Bill Skarsgård, o ator sueco conhecido por sua icônica interpretação do palhaço Pennywise nas adaptações cinematográficas de “It”, lançou luz sobre os efeitos psicológicos de seu papel transformador nas duas recentes versões do filme, lançadas em 2017 e 2019. Em uma entrevista contendo alguns relatos surpreendentes do artista, Skarsgård revelou que a sua performance como o divertido e aterrorizante clown não apenas ficou na memória do público, mas também teve um impacto profundo em seu próprio subconsciente. Ao falar com a Vanity Fair como parte da sua 31ª edição anual da Hollywood Issue, aos 34 anos, ele relembrou pesadelos peculiares que o atormentaram após o término das filmagens.
Durante a conversa, Bill compartilhou: “Os sonhos eram tão estranhos. Ou eu estava confrontando Pennywise e ficava bravo com ele, gritando — ou eu era Pennywise, mas estava andando pelas ruas onde cresci, pensando: ‘Não, não. Eu não deveria estar aqui fora em público assim. Não é assim que as coisas devem ser.’ ” Esse fenômeno psicológico o fez sentir uma luta interna, tentando se desvincular da figura aterrorizante que habitava sua mente, enquanto estava literalmente de volta ao local onde cresceu, dentro do mesmo apartamento onde passou sua infância, em Estocolmo.
Esse sentimento de desconexão não é incomum para atores que mergulham profundamente em papéis intensos e sombrios. Para tornar-se o devastador Pennywise, Skarsgård adotou um método que envolve não só o uso extensivo de maquiagem, mas também uma transformação vocal e física que exige um comprometimento total. De fato, o ator afirmou: “Pennywise se tornou minha transformação definitiva e eu realmente gostei disso.” Mas o que podemos aprender com essa intensa jornada transformacional? Certamente algumas sacrifícios são feitos, incluindo as longas noites sem sono.
Em um sinal do seu compromisso com a forma física e a preparação para seus papéis, Bill Skarsgård também mencionou seus esforços pesados para se manter em forma, que o levaram a consumir ovos crus e evitar açúcar como parte de sua dieta. Isso ocorreu durante a preparação para outro papel como um moldado “máquina de destruição”, de um próximo projeto intitulado “The Crow”. Suas experiências de transformação e sacrifício em nome da arte continuam a impressionar fãs e críticos que assistem sua carreira prolífica crescer. O ator agora está enfrentando um novo desafio, transformando-se em um dos monstros mais icônicos do cinema: o vampiro gótico Count Orlok em “Nosferatu”.
Ele afirmou que esta nova representação do personagem é “muito diferente de Pennywise de várias maneiras”, sublinhando que, “Orlok estava ainda mais distante de quem eu sou do que Pennywise, no sentido de que minha voz, postura, idade e a aparência eram apenas tão distantes… Essa se tornou a grande dificuldade.” Ele comentou que sempre buscou por novas experiências fora da sua zona de conforto, e isso se intensificou para o papel de Orlok, onde a criatividade tem um espaço muito maior. Uma transformação onde Bill não pode estar presente de maneira alguma. “Isso é aterrador,” ele revelou.
Bill Skarsgård destacou ainda que sua vivência com Pennywise trouxe um entendimento único sobre a atuação, especialmente sobre a necessidade de distanciar-se de si mesmo para viver plenamente um personagem. “A coisa mais próxima que eu tenho em termos dessa experiência é obviamente Pennywise, onde você está criando algo tão dependente de maquiagem, mas também tão abstrato de quem você é”, explicou ele. No entanto, com Orlok, a desconexão é vital. “Eu tive dificuldades em me comprometer para performar isso, sentia algo tão estranho e desconfortável.” O ator também está pronto para reprisar seu papel de Pennywise em uma série prequela chamada “IT: Welcome to Derry”, que será lançada na HBO Max.
A adaptação de “Nosferatu” será lançada nos cinemas no dia 25 de dezembro, prometendo assim mais uma incrível performance de um ator que tem se tornado um dos mais versáteis de sua geração. Prepare-se para mais uma jornada sombria, onde Bill Skarsgård irá desbravar novos territórios de terror e criatividade.