A noite de quarta-feira foi marcada por uma partida eletrizante na Liga dos Campeões Femininos, onde o Chelsea FC Women enfrentou o Celtic em um duelo cheio de emoções e reviravoltas. O jogo, realizado no Celtic Park, terminou com uma vitória do Chelsea por 2 a 1, mas não sem uma dose de suspense e uma boa dose de desperdício de oportunidades. Sob o olhar atento da sua técnica, Sonia Bompastor, as jogadoras do Chelsea conseguiram, com dificuldade, manter uma sequência de vitórias na competição, mas o desempenho exibido deixou claro que há espaço para melhorias significativas.
Desde o início da partida, o Chelsea demonstrou ser a equipe mais competente em campo, controlando a posse de bola e criando diversas oportunidades. No entanto, um fatídico erro de concentração rendeu ao Celtic uma vantagem que ninguém esperava. Em uma jogada que pegou a defesa do Chelsea desprevenida, esteve em cena a atacante Murphy Agnew, que aproveitou um excelente passe de Amy Gallacher para abrir o placar no minuto 22 com um belo chute, deixando o time londrino em uma posição desconfortável. A capacidade do Celtic de marcar em um momento tão crucial fez com que o jogo se tornasse uma batalha mental para o Chelsea, que agora necessitava não apenas de habilidade, mas também de resiliência.
Mas, como já diria a famosa frase, “não conte a história antes do final”. O Chelsea se reorganizou rapidamente e, seis minutos após o gol do Celtic, foi Maika Hamano quem respondeu, mostrando talento ao finalizar de perto após uma jogada bem construída por Aggie Beever-Jones. Essa ação não apenas estabilizou a confiança das jogadoras, mas também redefiniu a dinâmica da partida. O Chelsea avançou de forma coordenada e, aos 32 minutos, Ashley Lawrence demonstrou sua versatilidade e precisão ao marcar o segundo gol, completando uma bela jogada coletiva e colocando o Chelsea na frente. A torcida do Chelsea vibrou e o momento parecia promissor, mesmo que a equipe tivesse que lidar com algum desgaste emocional após ter começado atrás no placar.
Ao longo da segunda etapa, o Chelsea dominou a posse de bola e mergulhou ininterruptamente no campo do Celtic, criando um total impressionante de 26 chutes. No entanto, a ineficiência no ataque se fez notar, já que várias jogadas claras de gol foram desperdiçadas. Jogadoras como Beever-Jones, Catarina Macario e Nathalie Bjorn, todas tiveram oportunidades claras para ampliar a vantagem, mas falharam em converter as chances que lhe foram apresentadas. Isso se transformou em um verdadeiro teste de paciência e concentração para a equipe, que parecia estar à mercê da defesa adversária, mas que, inexplicavelmente, não conseguia transformar o domínio em gols. O desperdício costurou um contraste vívido com a determinação em campo e deixou uma pulga atrás da orelha dos torcedores que acompanharam a partida.
A partida ainda teve um desfecho marcado por tensão e indignação com a expulsão de Beever-Jones por um desafio tardio no tempo de acréscimo, o que lançou um clima de frustração sobre a vitória. O Chelsea, mesmo assim, selou a terceira vitória em três jogos da fase de grupos e ocupa, de forma confortável, a primeira posição no Grupo B, mantendo uma campanha de 100% até agora. No entanto, para a técnica Sonia Bompastor, a eficácia nos finalizações será crucial nos próximos desafios. Os adversários da Liga dos Campeões são ardilosos, e uma vantagem tão escassa não pode ser permutada por um festival de erros como o exibido contra o Celtic.
A vitória, embora positiva, serve como um alerta sobre os desafios que aguardam o Chelsea nas próximas partidas, onde certamente os erros de finalização podem custar caro. Para a equipe feminina do Chelsea, a mensagem é clara: é preciso trabalhar para transformar o domínio em gols e expurgar o desperdício, pois a expectativa é que cada jogo se torne uma vitrine para o talento das atletas e, ao mesmo tempo, uma demonstração de sua capacidade de se superar face às adversidades. Os torcedores podem, sem dúvida, vibrar com a vitória, mas não deixam de esperar que a equipe demonstre um futebol mais eficaz nos próximos confrontos. Afinal, na Liga dos Campeões, a história é escrita com gols e a garra de um time é testada a cada partida.