A recente revelação de um documento interno da HYBE, conhecido como “relatório da indústria musical”, provocou uma onda de indignação nas redes sociais e um pedido formal de desculpas da empresa. O conteúdo, que incluía críticas maliciosas a artistas de K-pop de várias agências, foi exposto à luz pública durante uma auditoria da Assembleia Nacional, despertando a atenção da mídia e gerando um debate intenso sobre a responsabilidade das grandes corporações na indústria musical. A situação se tornou ainda mais complexa com o envolvimento da Weverse Magazine, que agora busca esclarecer sua relação com o caso e a responsabilidade de seus funcionários.
O relatório, com aproximadamente 18.000 páginas, foi parcialmente divulgado, permitindo que cerca de 20 páginas chegassem ao conhecimento do público. Os comentários negativos contidos no documento não apenas feriram a reputação de diversos artistas, como também levantaram questões éticas e morais sobre o tratamento que esses profissionais recebem nas mãos de suas empresas. Em resposta ao escândalo, o CEO da HYBE, Lee Jae Sang, emitiu um pedido de desculpas público, no qual explicou que a criação do documento teve como objetivo reunir diversas reações e opiniões sobre as tendências e os problemas da indústria. Contudo, ele reconheceu que “o conteúdo era extremamente inadequado” e assumiu total responsabilidade pelo que foi publicado.
Em um esforço para se desvincular do incidente e proteger sua reputação, a Weverse Magazine lançou um comunicado no dia 10 de novembro, afirmando que o então editor-chefe, que já havia sido demitido, era o único responsável pela elaboração do controvertido relatório. Segundo a Weverse Magazine, nenhum outro membro da equipe estava ciente da existência do documento. A revista reafirmou que o trabalho do ex-editor foi realizado de forma independente e totalmente desvinculado das suas obrigações relacionadas ao veículo, buscando deixar claro que a empresa não compartilha das opiniões contidas no documento e que condena formalmente tal conduta.
A declaração feita pela Weverse Magazine foi explícita e objetiva: “Pedimos sinceras desculpas por causar desconforto e preocupação aos usuários que prezam pelo Weverse Magazine em decorrência da situação gerada pelo documento de monitoramento”. Além do pedido de desculpas, a revista também enumerou diversos pontos para elucidar a situação para seus leitores e usuários. Esclareceu que o ex-editor-chefe, atualmente afastado de suas funções, atuou de maneira isolada na produção do documento polêmico. Da mesma forma, enfatizou que todos os colaboradores da Weverse, incluindo os escritores externos, não estavam envolvidos na elaboração e nem foram solicitados a participar do trabalho sob qualquer circunstância. Além disso, o órgão reafirmou que a equipe da Weverse Magazine se opõe às ideias e conteúdos do relatório mencionado e assegurou que os colaboradores que estavam em contato com o ex-editor, assumiam funções de monitoramento, tiveram suas atividades suspensas.
A Weverse Magazine finalizou seu comunicado reiterando o compromisso com seus leitores, prometendo que no futuro irá proporcionar um conteúdo mais rico e profundamente desenvolvido, com o intuito de restabelecer a confiança do público e melhorar sua imagem perante os fãs. Este episódio evidencia a fragilidade das narrativas presentes na indústria do entretenimento e a importância da transparência por parte das empresas. Diante da crescente pressão pública, a forma como as organizações lidam com as críticas e se comunicam com seus stakeholders será crucial para a restauração de uma relação saudável e duradoura com os fãs. A repercussão desse incidente mostra o quão vitais são a ética e o respeito aos artistas, que muitas vezes são tratados como meros produtos dentro de um sistema que prioriza o lucro em detrimento da dignidade humana. Portanto, a sociedade espera respostas consistentes e ações efetivas que reflitam um compromisso genuíno com a integridade e o respeito às personalidades envolvidas.