Timothée Chalamet, conhecido por seus papéis marcantes em filmes como “Duna” e “Call Me by Your Name”, compartilhou uma experiência reveladora que expõe um aspecto menos comentado sobre a indústria do cinema: a pressão sobre a aparência física, que não afeta apenas as mulheres, mas também os homens. Em uma conversa franca com Zane Lowe, no programa da Apple Music, o ator falou sobre como foi julgado por seu corpo durante o início de sua carreira, especialmente nas audições para produções que exigiam uma imagem mais convencional.
O ator, que é considerado um ícone de estilo e beleza na atualidade, relembrou como recebeu feedbacks negativos ao tentar participar de filmes de grande sucesso, como “The Maze Runner” e “Divergent”. Ele declarou: “Se eu fazia audições para ‘The Maze Runner’ ou ‘Divergent’, o feedback era sempre: ‘Oh, você não tem o corpo certo'”. Esse tipo de comentário pode ser devastador para qualquer aspirante a ator, fomentando inseguranças que podem persistir ao longo da carreira. Chalamet falou sobre a pressão que sofreu de seu agente, que, embora de forma branda, sugeriu que ele precisasse ganhar peso para se adequar ao que os estúdios procuravam.
No entanto, mesmo diante dessas dificuldades, o ator encontrou uma forma de quebrar estereótipos e se estabelecer em Hollywood, focando em projetos que ressoassem com sua verdadeira essência. Chalamet está prestes a interpretar o lendário cantor Bob Dylan no aguardado filme biográfico “A Complete Unknown”. Ele faz uma conexão entre suas experiências e as de Dylan, mencionando que ambos trilharam caminhos únicos e personalizados em suas respectivas indústrias. Chalamet comentou: “Para [Dylan], era folk music. Ele não conseguia manter uma banda de rock, pois todos eram contratados por garotos que tinham mais dinheiro, literalmente, em Minnesota.”
Essa nova produção é particularmente significativa para Chalamet, que se sente “profundamente imerso na igreja de Bob” e vê sua participação como uma oportunidade de atuar como uma ponte entre a música de Dylan e o público contemporâneo. O ator expressou sua empolgação em trazer essa história à vida, evidenciando seu envolvimento emocional com o ícone musical.
A trajetória de Chalamet em filmes mais comerciais, como “Wonka” e “Duna”, começou com projetos de orçamento menor que lhe permitiram explorar papéis mais pessoais e íntimos, como em “Beautiful Boy” e “Little Women”, onde a expectativa de mudança física não era uma exigência. Ele observou que essas produções tinham um orçamento modesto, mas, segundo suas palavras, eram filmes “muito… eu não sei como dizer isso de outra forma… pessoais, que surgiram nesse espaço teatral.” Para ele, esses trabalhos foram cruciais para ajudar a encontrar seu ritmo, confiança e fluidez como ator.
Por fim, o filme “A Complete Unknown” promete ser um marco na carreira de Timothée Chalamet e está previsto para estrear nos cinemas no dia 25 de dezembro deste ano. A presença de Chalamet já gera expectativas, não apenas pelo seu talento, mas também pela sinceridade que traz à discussão sobre as pressões que atores enfrentam dentro da indústria cinematográfica. À medida que ele continua a trilhar esse caminho singular, fica claro que suas experiências e desafios moldaram não apenas sua carreira, mas também a maneira como ele percebe e se posiciona diante das expectativas da indústria.