A recente reflexão de AJ McLean, integrante da icônica boy band Backstreet Boys, trouxe à tona os desafios pessoais enfrentados durante um período crítico da carreira do grupo. Em uma nova produção da Paramount+, intitulada “Larger Than Life: Reign of the Boybands”, McLean analisa as dificuldades que se tornaram evidentes em 2001, um ano que ele descreve como particularmente sombrio. O relato não apenas revela a vulnerabilidade do cantor, mas também o impacto que essas batalhas internas tiveram no desempenho e nas relações da banda.
O cantor, atualmente com 46 anos, relembra que, apesar de nunca ter acontecido uma separação formal entre os integrantes, houve momentos em que a unidade do grupo foi severamente testada. Ele declara: “No Backstreet Boys, nunca houve uma separação, mas 2001 foi um momento realmente obscuro.” Essa declaração marca o início de um mergulho profundo nas experiências que levaram a banda a se afastar dos holofotes em meio ao sucesso estrondoso.
Muitos fãs lembram da intensa rotina de turnês e gravações que os Backstreet Boys mantinham na época. McLean reconhece que essa pressão era monumental: “Nós fizemos turnês durante nove anos seguidos, apenas entrar em turnê, fazer um álbum, entrar em turnê, fazer um álbum. E em vez de lidar com minhas emoções reais ou meus sentimentos, acabei me perdendo no estilo de vida, nas festas, na bebida e nas drogas.” O cantor admite que a situação se tornou insustentável, destacando um momento crítico de autocompreensão: “E não foi até eu fazer o que disse a mim mesmo que nunca faria, que foi beber no palco, que tive que perceber: ‘Ok, cara, algo não está certo.’” Esse episódio, embora doloroso, se tornou um ponto de virada em sua vida.
Apesar do apoio de seus colegas de banda, McLean revela que as relações estavam tensas e que ele tomou a difícil decisão de buscar ajuda. “No dia em que voei de uma turnê para a reabilitação, todos estavam no limite,” reflete o cantor. O primeiro passo para a recuperação aconteceu em 2001, mas o caminho não foi fácil. Nos anos subsequentes, a banda continuou a enfrentar dificuldades, incluindo a saída de Kevin Richardson para formar uma família. “E então Kevin saiu por seis anos. Nós o abençoamos, ele nos abençoou para continuar como quatro e seguimos em frente sem ele,” explica McLean, mostrando a resiliência do grupo em tempos difíceis.
Em 2008, Richardson retornou ao grupo, marcando um dos momentos mais emocionantes da história da banda. McLean recorda vividamente: “Nunca vou esquecer quando Kevin voltou. Estávamos no Staples Center e ele subiu para ‘I Want It That Way.’ Nunca ouvi gritos tão penetrantes. Tive que tirar meus fones de ouvido.” Esse reencontro não apenas revigorou a banda, mas também simbolizou a força da amizade e do comprometimento mútuo entre os integrantes, mesmo diante das adversidades.
A história dos Backstreet Boys e outros grupos marcantes da época é explorada em “Larger Than Life: Reign of the Boybands”, série que promete entreter e emocionar todos os fãs. As experiências de McLean servem de testemunho do poder da superação e da importância de enfrentar os demônios internos, algo que muitas pessoas podem se identificar, independentemente de sua relação com a música. Portanto, ao assistir ao documentário, não apenas se testemunha a resiliência de um ícone pop, mas também se reflete sobre as lutas pessoais que muitos enfrentam, lembrando que, mesmo na escuridão, sempre há uma luz que pode guiar o caminho de volta.