Neste último sábado à noite, o recém-eleito presidente, Donald Trump, fez uma aparição triunfal no Madison Square Garden, um dos locais mais emblemáticos de Nova Iorque. Sua entrada foi marcada por uma ovação de pé e entusiasmados aplausos dos fãs que compareceram ao evento da UFC, combinando sua paixão por batalhas dentro do octógono e seu histórico vínculo com a cidade que o viu crescer e prosperar ao longo das décadas. Raptors os corações dos admiradores, que claramente sentiram falta de sua presença vibrante, Trump não hesitou em fazer um show à parte logo que chegou ao local, acompanhado do presidente da UFC, Dana White, ao som de “American Bad Ass” do cantor Kid Rock. Um início realmente memorável para uma noite que prometia muitas emoções.
A reviravolta emocional na vida de Trump não se limitou apenas a sua aparição no evento, mas também a um controverso comício realizado no mesmo espaço no mês anterior. Naquela ocasião, um comediante despertou a indignação de muitos ao fazer uma comparação inadequada, chamando Porto Rico de “uma ilha flutuante de lixo”. Apesar disso, Trump tem um apreço especial pela cidade de Nova Iorque, onde passou boa parte de sua vida antes de mudar-se para seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida. A presença de Trump no evento da UFC, portanto, reflete não apenas seu amor pelo esporte, mas também o desejo de reconectar-se com suas raízes.
Enquanto o evento ia entrando em sua reta final, a UFC transmitiu um vídeo que retratava a jornada de Trump em busca de recuperar a Casa Branca, apelidando-a de “O grande retorno da história americana”. Após a exibição do vídeo, Trump não conteve a animação e levantou o punho em direção ao público, sendo recebido com entusiasmo por seus apoiadores. Adicionalmente, momentos de descontração à beira do octógono foram proporcionados, com o presidente-electo se deixando levar pela música, dançando um trecho de “YMCA” do Village People antes de novamente erguer seus punhos ao som de “Takin’ Care of Business”.
No evento, Trump não estava sozinho. Ele foi acompanhado por figuras importantes como Elon Musk, escolhido por Trump para liderar um novo Departamento de Eficiência Governamental, e o presidente da Câmara, Mike Johnson. Também estavam presentes, Robert Kennedy Jr., o indicado por Trump para chefiar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos em sua futura administração. A presença desses aliados sublinha a retórica de Trump sobre a união de forças para uma nova era política na América, prometendo mudanças significativas e um governo que busca eficiência.
Uma interação bem-humorada, mas significativa, foi a conversa trocada entre Trump e a equipe de transmissão da UFC, que inclui o renomado comentarista Joe Rogan. Rogan, que recentemente entrevistou Trump em seu popular podcast, parecia no meio da ação, enquanto a equipe que narrava o evento enfatizava o clima festivo que dominava o Madison Square Garden. O público, aplaudindo e gritando “USA! USA!”, harmonizava perfeitamente com o espírito forte que o evento estava promovendo. Este é um indicativo claro de que Trump ainda exerce um forte magnetismo sobre seus apoiadores, especialmente em eventos que envolvem esportes e entretenimento.
Na luta principal do evento, Stipe Miocic se preparava para enfrentar Jon Jones na busca pelo seu terceiro cinturão na categoria dos pesos pesados, em um confronto que estava emocionalmente carregado, especialmente após um ano de atraso. Esta luta se tornava mais do que um simples evento esportivo na mente dos participantes e dos espectadores, refletindo também um simbolismo de superação e retorno que tanto ressoa com a narrativa de Trump sobre a luta pela Casa Branca.
Victorious ou não, o ex-presidente continua a ser uma figura que flerta com a cultura pop e que promove um ideário de masculinidade exacerbada, um aspecto que ele tem explorado durante sua campanha eleitoral. No entanto, a ostentação de uma masculinidade agressiva muitas vezes vem acompanhada de controversas estratégias de comunicação, onde Trump e seus apoiadores frequentemente aderem a linguagem desafiadora e vulgar. Essa fachada de “macho alfa” tem sido uma característica marcante da sua presença pública recente, especialmente ao buscar apoio entre os eleitores masculinos, um cenário que promete evoluir à medida que a campanha avança.
Após o evento, Trump teve um rápido comprometimento que o levou até Washington, onde encontrou-se por quase duas horas com o presidente Biden e abordou os republicanos na Câmara dos Representantes. Seu retorno a Mar-a-Lago foi marcado por uma agenda intensa de eventos sociais e doações políticas, enfatizando que sua trajetória política está longe de ser um calmaria depois da vitória nas eleições. A relação entre Trump e Dana White, que se estende por mais de duas décadas, revela uma aliança sólida que foi construída através do amor mútuo pelos esportes e pela política, levando os dois a se tornarem símbolos de uma era de forte polarização e expectativa em relação ao futuro americano.