Em um episódio recente do podcast de Conan O’Brien, um dos comediantes mais icônicos da TV americana, o renomado ator e cineasta Tom Hanks não apenas promoveu sua nova obra, intitulada Here, como também fez revelações inusitadas sobre as críticas que recebeu por sua direção do filme That Thing You Do!, lançado em 1996. Hanks, com seu estilo irreverente, utilizou uma expressão de forte teor durante a conversa, demonstrando que, apesar de seu sucesso, a crítica de cinema ainda provoca sentimentos fogosos em uma das figuras mais queridas de Hollywood.
Ao ser perguntado por O’Brien sobre a recepção do seu filme That Thing You Do!, Hanks não hesitou em descrever os críticos com a expressão “c—suckers”, provocando risadas entre os presentes. “Deixe-me te contar algo sobre esses c—suckers que escrevem sobre filmes”, disparou Hanks. O’Brien, em tom de brincadeira, respondeu: “Meu pai escreve sobre filmes, e o nome dele é c—sucker”. Essa interação divertida deixou claro que, mesmo entre risadas, Hanks lidava com um tema sério: a dureza e, por vezes, a ironia das críticas cinematográficas.
Hanks relembrava um crítico específico que havia declarado na época: “Tom Hanks tem que parar de ficar cercado por veteranos da TV porque isso parece um filme feito para a TV e não é muito mais do que isso.” Ironica e intrigantemente, esse mesmo crítico mais tarde reavaliou o filme, transformando-o em um clássico cult. Hanks observou que, muitas vezes, os julgamentos podem mudar com o passar do tempo, afirmando que “tudo o que você precisa é de 20 anos entre agora e então”, uma reflexão que ressoou com o público presente.
Apesar de inicialmente usar uma linguagem forte para expressar sua frustração, Hanks reconheceu a importância das críticas negativas e como elas fazem parte do cotidiano de um artista. “É isso que todos nós assinamos. Essa é a diversão, esse é o concurso”, afirmou, demonstrando uma atitude positiva em relação ao processo de avaliação das obras por críticos, que podem ter um impacto profundo na carreira de um cineasta ou ator.
o legado de That Thing You Do! ao longo dos anos e as inseguranças de um ícone do cinema
Hanks, que possui em seu currículo duas estatuetas do Oscar, discutiu também seu recente projeto Here, que o reúne novamente com a atriz Robin Wright, sua colega de elenco em Forrest Gump, e com o diretor Robert Zemeckis, 30 anos após o lançamento deste último. Durante o podcast, Hanks se lembrou da ansiedade que sentia durante a produção de Forrest Gump, na qual se preocupou se o filme realmente tocaria o público. A produção de Forrest Gump foi marcada por desafios significativos, incluindo filmagens intensas que duraram 27 dias consecutivos, onde ele percorreu o país, trazendo a complexidade e a dedicação que marcaram a criação de uma verdadeira obra-prima.
Ele brincou, refletindo sobre a enxurrada de trabalho que enfrentou: “Nós tínhamos trabalhado tanto e estávamos apenas 40% do filme concluído”. Essa parte da conversa enfatizou suas inseguranças e a pressão que artistas de renome enfrentam, mesmo quando em projetos aclamados. Forrest Gump, que se tornou um dos filmes mais memoráveis da década de 1990, transformou-se em um ícone cultural e arrecadou prêmios significativos, incluindo o Oscar de Melhor Filme e Melhor Ator, o que apenas aumentou a pressão sobre o ator e cineasta.
reflexões sobre o impacto da crítica na trajetória de um ator consagrado
No fechamento de suas declarações, Hanks revelou uma mentalidade em evolução sobre as críticas. Ele notou que, embora existam críticas negativas, elas não são o ponto final da narrativa; em vez disso, podem muito bem representar um capítulo que leva a uma reinterpretação do passado com o tempo. Essas reflexões não apenas expressam uma sabedoria adquirida por meio da experiência, mas também oferecem uma perspectiva valiosa para novos artistas que aspiram a uma carreira nas artes. Here já está em cartaz nas salas de cinema, e a trajetória de interpretação e direção de Hanks continua, provando que a capacidade de se reinventar e aceitar desafios é o que torna a arte verdadeiramente apreciada ao longo do tempo.