No mundo do entretenimento, poucos nomes são tão icônicos quanto o de Grace Kelly. A atriz, que com o passar dos anos se tornou a princesa de Mônaco, tornou-se uma referência não apenas por sua beleza e talento, mas também por sua admirável paixão pela astrologia. Em 15 de novembro de 1969, a renomada atriz completou 40 anos de vida com uma festa digna de seu prestígio: o “Scorpion Ball.” Este evento não foi apenas uma celebração pessoal, mas uma verdadeira ode ao signo de Escorpião, do qual Grace era nativa, tendo nascido em 12 de novembro de 1929. A celebração foi realizada no luxuoso Hotel Hermitage, em Monte-Carlo, e manteve uma lista de convidados restrita, composta essencialmente por pessoas nascidas sob o signo de Escorpião, além de amigos casados com escorpianos.
A conexão de Grace Kelly com a astrologia era bem conhecida, e sua admiração pelo cosmos se manifestou em sua vida pessoal e profissional. Ela não só consultava o famoso astrólogo Carroll Righter, conhecido como o “astrólogo das estrelas”, como também teve seu próprio horóscopo elaborado. Righter se tornou um nome familiar quando foi fotografado visitando a atriz no set do filme “The Swan”, em 1956, onde notavelmente destacou a compatibilidade astrológica entre Grace e o príncipe Rainier III, indicando que as estrelas estavam, de fato, alinhadas para eles. Tal conexão forte com a astrologia só torna mais significativo o fato de que ela escolheu celebrar seu aniversário de uma maneira tão temática e personalizada.
Embora seu Sol estava em Escorpião, a verdadeira riqueza astrológica de Grace se estendia muito além disso. Seu mapa astral mostrava que ela também era Escorpião Ascendente, com Mercúrio e Marte ocupando este carismático signo de Água. Este profundo vínculo com Escorpião pode ter contribuído para a sua presença magnética, o que não é surpreendente, considerando que seu Meio-Céu, que representa a carreira e a imagem pública, estava em Leão. Assim, é compreensível que Grace tenha optado por uma festa extravagante para marcar sua nova fase de vida, onde a exclusividade era a palavra-chave.
O “Scorpion Ball” foi decorado com uma aura de mistério e sofisticação. Os convidados foram instruídos a se vestirem com as cores do signo de Escorpião, predominantemente vermelho e preto, criando uma atmosfera visualmente impressionante, que refletia tanto a natureza intensa dos escorpianos quanto a inclinação de Grace pela elegância. A decoração do Hotel Hermitage foi pensada para evocar um verdadeiro santuário escorpiano, repleto de retratos de famosos escorpianos, como o poeta Edgar Allan Poe e a rainha Maria Antonieta. Os garçons estavam vestidos com trajes de veludo vermelho e perucas do século XVIII, carregando velas em candelabros góticos, criando um ambiente digno de realeza.
A comemoração continuou com um extravagante bolo em forma de escorpião, que além de fúcsia, era adornado com um elegante anel de escorpiões dourados, uma obra de arte que certamente impressionou os convidados. A lista de convidados contou com celebridades da época como a atriz sueca Hjördis Paulina Genberg, a italiana Virna Lisi e a lendária estrela de cinema americana Rock Hudson. No entanto, em uma reviravolta interessante, Elizabeth Taylor também estava na lista, mesmo não sendo uma escorpiana. Ela foi convidada por seu marido, Richard Burton, que, sendo de Escorpião, teve a permissão de levar sua famosa esposa para a festa. Vale ressaltar que, apesar de não compartilhar o signo solar, Elizabeth possuía a Lua em Escorpião, o que a tornava uma excelente adição a esse seleto grupo de convidados.
Destacando-se em sua costumeira glória, Elizabeth estava deslumbrante em sua capa preta de veludo, adornada com escorpiões de diamantes, se adequando perfeitamente ao tema da noite. O evento, elaborado com tanto cuidado e criatividade, não apenas celebrou o aniversário de Grace Kelly, mas também deixou uma marca indelével na história da corte monegasca e do mundo da alta sociedade, onde a astrologia e a glamour se entrelaçaram de maneira única e memorável. À medida que o “Scorpion Ball” se tornou parte da história da princesa, ele também reitera o legado duradouro de Grace como uma mulher que sempre esteve à frente de seu tempo, não apenas como uma artista, mas como uma verdadeira ícone cultural.