em setembro e sua estreia nos cinemas nos Estados Unidos em outubro. A declaração foi feita durante a gravação de um episódio futuro do podcast Awards Chatter, da Hollywood Reporter, realizado em um evento do Miami Film Festival GEMS.
Stan não hesitou em expressar sua preocupação com a forma como Trump distorce a verdade. Ele mencionou que o ex-presidente criou uma situação onde as pessoas agora têm dificuldade em discernir o que é verdadeiro: “Há pessoas que vão dizer: ‘Não sabemos mais qual é a verdade.’ Esse é o problema! Ele [Trump] confundiu tudo… Você pode criar sua própria verdade neste ponto, acreditar no que quiser, e é isso que as pessoas estão fazendo.” Stan continuou a incitar a audiência a procurar pela verdade, afirmando que a informação tem sido abundante e amplamente documentada ao longo das últimas décadas.
Ele enfatizou a importância de se informar antes de votar, sugerindo que as pessoas assistam ao filme The Apprentice como uma ferramenta para entender melhor a narrativa que cercou Trump. “Se você está vivendo neste país, você deveria, porque é seu direito de cidadania,” ele destacou, “Você tem o direito de ser curioso e saber tudo o que há para saber.” Com essas palavras, Stan fez um apelo à responsabilidade dos cidadãos que, logo mais, irão às urnas.
Stan afirmou que o filme não é apenas sobre Trump, mas sobre uma mentalidade mais ampla: “A ideia do sonho americano como nós o conhecemos, e o que realmente é? Porque sempre que voltava para a mentalidade que tinha com 12 anos, me envergonho de saber que cheguei ao âmago do que é ser americano.” Ele relembrou apelos passiônicos de sua infância enquanto imigrante e como isso moldou sua visão sobre a sociedade americana.
No entanto, a liberdade de expressão tem seus riscos. Stan refletiu sobre a possibilidade de repercussões negativas por seu discurso e participação no filme, especialmente considerando a chance de Trump ser reeleito e sua possível retribuição contra aqueles que se opõem a ele. “Recebi muitos conselhos para não fazê-lo,” lembrou. “Eu não acredito em medo… Vim de um lugar onde as pessoas eram silenciadas e ensinadas a viver no medo. Isso foi outra razão que me motivou: ‘Eu tenho que fazer isso.’”
Enquanto os eleitores se preparam para as próximas eleições, as palavras de Stan ecoam como um lembrete poderoso da responsabilidade cívica e da necessidade de discernir a verdade em tempos de informações distorcidas. Seu olhar crítico sobre Trump não é apenas uma reclamação pessoal, mas um apelo a todos os cidadãos para que se lembrem do valor da liberdade, verdade e responsabilidade ao votarem. Garantir que suas vozes sejam ouvidas pode fazer a diferença não apenas no futuro do país, mas também na preservação de valores fundamentais que sustentam a democracia.