A autora Jade Beer, conhecida por seu trabalho anterior em ‘o último vestido de paris’, celebra a publicação de seu novo romance intitulado ‘o vestido da memória’. A obra não apenas oferece uma narrativa envolvente, mas também mergulha nos bastidores emocionantes e glamourosos do trabalho dos costureiros reais, revelando histórias fascinantes que se entrelaçam com a vida de figuras icônicas como a Princesa Diana e a Rainha Elizabeth II.
‘O vestido da memória’ aborda a trajetória de uma peça de vestuário que pertenceu à inesquecível Princesa Diana, refletindo sobre como a moda pode estar intrinsecamente ligada às memórias e à identidade pessoal. A trama gira em torno de Meredith, uma mulher idosa que possui o vestido, e sua vizinha Jayne, que se empenha em ajudá-la a relembrar a trajetória de seu falecido marido, enquanto explora temas profundos de amor e amizade intergeracional. Este romance não apenas entretém, mas também oferece uma visão íntima do mundo da alta-costura real e das relações que se formam ao longo desse processo.
As experiências verdadeiras dos costureiros que trabalharam para a realeza são tão fascinantes quanto as histórias fictícias. Beer compartilha com seus leitores anedotas de sua pesquisa para o livro, revelando como o dia a dia desses artistas é recheado de desafios e recompensas, além das formalidades da realeza. Um exemplo notável é a renomada costureira Catherine Walker, que desenvolveu uma relação íntima com a Princesa Diana ao longo de 16 anos. Sendo responsável por algumas das roupas mais emblemáticas de Diana, Walker se viu em situações complexas, como quando precisou criar cinco vestidos em apenas quatro dias para a primeira turnê da princesa na Austrália, um feito que exigiu sua dedicação inabalável e a de sua equipe.
Outra figura importante na moda real é Angela Kelly, assistente pessoal da Rainha Elizabeth II, que manteve um registro meticuloso da vestimenta da monarca, gerenciando mais de 300 compromissos anuais. Kelly cuidava de cada detalhe, desde a escolha dos tecidos até o estilo dos vestidos, assegurando que a Rainha estivesse sempre adequada e impecável em todos os eventos. Em uma ocasião memorável, Kelly supervisionou a produção de dois vestidos idênticos para garantir que o truque de paraquedismo da Rainha durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2012 pudesse surpreender até mesmo os mais próximos da monarquia.
A estilista Jenny Packham, que veste a Duquesa de Cambridge, tornou-se uma figura central no guarda-roupa da futura rainha. A diferença ao vestir Kate Middleton, em comparação com as estrelas de Hollywood, é notável; enquanto as celebridades frequentemente aparecem em vestidos de runways, Kate opta por peças sob medida, que são cuidadosamente elaboradas para se adequar ao evento específico. Packham mantém o processo criativo em sua loja em Mayfair, proporcionando um ambiente discreto para reuniões privadas que ajudam a manter a exclusividade dos looks da Duquesa.
Entre os designers que tiveram um impacto profundo na moda da realeza, Stuart Parvin foi responsável por muitas peças que a Rainha usou ao longo de mais de duas décadas. Parvin conseguiu criar roupas sem conhecer pessoalmente as medidas da Rainha, uma tarefa que muitos acreditariam impossível. Ele começou sua carreira real com um vestido amarelo que foi apresentado à Rainha em suas bodas de ouro, e foi encarregado de criar vestidos de gala em prazos muito curtos, como o famoso vestido azul que a Rainha usou durante um banquete de estado na Jamaica.
Nada menos glamoroso foi o relacionamento entre a Princesa Diana e o designer Bruce Oldfield, que compartilha que Diana estava em busca do glamour e da sofisticação que ele poderia proporcionar. A interação entre eles era pontuada por momentos de levesa e informalidade, apesar da pressão constante de estar sob os holofotes. Oldfield relembra como era imperativo planejar as provas em horários que não interferissem nos compromissos escolares dos filhos da princesa, demonstrando como a vida da realeza exige uma dança delicada entre o dever público e a vida pessoal.
Com a combinação dessas histórias e as lições do surto criativo que cada estilista levou para seu trabalho, ‘o vestido da memória’ não se limita a ser uma mera análise da moda, mas se expande para se tornar um testamento da resiliência, da amizade e da importância das memórias na vida de todos nós. Assim, através de suas páginas, Jade Beer convida os leitores a refletirem sobre o papel que a moda desempenha em nossas vidas e como os trajes podem ser uma extensão das nossas histórias pessoais.
Por fim, ‘o vestido da memória’ já está disponível nas principais livrarias e promete não apenas entreter, mas também encantar quem busca conhecer mais sobre o fascinante mundo dos costureiros reais e as histórias por trás dos looks icônicos da realeza.