A dinamarquesa Victoria Kjær Theilvig, de apenas 21 anos, conquistou o título de Miss Universo 2024, fazendo história como a primeira mulher da Dinamarca a levar para casa esta coroa tão prestigiada. O acontecimento teve lugar na noite de sábado, em uma emocionante cerimônia realizada na vibrante cidade do México. Com uma combinação de beleza, talento e inteligência, Victoria superou competidoras de todo o mundo, totalizando 126 participantes na disputa deste ano.
Victoria é uma competitiva dançarina, empreendedora e aspirante a advogada, habilidades que a destacaram ao longo da competição. Ao receber a tiara das mãos da atual detentora do título, Sheynnis Palacios, da Nicarágua, ela foi calorosamente aplaudida por suas colegas de palco, um momento emocionante que simboliza não apenas sua vitória, mas a celebração do empoderamento feminino.
Esta edição do concurso também contou com uma apresentação ao vivo do cantor Robin Thicke, e foi apresentada pelo astros de Hollywood, Mário Lopez e a ex-Miss Universo Olivia Culpo, proporcionando um toque especial ao evento que, a cada ano, atrai milhões de espectadores ao redor do mundo.
O desfile deste ano começou com uma seleção rigorosa, onde as candidatas foram reduzidas a um grupo seleto de 30 participantes, resultado de um evento prévio que incluía um concursos de trajes nacionais deslumbrante. A competição avançou com uma exibição em trajes de banho antes que 12 finalistas chegassem à fase da noite, onde exibiram belíssimos vestidos de gala.
Na fase final, as cinco melhores competidoras foram submetidas a perguntas desafiadoras sobre liderança e resiliência. Em resposta a uma pergunta sobre como viveria de forma diferente se não fosse julgada, Theilvig afirmou que não mudaria nada, enfatizando sua filosofia de viver intensamente a cada dia. Além disso, quando questionada sobre sua mensagem aos telespectadores, ela instou a todos a “continuar lutando, não importa de onde você venha”, um poderoso lembrete da força e determinação humanas que ressoou com a audiência.
“Estou aqui hoje porque quero uma mudança, quero fazer história, e é exatamente isso que estou realizando esta noite,” declarou Theilvig, expressando a determinação que motivou sua jornada até a vitória. O segundo lugar foi conquistado por Chidimma Adetshina, da Nigéria, enquanto Maria Fernanda Beltran, do México, ficou com a terceira colocação. As competidoras Suchata Chuangsri, da Tailândia, e Ileana Marquez Pedroza, da Venezuela, completaram o top cinco, marcando um significativo avanço na diversidade e inclusão no evento.
Este ano, a competição registrou um marco histórico na sua história de 72 anos, permitindo que mulheres com mais de 28 anos participassem pela primeira vez. A mudança tão aguardada no regulamento possibilitou que mais de duas dezenas de finalistas ultrapassassem esta barreira etária. Um destaque foi a participação de Beatrice Njoya, de Malta, que escreveu seu nome como a primeira e única mulher na casa dos 40 anos a alcançar a grande final do concurso.
O fim do limite de idade surgiu em um contexto de crescente pressão para que a competição se modernizasse. Nos últimos anos, a Organização Miss Universo eliminou restrições para mulheres grávidas ou mães, e aquelas que são — ou já foram — casadas. Essa evolução é um reflexo de uma sociedade que busca mais inclusão e representação, e que se beneficia da diversidade de experiências e histórias entre as candidatas.
As delegações nacionais foram escolhidas através de concursos locais que garantiam os direitos regionais junto à Organização Miss Universo. Neste ano, Cuba, representada por Marianela Ancheta, participou da competição pela primeira vez desde 1967. Vários países, como Bielorrússia, Eritreia e Emirados Árabes Unidos, também enviaram competidoras pela primeira vez, refletindo uma expansão significativa da diversidade na competição.
Contudo, o processo para chegar à grande final não foi isento de controvérsias. O concurso Miss Universo da África do Sul, por exemplo, enfrentou polêmicas após a desistência de Adetshina em meio a questões sobre sua nacionalidade, as quais provocaram uma onda de hostilidade xenofóbica. Este tipo de incidentes ressalta a necessidade urgente de inclusão e respeito na busca pela igualdade de representação internacional.
Recentemente, a diretora do concurso Miss Universo Nicarágua, Karen Celebertti, renunciou apenas semanas após Palacios ter conquistado a coroa, enfrentando acusações de conspiração e traição em meio a alegações de uma suposta trama para derrubar o governo. Tanto Celebertti quanto o governo nicaraguense se abstiveram de comentar sobre o assunto quando consultados.
A vitória de Victoria Kjær Theilvig é mais do que uma conquista estética; é um testemunho poderoso do movimento de empoderamento feminino, uma chama que continua a brilhar e inspirar futuras gerações. Com sua visão de mudança e coragem, sua jornada será lembrada como um momento decisivo na história do Miss Universo.