Art Garfunkel, parte fundamental da icônica dupla Simon & Garfunkel, revelou que as perspectivas para a futura colaboração musical entre ele e Paul Simon são mais promissoras do que nunca. Em uma entrevista recentíssima ao jornal The Times, o músico de 83 anos compartilhou detalhes sobre um emocionante reencontro que teve com Simon, também de 83 anos, onde as memórias do passado e as promessas do futuro se entrelaçaram de maneira comovente.

O reencontro ocorreu enquanto Garfunkel promovia seu novo álbum intitulado Father and Son, gravado em colaboração com seu filho, Art Garfunkel Jr., de 33 anos. Durante essa conversa, Garfunkel destacou que este foi o primeiro encontro deles em muitos anos, revelando que se reencontraram “há algumas semanas”. O artista expressou uma forte sensação de nostalgia ao observar Simon, questionando: “O que aconteceu? Por que não nos encontramos antes?” Este momento de reconexão foi importante, tanto emocional quanto musicalmente, especialmente considerando o histórico complicado entre os dois músicos, que inclui desentendimentos que abalaram não apenas sua amizade, mas também suas vidas profissionais.

Art Garfunkel e Paul Simon recebendo prêmios Grammy

Garfunkel confessou que se emocionou ao ouvir Simon falar sobre as feridas que causou, revelando que a dor de uma antiga rixa estava ainda viva. “Eu chorei quando ele me contou o quanto eu o havia machucado,” disse Garfunkel, refletindo sobre seu comportamento passado. “Olhando para trás, percebo que eu queria desestabilizar a imagem boníssima que tínhamos. Sabe de uma coisa? Eu fui um tolo!” Essa declaração denota a profundidade dos sentimentos que envolvem esses dois artistas lendários, que têm uma história repleta de luz e sombra.

Durante a conversa, a dupla fez planos concretos para se encontrar novamente, e Garfunkel deixou no ar a possibilidade de que os dois possam revisitar sua gloriosa trajetória musical. No entanto, Garfunkel enfatizou que o foco principal não está necessariamente na música, mas sim na intenção de corrigir os erros do passado antes que seja tarde demais. “Sentimentos de dor e remorso se transformaram em reconciliação. Parecia que estávamos de volta a um lugar maravilhoso. Pensando nisso agora, as lágrimas descem pelos meus rostos. Eu ainda consigo sentir seu abraço,” revelou, traduzindo não apenas sua emoção, mas também a consagração de um amor fraternal, que sobreviveu ao teste do tempo.

Além de suas colaborações, Garfunkel e Simon também têm uma longa história de álbuns lançados juntos, com cinco obras de estúdio entre 1964 e 1970, sendo o mais famoso Bridge over Troubled Water. A separação deles após esse álbum foi dolorosa, mas eles se reencontraram nas últimas décadas, especialmente durante suas carreiras solo. A performance memorável na reunião de 1981 no Central Park, que mais tarde se tornou um álbum e filme, ajudou a os dois a reviver parte da magia que os uniu.

Paul Simon e Art Garfunkel se apresentando durante a cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame em 1990

No documentário In Restless Dreams: The Music of Paul Simon, previsto para ser lançado em 2024, Simon recorda os acontecimentos que levaram à separação da dupla. Ele descreve a relação deles como fraterna até o lançamento do famoso álbum e destaca que, após essa fase, a harmonia que existia foi perdida. Segundo Simon, Garfunkel estava envolvido nas filmagens do filme Catch-22 e havia expectativa de que retornaria para continuar a carreira musical; no entanto, Simon ficou desapontado com o desenrolar dos eventos. “Artie disse que faria filmes por seis meses e, em seguida, voltaria, mas eu sabia que não ia ser assim,” ele refletiu, indicando como as expectativas desencontradas contribuíram para a ruptura.

Embora a história da dupla esteja marcada por dificuldades, os sentimentos positivos após o reencontro sugerem um possível renascimento de suas colaborações. O filho de Garfunkel mencionou que, após essa reunião emocional, seu pai estava radiante e reiterou que Simon sempre foi considerado parte da família. Em tom esperançoso, Garfunkel Jr. mencionou que existe a possibilidade concreta de que os dois se apresentem juntos novamente em um futuro evento musical, de caráter beneficente. “Estou falando hipoteticamente, mas talvez um grande evento de TV/benemérito possa acontecer, incitando a criação de novas músicas, fazendo com que uma nova geração descubra a beleza da música que eles criaram juntos,” ponderou, enfatizando o anseio por uma nova era de colaborações entre esses talentos atemporais.

Atualmente, os ouvintes já podem desfrutar do novo álbum de Garfunkel e seu filho, Father and Son, que convida todos a relembrar a importância da conexão humana e da música em todos os momentos da vida.

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