No vibrante coração de Los Angeles, um dos maiores santuários automotivos do mundo está comemorando seu 30º aniversário. O Museu Automotivo Petersen destaca-se por sua coleção de mais de 400 carros clássicos, que refletem não apenas a evolução do design automotivo, mas também o impacto cultural que esses veículos têm na sociedade. Este espaço não é apenas um museu; é uma verdadeira cápsula do tempo, onde a paixão pela velocidade e pela estética se cruzam em uma jornada fascinante pela história do automóvel.

Uma das estrelas indiscutíveis da coleção é o icônico Jaguar de 1956 pertencente à lenda de Hollywood Steve McQueen, que atualmente é avaliado em mais de 30 milhões de dólares. Dana Williamson, mecânica-chefe do museu, comentou: “Este é provavelmente um dos carros mais populares da nossa coleção.” O status do Jaguar vai além do seu valor monetário, encapsulando o espírito dos anos dourados do cinema e da cultura automotiva. O museu, fundado em 1994 por Robert E. Petersen, um ícone da indústria de revistas automotivas, é um testamento do amor de uma vida inteira por carros e pela inovação.

Jaguar de 1956
O Jaguar de 1956 de Steve McQueen, avaliado em mais de 30 milhões de dólares.
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O Museu Petersen não se limita a exibir carros; ele também constrói uma ponte entre gerações. Jay Leno, o notório comediante e amante de carros, é um dos maiores admiradores do museu. Famoso por sua extensa coleção, que inclui 208 veículos, Leno se define como um “colecionador” que, com o aumento do valor de seus carros, deixa para trás a fama de “acumulador”. “Eu só nunca vendi nada. É um pouco estúpido”, disse ele entre risos. Para Leno, cada carro tem uma história para contar, e essa narrativa é parte do que torna a coleção tão especial.

Nos bastidores do museu, há um cofre que abriga quase 300 carros rigorosamente mantidos fora de exibição. Leno descreve a atmosfera como “um estacionamento de 1925”. Muitas das peças raras da coleção, que hoje abriga uma das mais prestigiadas do mundo, são empréstimos ou doações, proporcionando uma nova vida a relíquias automotivas que são verdadeiros patrimônios culturais. Ele destaca que “todos os museus são importantes. Os carros agora combinam arte e cultura. É uma obra de arte cinética”.

Bugatti
Este Bugatti, um presente de casamento para o príncipe da Pérsia, está em exibição no Museu Automotivo Petersen.
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Outro destaque da coleção é o Ford GT40, um dos sete carros já construídos, que conquistou a famosa corrida 24 Horas de Le Mans. Essa vitória famosa foi recontada no filme “Ford v Ferrari”, e Leno ressalta que “é um orgulho para muitos americanos, porque ele venceu a Ferrari, o melhor”. A conexão emocional que as pessoas têm com esses veículos é profunda, refletindo não apenas a engenharia, mas também a mitologia que os cerca.

À medida que o mundo automotivo enfrenta transformações rápidas devido à popularização do compartilhamento de carros como o Uber, Leno observa que a nova geração pode não estar tão interessada em automóveis como antes. Ele reconhece que, embora um carro de aplicativo leve você aonde você precisa, a verdadeira alegria reside na jornada e em cada detalhe dessa experiência. É esta paixão que o Museu Automotivo Petersen celebra, mantendo viva a herança do automobilismo e capturando a imaginação de visitantes de todas as idades.

Assim, ao celebrarmos as três décadas de existência do museu, um convite é lançado a todos: venha fazer parte dessa história, onde cada carro é uma testemunha do passado e um símbolo das inovações que moldaram o amanhã. Não é apenas sobre quadros e peças, mas sobre o que cada veículo representa na cultura contemporânea e em nossas memórias coletivas.

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