Após semanas intensas de competições no futebol americano universitário, a ansiedade sobre as primeiras classificações do College Football Playoff (CFP) finalmente chegou ao fim. Na última terça-feira, 5 de novembro, o comitê do CFP anunciou as suas escolhas, deixando os fãs de Oregon em êxtase — exceto, é claro, os torcedores dos Beavers, rivais locais que não compartilham do mesmo entusiasmo. Nesta primeira edição da temporada, os Ducks de Oregon foram escolhidos como o time número um do país, uma realização que prioriza a consistência e a força de sua temporada até o momento.
A surpresa veio com o segundo e terceiro colocados. A tradicional equipe da Big Ten, Ohio State, superou os robustos Georgia Bulldogs na disputa pelo segundo lugar. O presidente do comitê de seleção do CFP, Warde Manuel, justificou essa escolha à ESPN, destacando que a única derrota de Ohio State — uma apenas por um ponto contra a equipe de Oregon — foi considerada mais impressionante do que a única derrota de Georgia. Esta última ocorreu em uma partida fora de casa, onde perderam por sete pontos para o Alabama, que ocupa atualmente a 11ª posição nas classificações do CFP.
O anúncio das classificações do CFP coincidiu com o Dia da Eleição, um evento que traz uma interessante simetria ao calendário esportivo e político americano. Em um ano em que a postseason foi expandida para incluir 12 equipes, a final do CFP ocorrerá em 20 de janeiro de 2025 — dia de posse — o que atribui uma pitada política ao ambiente esportivo. O comitê de seleção, composto por diretores atléticos, ex-treinadores, jogadores e jornalistas desportivos, classificará os 25 melhores times ao longo de seis semanas, sendo que em dezembro será determinado quais escolas competirão na nova estrutura de play-offs.
Curiosamente, nesta temporada, há seis novos membros no comitê, que prometem trazer novas perspectivas e análises à mesa. Apesar do aumento no número de equipes, o processo para classificar os times segue inalterado em relação aos anos anteriores, o que suscita questões sobre a integridade das avaliações nesta nova era de playoffs. As classificações do CFP são, afinal de contas, as primeiras da temporada, enquanto os rankings da Associated Press (AP) e do comitê de treinadores já haviam cm sua trajetória desde a pré-temporada.
A importância do invencível Oregon e outras equipes em alta
Não é surpresa que todos os três principais rankings tenham Oregon em primeiro lugar. Os Ducks não apenas venceram suas partidas, mas também derrotaram o Michigan, atual campeão nacional, na última semana, o que eleva ainda mais a expectativa para a próxima partida contra Maryland, uma equipe que não possui um desempenho tão consolidado (4-4). A pressão está claramente do lado de Oregon, que se sente confortável, mas não pode relaxar diante de um adversário que procura usar a vitória como um trampolim para uma recuperação na temporada.
Os torcedores da Universidade de Miami, que também se encontra invicta com um recorde de 9-0, observam de perto, ocupando o 4º lugar nas classificações do CFP. Os Hurricanes permanecem no topo da tabela de sua conferência e se preparam para uma partida fora de casa contra o Georgia Tech no próximo sábado. Com o estado em ebulição pelo campeonato, a torcida da UGA (Universidade da Geórgia) deseja que os Jackets realizem um novo “upset” e tirem os Hurricanes da disputa.
Outro grande destaque da temporada é a Universidade de Indiana. Ninguém esperava que a equipe comandada por Curt Cignetti, que começou com previsões pessimistas, melhorasse tanto, apresentando um recorde impressionante de 9-0 e ocupando a 8ª posição no CFP. Isto marca uma reviravolta notável, e os Hoosiers se preparam para um teste real contra Michigan, seguido por uma empolgante partida contra Ohio State em Ohio, que poderá definir o futuro do programa.
Por outro lado, a Universidade de Brigham Young (BYU), com um novo treinador e sem derrotas até o momento, causou uma boa surpresa ao estar na 9ª posição. A expectativa é alta para suas próximas regras, especialmente sua partida contra os Utes.
Os excluídos e as oportunidades no CFP
Enquanto isso, a Universidade do Sul de Methodist (SMU) ocupa a 13ª posição e é a primeira equipe fora do top 12, com chances de ainda se classificar caso mantenha o desempenho atual e controle o próprio destino. Três equipes da SEC — Texas A&M, LSU e Ole Miss — estão logo atrás, na 14ª, 15ª e 16ª posições, alimentando a esperança de uma ascensão ao topo conforme a temporada avança. No entanto, será necessário um notável esforço nessas últimas rodadas de jogos.
Essa intensa corrida pelo título nacional se intensifica a cada semana, com a pressão sobre as equipes para não apenas vencer, mas também garantir uma posição privilegiada nas classificações finais do CFP. Com rivalidades históricas em jogo e novas estrelas emergindo, a temporada de futebol americano universitário promete muitas emoções até o último momento. Fique atento, porque cada passe, cada jogada e cada touchdown podem alterar completamente o panorama da competição e as aspirações de cada equipe no caminho rumo ao tão sonhado título.