Quase quatro anos se passaram desde que Jacques Pépin, o renomado chef francês e autor de livros de receitas, perdeu sua esposa, Gloria, e ele ainda está navegando pela nova realidade de ser viúvo. Durante uma conversa sincera no terceiro episódio do novo podcast de Rachael Ray, intitulado “I’ll Sleep When I’m Dead”, lançado na terça-feira, 5 de novembro, Pépin, agora com 88 anos, revelou como a ausência de Gloria, que faleceu em 2020 aos 83 anos, deixou um imenso vazio em sua vida, afetando tanto suas emoções quanto sua rotina diária.
Falando sobre a profunda conexão que tinha com sua esposa, Jacques compartilhou a sensação de estar “totalmente perdido” desde sua partida. “Ela cuidava de coisas que eu não cuidava,” afirmou, expressando a dificuldade que enfrenta em administrar atividades cotidianas que antes eram tratadas por Gloria. “Eu realmente não sei como assinar um cheque ou o que temos na conta bancária ou para que aquelas contas servem,” confessou.
A frase simples e direta de Pépin revela a fragilidade que muitos enfrentam após a perda de um parceiro. Ele destaca que, por 54 anos, sua rotina estava entrelaçada com a de Gloria; as noites, tradicionalmente acompanhadas de um bom vinho e um jantar à luz de velas, agora frequentemente ocorrem com amigos ou até na solidão, evidenciando um dos maiores impactos que a ausência dela trouxe: “Jantar é muitas vezes com amigos — e às vezes sozinho. Essa é a maior mudança desde que minha esposa faleceu,” contou Jacques em uma conversa anterior à PEOPLE em 2022.
Gloria faleceu em 5 de dezembro de 2020, rodeada por amigos e familiares, segundo um comunicado que foi compartilhado na página de Facebook do chef na época de sua morte. Embora a causa da morte tenha permanecido sem especificação, o legado de amor e apoio que ela deixou continua a ressoar na vida profissional e pessoal de Jacques. Ele afirma que “sem Gloria, eu não seria quem sou. Ela mudou minha vida.” Essa reflexão destaca não apenas a importância dela em sua trajetória, mas também o impacto que o amor verdadeiro pode ter na construção de uma vida significativa.
Jacques lembrou de como Gloria foi uma presença constante em sua carreira, permitindo que ele alcançasse seus objetivos e sonhos. “Ela tornou possível que eu fizesse o que fiz e sempre me apoiou, seja escrevendo um livro, seja dando aulas, ou mesmo durante uma viagem de cruzeiro,” reforçou durante sua conversa com Ray. A relação de Pépin e Gloria não era apenas de parceria em casa, mas um verdadeiro time na busca por realizações e conquistas, algo que Jacques enfatizou ao comentar que “ela sempre esteve comigo” em cada etapa importante de sua carreira.
Durante o diálogo com Rachael Ray, a chef também refletiu sobre a relação que manteve com seu próprio marido, John Cusimano, destacando como casamentos podem se complementar. “Nós equilibramos um ao outro de uma forma peculiar. Permite que cada um de nós esteja aberto a diferentes mundos,” disse Ray. Pépin concordou, permitindo uma profundidade maior à discussão sobre a importância das parceiras e dos companheiros em momentos de dificuldade e crescimento.
A história do encontro entre Jacques e Gloria remonta à década de 1960, quando eles se conheceram nas Catskills, onde Jacques trabalhava como instrutor de esqui enquanto desenvolvia receitas para a rede de restaurantes Howard Johnson. A atração de Gloria por Jacques, apesar de sua habilidade como esquiador, foi instantânea, como ela compartilhava com humor que pensava que ele era “provavelmente gay” por conta de sua aparência charmosa. Eles se casaram em 1966 e logo deram as boas-vindas à filha Claudine, solidificando uma família que, ao longo dos anos, se transformou em um exemplo de amor e apoio mútuo.
Com suas experiências compartilhadas e desafios enfrentados após a morte de Gloria, Jacques Pépin se destaca como um símbolo da resiliência do espírito humano. A vida deles juntos não apenas moldou sua identidade pessoal, mas também trouxe à luz o poder do amor em suas muitas formas. À medida que Pépin continua a trilhar seu caminho, suas palavras nos lembram da importância de valorizar aqueles que amamos enquanto estão conosco, e que a saudade, embora pesada, é um testemunho do amor que será sempre celebrado.