A morte trágica de um menino de cinco anos autista em Hauser, Oregon, deixou a comunidade em choque e mobilizou a família do garoto em busca de respostas. Lawson Amos McCoy, pai do pequeno Joshua James McCoy, que foi encontrado sem vida a menos de dois quilômetros de sua residência, expressou em entrevista sua angustiante busca pela verdade sobre as circunstâncias que levaram ao falecimento de seu filho. O desfecho da história, marcado por dor e perplexidade, trouxe à tona questões sobre a segurança e os cuidados com crianças com necessidades especiais.
Segundo informações divulgadas pelo Escritório do Xerife do Condado de Coos, Joshua foi visto pela última vez em sua casa na Stage Road em Hauser no sábado, dia 9 de novembro. Sua mãe acordou de uma soneca por volta das 17h30 do horário local e percebeu que o menino havia desaparecido. Em resposta à situação, as autoridades foram acionadas imediatamente, iniciando um esforço coordenado em busca da criança. O relatório de desaparecimento elaborado pelo escritório do xerife descrevia Joshua como tendo cerca de 1,06 metros de altura, pesando entre 23 e 27 quilos, apresentando cabelos castanhos de comprimento até os ombros e olhos castanhos.
O dia 11 de novembro foi marcado por um intenso aumento nas buscas, com a mobilização de drones e a colaboração de outras agências estaduais e federais. No dia 12 de novembro, o escritório do xerife anunciou com pesar que os restos mortais do menino foram localizados, a aproximadamente 2,57 quilômetros de sua residência. As autoridades relataram que a investigação estava em andamento e que mais informações sobre o caso não seriam divulgadas naquele momento, ressaltando a seriedade com que a busca foi conduzida. O xerife enfatizou que as áreas já pesquisadas foram examinadas de forma meticulosa e cuidadosa, dadas as circunstâncias trágicas envolvendo o desaparecimento do menino.
Em sua declaração à OregonLive, Lawson McCoy, que se mudou para Ohio e não via seu filho há mais de um ano, compartilhou seu profundo arrependimento e dor. Ele mencionou a culpabilidade que sente por ter deixado Oregon, acreditando que a sua ausência possa ter contribuído para o desfecho triste. A história de Lawson e Joshua é repleta de amor, já que o pai, um veterano da Força Aérea, costumava cuidar do filho em casa enquanto sua companheira trabalhava como enfermeira em Coos Bay, onde a família se estabeleceu em busca de melhores oportunidades.
Os sentimentos de perda e desespero levaram a família a criar uma campanha no GoFundMe, com o intuito de arrecadar fundos para as despesas do funeral do pequeno Joshua, que será sepultado em Ohio ao lado de seus bisavós. Além dos custos relacionados ao funeral, os recursos arrecadados também serão utilizados para oferecer suporte psicológico à família e para contratar um investigador privado que possa aprofundar as investigações sobre a morte de Joshua, trazendo a esperança de obter respostas que tanto necessitam neste momento doloroso.
“Eu cuidei dele, dei banho, o alimentava. Sabia quais eram suas comidas e cores favoritas. Não consigo acreditar que isso aconteceu”, lamentou Lawson McCoy, em uma de suas declarações. O apelo por respostas se torna ainda mais relevante na esteira de acontecimentos trágicos que envolvem crianças vulneráveis. A morte de Joshua McCoy não é apenas uma tragédia pessoal, mas também uma chamada à ação para a sociedade, a qual deve refletir sobre as necessidades das crianças com autismo e os cuidados que devem ser proporcionados. Com a investigação ainda em andamento, a comunidade espera que a justiça seja feita e que, de alguma forma, a dor da perda se transforme em esperança para outros, visando garantir a segurança de crianças em situações semelhantes no futuro.
Enquanto isso, a história de Joshua e a luta de seu pai Lawson ecoam como um lembrete devastador de que, mesmo em meio a dificuldades, a busca pelo amor e pela verdade é um instinto humano profundo e inabalável. A memória do garoto e a pressão por justiça permanecem vivas, destacando a necessidade de um suporte mais robusto para famílias que enfrentam desafios semelhantes.