O aguardado novo filme de Dwayne Johnson, intitulado Red One, é uma comédia de ação ambientada no Natal com um orçamento de impressionantes $250 milhões, e faz parte de uma nova abordagem da Amazon em criar clássicos modernos de Natal. No entanto, em vez de encantar o público com momentos de alegria e risadas, esta produção carece de originalidade e se revela uma tentativa decepcionante de capturar a essência do espírito natalino, com expectativas que provavelmente não serão atendidas. Se você esperava reviver a magia natalina nas telonas, talvez seja a hora de reconsiderar.

O filme, dirigido por Jake Kasdan, é uma combinação de fantasia e aventura, mas falha em criar uma conexão emocional genuína com o público. A história, que segue Dwayne Johnson e Chris Evans em uma missão globetrotter para salvar o Santa Claus sequestrado (código Red One), não consegue elevar o seu enredo repleto de clichês e tropos já saturados. O que poderia ser uma divertida reinterpretação do icônico personagem festivo acaba se transformando em uma experiência cansativa e maçante, quase como uma lista de afazeres sem fim durante a época de Natal.

Podemos imaginar o pitch inicial: “Vamos pegar a ideia de Elf e adicionar um enredo de sequestro com muita tecnologia!” Infelizmente, essa ideia não se traduz em um filme que inspire alegria ou faça você rir; atua como um arrastado desfile de efeitos visuais e piadas sem graça. O filme caminha sobre linhas entre o cinismo e o desespero, e não parece ter consciência deste tom, resultando em uma aura tão artificial quanto suas configurações digitais. É um filme que não sabe se faz parte do mundo infantil ou se deseja se aventurar em um caminho mais sombrio.

O personagem de Chris Evans, Jack O’Malley, é introduzido como um garoto travesso que cresce para se tornar um hacker de elite. Johnson, como Callum Drift, cabe à sua função de segurança na equipe do Polo Norte. Enquanto eles tentam executar seu plano de resgate, o filme se arrasta com referências e piadas de bar, que parecem mais forçadas do que naturais.

Com um elenco repleto de estrelas, incluindo J.K. Simmons e Lucy Liu, as expectativas eram altas. Porém, mesmo os talentos renomados não conseguem salvar o filme de sua mesmice. A direção de Kasdan, que anteriormente trouxe sucesso com a franquia Jumanji, aqui se mostra incapaz de invocar seu estilo vibrante e dinâmico. O potencial criativo do filme foi sufocado sob o peso de um roteiro previsível que nunca parece se instalar como uma história memorável.

A produção culmina em um festival de CGI atrativo, mas sem alma, onde os personagens se movem em um cenário que parece mais um videogame do que um ambiente festivo. A relação entre os personagens centrais carece de profundidade e dinâmica, e o espectador é deixado a esperar por momentos de emoção que nunca se concretizam.

A música, composta por Henry Jackman, busca intensificar a atmosfera, mas também falha em trazer o calor esperado desta época do ano. O filme, em vez de ser um clássico temático, acaba se revelando mais uma entrada na lista de produtos efêmeros que não deixarão uma marca duradoura. É um lembrete de que a satisfação instantânea pode ser muitas vezes uma armadilha, especialmente quando se busca produzir algo verdadeiramente memorável para as festividades.

Com uma trama que ao final não traz nenhuma recompensa emocional, Red One se estabelece como um exemplo de como não se deve tratar as tradições do Natal. O filme termina em uma grande tentação de ‘mais um capítulo’, que não faz justiça ao que deveria ser uma celebração da bondade e da unidade. À medida que as luzes de Natal começam a brilhar, a esperança de um filme realmente emocionante parece se apagar com esta produção que tenta, sem sucesso, capturar a essência do que significa o verdadeiro espírito natalino.

Conclusão: Se a intenção era criar um novo clássico de Natal, Red One falha redondamente, estando mais para um bloco de carvão do que um presente de Natal. Essa produção pode nos ensinar uma coisa: às vezes, o que importa é a história que se deseja contar, não apenas os nomes grandes e o orçamento chamativo por trás. Portanto, para aqueles que estão em busca de magia natalina nas telonas, pode ser mais seguro esperar por algo melhor surgindo no horizonte.

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