As vítimas do furacão Milton e o impacto na comunidade
Na sequência do devastador furacão Milton, que atravessou a Flórida na última semana, um luto profundo permeia a comunidade, à medida que se tornam públicas as histórias de algumas de suas vítimas. Das sete vítimas identificadas, seis perderam suas vidas em St. Lucie County, em decorrência de um tornado que atingiu um clube de aposentados no dia 9 de outubro. A autoridade do condado, representada pelo xerife Keith Pearson, divulgou uma declaração emocionante na qual lamenta a perda dos residentes afetados pela tragédia, expressando suas condolências aos familiares e amigos durante um momento tão difícil. Enquanto as operações de recuperação estão em andamento, com cerca de 340 mil clientes sem energia elétrica, o impacto emocional e social da catástrofe se faz sentir entre os residentes e comunidades na Flórida.
Histórias pessoais reveladas nas tragédias
Uma das vítimas, Randy Snyder, de 66 anos, era amigo do Xerife do Condado de Volusia, Mike Chitwood. Em uma postagem no Facebook, Chitwood anunciou a morte de Snyder, destacando sua vida dedicada à família e sua presença constante nos eventos escolares e atividades dos netos. Com uma esposa de 43 anos, Barbara, ele era um avô orgulhoso, celebrando até recentemente a admissão de seu neto na Florida State University. O xerife reconheceu a dor que a comunidade estava enfrentando com a perda de inúmeras vidas, escrevendo que muitos que conheciam e amavam Randy estão de luto por sua ausência.
Outra vítima identificada foi Debbie Kennedy, de 66 anos, uma ex-funcionária de um lar de idosos que se mudou recentemente de Nova York para o Spanish Lakes Country Club Village. Ela foi tragicamente vitimada pelo tornado antes que o furacão atingisse a costa. Seu falecimento foi um duro golpe para sua família, que agora busca arrecadar fundos para os custos do funeral por meio de uma campanha no GoFundMe. Sua filha, Brandi Smith, compartilhou que Debbie tinha confiança de que estava segura em sua casa móvel, mas os desastres climáticos se intensificaram rapidamente. A perda de Debbie, descrita como “o coração da família”, deixou seus filhos e netos devastados, lembrando-a como uma mãe e avó atenta e amorosa.
Outras vidas perdidas no furacão
Além de Randy e Debbie, outras vítimas em St. Lucie County incluíram Alejandro Alonso, de 66 anos, e sua namorada Mary Grace Viramontez, de 70 anos. A tragédia afetou profundamente a família de Alonso, que recordou um momento angustiante em que o neto tentou convencê-lo a procurar abrigo em meio ao caos, apenas para ouvir o seu último grito antes da ligação ser interrompida. Alonso era um veterano do Exército dos EUA e trabalhava nos Correios, enquanto Viramontez dedicou parte de sua vida ao trabalho social em Detroit. As lembranças calorosas que os amigos e familiares têm de ambos refletem o amor e a generosidade que trouxeram para suas comunidades. Eles deixam uma marca indelével na vida de todos que os conheceram.
Além dessas quatro vítimas notáveis, outras três pessoas também perderam a vida no Spanish Lakes após o tornado devastador. William Cutlip, de 82 anos; Roger Ammon, de 85 anos; e Sandra MacDonald, de 84 anos, foram identificados pelo Escritório do Xerife do Condado de St. Lucie. Cada uma dessas vidas representa uma história não contada de amor, perda e a luta pela recuperação em decorrência dos eventos trágicos do furacão Milton. À medida que a comunidade se une para lidar com o impacto dessa calamidade, o foco também se volta para a reconstrução e para o apoio aos que perderam entes queridos.
A recuperação e a solidariedade após o desastre
O furacão Milton não apenas causou danos materiais consideráveis, mas também gerou um senso profundo de solidariedade entre os residentes afetados. Em meio à tristeza, as iniciativas de ajuda e arrecadação de fundos se multiplicam, com muitos se unindo para apoiar as famílias enlutadas e fornecer recursos essenciais aos sobreviventes. O evento ressaltou a resiliência da comunidade da Flórida e o espírito de união que emerge diante da adversidade, reforçando a importância do apoio mútuo durante períodos de crise. A luta pela recuperação continua, mas as histórias daqueles que perdemos jamais serão esquecidas, servindo como um lembrete da fragilidade da vida e da importância de valorizar cada momento ao lado de nossos entes queridos.