Durante um recente show em Nashville, a renomada artista Billie Eilish comentou sobre a iminente presidência de Donald Trump após a vitória nas eleições de 2024, que culminou na derrota de Kamala Harris. A reação de Eilish, que havia me apoiado publicamente durante a campanha de Harris, reflete as ansiedades de muitos que temem o impacto da presidência de Trump, especialmente no que diz respeito à posição das mulheres na sociedade.
Ao se dirigir ao público, Eilish admitiu suas dificuldades em se apresentar em um dia tão carregado emocionalmente. “Eu simplesmente não conseguia entender como eu deveria fazer o show hoje, mas conforme o tempo passava, eu percebia o quão privilegiada sou por estar aqui e compartilhar esse momento com vocês,” disse a artista multi-premiada. Eilish enfatizou a necessidade de um espaço seguro para todos os presentes, reforçando a mensagem de acolhimento e proteção que ela sempre buscou promover. “Eu quero que você saiba que você está seguro comigo e protegido aqui,” completou.
Durante sua apresentação, Eilish anunciou que interpretaria uma canção que escreveu sobre as experiências de abuso enfrentadas por muitas mulheres, uma temática central que ela quer que sua música aborde. “Para ser sincera, eu nunca conheci uma mulher que não tenha uma história de abuso,” declarou, enquanto compartilhava suas próprias vivências e desafios. A artista sublinhou a gravidade da situação em uma época tão tumultuada, comentando: “Um indivíduo que é um predador convicto, que detesta mulheres profundamente, está prestes a assumir a presidência,” enfatizando a insegurança que isso traz para muitas mulheres.
Na sequência, Eilish apresentou a canção “Your Power”, do álbum *Happier Than Ever*, que já ressoou com muitos pela sua letra que trata de abuso e poder. A música começa com a advertência sobre o uso irresponsável da força por aqueles que têm poder sobre os outros, destacando a necessidade de empoderamento e responsabilidade. “Estamos votando em Kamala Harris e Tim Walz porque eles estão lutando para proteger nossa liberdade reprodutiva, nosso planeta e nossa democracia,” reafirmou Eilish em declarações prévias sobre o porquê da sua escolha. Ela também pediu aos seus fãs que votassem com consciência, afirmando que “seus votos são essenciais.”
Finneas O’Connell, irmão e colaborador de longa data de Eilish, manifestou o desejo de não permitir que extremistas controlem suas vidas e que a única maneira de desmantelar tais agendas perigosas é através do voto consciente. Juntos, eles expressaram a urgência em proteger os direitos das mulheres e a integridade democrática.
O eco das preocupações de Eilish foi sentido em outros locais também. Em Seattle, a artista Sabrina Carpenter expressou apoio similar, desejando que a sua apresentação pudesse ser um refúgio seguro no meio do tumulto político. Ela ressaltou que as mulheres eram especialmente afetadas pelas recentes decisões e que queria que todas se sentissem amadas e valorizadas durante sua performance.
Além disso, foi noticiada a significativa contribuição de Carpenter ao aumento da participação eleitoral, tendo registrado um total impressionante de 35.814 novos eleitores, mostrando que artistas jovens estão se envolvendo ativamente na mobilização política de seus fãs. A urgência do momento democrático se torna cada vez mais evidente, e figuras como Eilish e Carpenter desempenham um papel vital ao incentivar a participação e expressar a importância da voz feminina em uma sociedade que enfrenta desafios cada vez maiores.
Assim, a preocupação e a resiliência se entrelaçam nas mensagens de artistas como Billie Eilish, que não apenas utilizam sua plataforma para expressar sentimentos em tempos difíceis, mas também para incentivar ações concretas que podem fazer a diferença na luta pela igualdade e direitos civis. O desafio agora é se unir na busca por um futuro melhor em um ambiente político polarizado.