“`html

À medida que a temporada de compras de fim de ano se aproxima, uma nova pesquisa lança luz sobre um assunto frequentemente negligenciado: a presença de substâncias químicas tóxicas nos produtos que consumimos diariamente. O Relatório de Varejo de 2024, divulgado pela organização sem fins lucrativos Toxic Free Future, revela que a maioria das grandes redes de varejo não está fazendo o suficiente para proteger os consumidores dos perigos associados a químicos nocivos e plásticos em seus produtos. Essa situação é preocupante, especialmente para os consumidores que buscam segurança e saúde em suas compras durante as festividades.

De acordo com o relatório, os 50 maiores varejistas dos Estados Unidos e Canadá, que representam cerca de 160 empresas com mais de US$ 4 trilhões em receita anual, receberam uma notável nota média de D+. Esse resultado reflete a ineficácia das iniciativas tomadas por estas empresas para proteger seus clientes de químicos indesejáveis. “Não é por acaso que este relatório está sendo publicado no meio da temporada de compras de fim de ano, apenas algumas semanas antes do Black Friday”, afirmou Mike Schade, coautor do documento e diretor do programa Mind the Store.

A época das festas é um período crítico para os varejistas, que costumam gerar uma boa parte de suas receitas nesse intervalo do ano. Schade destacou: “Queremos que os consumidores tenham acesso a essas informações, para que possam tomar decisões de compra mais informadas e, ao mesmo tempo, que os varejistas entendam que serão responsabilizados se não tomarem ações significativas para reduzir a presença de substâncias perigosas em seus produtos”.

notas baixas na avaliação de segurança

O relatório revelou que 17 dos 50 varejistas receberam uma nota de F, colocando-os na lista de “Toxic Hall of Shame”. Entre os principais infratores estão grandes redes de fast food, como McDonald’s, Chipotle, Subway e Yum! Brands (que opera o KFC, Taco Bell e Pizza Hut). Além disso, empresas como Inspire Brands, que possui a rede Arby’s, e outras conhecidas, também receberam notas baixas.

Outros varejistas, incluindo Trader Joe’s, Publix e a rede canadense Sobeys, também estão na lista dos menos avaliados pela falta de iniciativas para proteger os consumidores. Outras cadeias como 7-Eleven e Five Below também foram criticadas pela ineficácia em reduzir o uso de químicos prejudiciais.

Apenas cinco das maiores empresas no relatório conseguiram obter notas de A ou A-. Apple, Sephora, Target e Walmart se destacaram como as melhores no ranking de práticas seguras. A Ulta Beauty, um nome bem conhecido na indústria de beleza, foi destacada como a empresa que mais melhorou, quase dobrando sua pontuação desde 2021. “Temos orgulho do progresso que fizemos na transparência e no fornecimento de alternativas mais seguras”, afirmou Jodi Caro, representante da empresa.

um sistema de notas mais rigoroso

A organização Mind the Store começou a avaliar a disposição das empresas em dedicar-se à segurança do consumidor em 2016. O último relatório anterior havia apresentado apenas 12 empresas com notas ruins, e esse aumento no número de empresas com notas baixas neste ano é um indicativo das novas e rigorosas critérios que foram adotados. Essa maior exigência resultou em um número crescente de empresas sendo avaliadas com notas insatisfatórias.

As empresas foram classificadas com base em seu compromisso em promover a segurança dos produtos, a transparência nas informações fornecidas aos consumidores e a disposição em solicitar que os fabricantes de seus produtos eliminassem diversos químicos potencialmente perigosos antes de serem colocados à venda. “Os substâncias de alta preocupação incluem carcinógenos e disruptores endócrinos”, observou Cheri Peele, coautora do relatório.

toxinas perigosas em produtos comuns

Entre os químicos mais preocupantes, o relatório destaca substâncias que se tornaram amplamente conhecidas por seus efeitos nocivos à saúde, como os PFAS (substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil), ftalatos e bisfenóis. O impacto dos PFAS é alarmante, pois esses compostos estão presentes no sangue de cerca de 98% dos americanos. Perigos associados a essas substâncias incluem problemas sérios de saúde, como câncer e distúrbios hormonais. E o que muitos não sabem é que o uso desse tipo de produto não se limita apenas a alimentos ou embalagem, mas se estende a uma vasta gama de itens de uso diário.

Por outro lado, a mudança não é um desejo apenas de alguns consumidores. Recentemente, 68% das empresas no relatório afirmaram ter progredido ao implementar políticas de redução de químicos tóxicos, uma abordagem chamada “Ban the Bad”. Contudo, muitos varejistas não utilizam essa oportunidade para garantir que quaisquer novos químicos introduzidos em produtos sejam realmente seguros. De acordo com o relatório, 80% das empresas não verificaram ou escolheram químicos menos perigosos para reformular seus produtos.

Essa situação clama por uma ampla responsabilidade industrial para atender às expectativas dos consumidores por produtos mais seguros. A necessidade de maior transparência é evidente, pois quase metade dos varejistas não forneceram informações claras sobre plásticos e aditivos plásticos, o que reforça a urgência de um compromisso sólido da indústria para proteger os consumidores.

Os consumidores têm o poder em suas mãos. Eles podem exigir mudanças e gerar impacto nas práticas do mercado de consumo. Através de ferramentas como o Mind the Store e a “Safer Choice”, ambos disponibilizados pelo EPA, os consumidores podem exigir maior responsabilidade. A escolha de onde e como comprar pode fazer toda a diferença e, em um mundo onde a saúde e a segurança estão em jogo, vale a pena considerar esses fatores na hora de realizar suas compras.

“`

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *