A estrela pop Chappell Roan compartilhou experiências sobre sua saúde mental e experiências amorosas durante um evento realizado no Grammy Museum na noite da última quinta-feira. A conversa, que foi mediada pela talentosa cantora e compositora Brandi Carlile, trouxe à tona tudo o que envolve a construção de canções do aclamado álbum da artista, The Rise and Fall of a Midwest Princess. Esse evento íntimo fez parte da série de homenagens do museu.
“Simplesmente levou muitos anos para convencer as pessoas,” comentou Roan sobre o tempo que precisava para finalizar seu álbum de estreia, ressaltando os desafios e obstáculos enfrentados durante esse processo. Dona de uma carreira que vem em uma constante ascensão, ela conseguiu captar a atenção do público e da crítica ao longo de sua jornada musical.
O álbum de Chappell Roan, que já permaneceu por 32 semanas na lista do Billboard 200, foi lançado em setembro de 2023, após longos cinco anos de trabalho. “Eu não tinha dinheiro, nenhum respaldo financeiro. Meu EP não foi muito bem recebido e não havia nada que me desse suporte. Eu fiz turnês, mas eram apenas pequenas datas,” confessou a artista, demonstrando sinceridade sobre os altos e baixos que se viveram nesses anos de labuta musical.
“Pink Pony Club,” uma das canções mais populares de Roan este ano, foi uma das primeiras composições que ela e seu produtor Dan Nigro trabalharam juntos, lançada em abril de 2020. “Foi um momento terrível para um hino de boate ser lançado,” disse ela com um sorriso, arrancando risadas do público presente. O evento serviu também para discutir o quanto a artista evoluiu em seu modo de se apresentar no palco, introduzindo uma nova vestimenta e uma nova atitude.
“A segunda que não levei a mim mesma tão a sério, as coisas começaram a fluir,” contemplou Roan, destacando um momento crucial na sua jornada artística onde eles decidiram liberar as amarras e brincar com a musicalidade e identidade artística. Ela afirmou de forma clara que “Chappell é um personagem”, um fato que gera curiosidade entre os fãs e seguidores.
O diálogo rapidamente se transferiu para assunto mais pessoal, com a cantora compartilhando um pouco sobre como a fama repentina impactou sua saúde mental. “Não sei como é uma boa rotina de saúde mental para mim neste momento,” admitiu a artista, revelando que o ritmo acelerado de sua carreira teve um impacto significativo em sua vida cotidiana. A artista relatou sentimentos de desorientação. “Meu ano até agora está cheio de eventos intensos. Tudo que poderia ocorrer na minha carreira, aconteceu em um intervalo de cinco meses,” explicou Chappell.
Além de discutir sua carreira, Chappell também revelou questões mais íntimas, como apaixonar-se por um amigo, tema explorado em sua música “Kaleidoscope.” “Isso é algo muito específico em relações queer, já que frequentemente se trata de se apaixonar por um amigo,” relatou. Ela também compartilhou como lidou com a situação após confessar seus sentimentos: “Eu disse à minha amiga que estava apaixonada por ela. Ela pediu um dia para pensar nisso,” exemplificou a cantora. Nesse dia, Chappell lançou sua música, descrevendo como sua emoção a levou a transformar essa experiência em arte.
O evento no Grammy Museum deixou claro o quanto Chappell Roan está disposta a compartilhar sua essência com o mundo. Seja em suas músicas ou nas conversas, ela possui uma habilidade rara de conectar-se de forma genuína e humana com o público. Ao compartilhar suas dificuldades e alegrias, Chappell não apenas entretém, mas também inspira muitos a se expressarem e serem autênticos sobre suas vidas e emoções. Com uma trajetória em ascensão e uma história pessoal rica, todos estarão atentos a suas próximas músicas e apresentações, aguardando ansiosamente o que ainda está por vir em sua carreira e na sua vida pessoal.