Recentemente, o ator Jude Law fez uma reflexão envolvente sobre seu papel como Yon-Rogg no filme ‘Captain Marvel’. Durante uma entrevista exclusiva para a revista GQ, focada em seus “Homens do Ano”, Law compartilhou detalhes sobre sua experiência interpretando um dos vilões do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) e julgou que seu personagem poderia ter sido desenvolvido de maneira diferente. Ao longo dos anos, ‘Captain Marvel’ tornou-se um filme significativo dentro do MCU, destacando a heroína Carol Danvers, interpretada por Brie Larson, que emergiu como uma das super-heroínas mais poderosas do panteão Marvel. Entretanto, a trajetória de Carol Danvers no MCU, até agora, foi limitada em comparação com a de muitos dos outros Vingadores, o que levanta a questão: o filme foi capaz de explorar plenamente os antagonistas que se opõem a ela?
Em ‘Captain Marvel’, que se passa na década de 1990, a trama se desenrola em meio a conflitos intergalácticos e apresenta Carol enfrentando desafios formidáveis, incluindo seu adversário Yon-Rogg, interpretado por Law. Embora o vilão tenha tido um papel significativo na narrativa, com um tempo razoável de tela, Law sente que o personagem poderia ter contado com uma abordagem mais humorística e multifacetada. Ao refletir sobre a construção de seu personagem, ele afirmou que tinha várias ideias em mente que, em sua percepção, não foram consideradas pelos roteiristas e pela equipe de produção. Jude descreveu Yon-Rogg como “um pouco seco”, ressaltando que queria que seu personagem fosse mais cômico e divertido, quase como um vilão com “cavanhaque que torce”, um clichê que muitas vezes traz leveza às histórias de vilões.
A busca de Jude Law por um Yon-Rogg mais carismático e dinâmico pode ser considerada um reflexo do desejo dos fãs por vilões que ofereçam mais do que apenas antagonismo; eles anseiam por personalidades que sejam memoráveis e entretenham. Quando perguntado se ele consideraria retornar ao papel, Law declarou: “Provavelmente não. Estava tudo bem. [Meu personagem] era um pouco seco. Eu queria que fosse um pouco mais engraçado.” Esse desfecho em relação à sua participação no MCU levanta também a questão se os cineastas conseguem aperfeiçoar a fórmula para tornar seus vilões mais envolventes para o público.
Enquanto o MCU se desenvolve com novas histórias e personagens, a luta de Carol Danvers, que derrotou Yon-Rogg e mais tarde enfrentou outros antagonistas, como Dar-Benn em ‘The Marvels’, em 2026, continua a ficar em primeiro plano. Carol provou seu valor em duas produções solo e nas filmagens de ‘Avengers’, estabelecendo uma forte presença feminina e forte no universo Marvel. Contudo, a característica de vilões que não recebem a devida atenção pode permanecer um desafio para a franquia, que constantemente busca manter o engajamento dos fãs. Os vilões significativos, assim como os heróis, são essenciais para a construção de histórias ricas e memoráveis; e as experiências de Law servem como um lembrete da importância de dar a esses personagens antagonistas o desenvolvimento necessário.
Por fim, a constatação de Jude Law sobre a falta de profundidade de seu papel em ‘Captain Marvel’ convida à reflexão sobre o que queremos ver nos próximos filmes do MCU. Serão os vilões sempre relegados a papéis secundários ou eles podem um dia brilhar de maneira tão intensa quanto os heróis? É importante que os estudiosos do cinema e roteiristas escutem os anseios tanto dos seguidores do universo Marvel quanto dos próprios atores, que certamente têm muito a oferecer. Esperamos que, no futuro, o MCU encontre maneiras de integrar visões criativas de seu elenco sobre seus papéis, criando personagens que não apenas antagonizam, mas que se tornam memoráveis na cultura pop, capazes de rivalizar com os próprios protagonistas.