A luta profissional é muitas vezes subestimada por quem a observa de fora, classificada como “falsa” por quem não entende a intensidade física e os riscos envolvidos. Para os fãs dedicados e para os próprios lutadores, está claro que embora muitos movimentos possam parecer seguros, a dor sentida no ringue é inegável. Enquanto cerca de 90% dos movimentos podem ser executados com segurança, isso não elimina o fato de que alguns finalizadores clássicos são temidos entre os lutadores, causando resmungos e queixas nos vestiários. Esta matéria explora como superstars da WWE expressaram seu desagrado ao receber certos movimentos finais, revelando que nem todos os “finishes” são igualmente bem-vindos.

Desmistificando as dores do ringue

Os finalizadores são uma parte crucial do espetáculo da luta livre, com cada atleta utilizando seu movimento característico em quase todos os combates. No entanto, alguns desses movimentos são mais dolorosos do que aparentam, causando uma série de reações negativas entre os colegas de luta. Durante anos, estrelas da WWE têm compartilhado suas experiências pessoais, algumas das quais podem surpreender até mesmo os fãs mais ardorosos. Um exemplo notável é o famoso F5 de Brock Lesnar, que foi descrito pelo lutador Brian James, conhecido como Road Dogg, como uma das experiências mais desconfortáveis que já vivenciou no ringue. Segundo Road Dogg, a transição brutal entre ser puxado do chão e jogado nos ombros de Lesnar é inigualável. Ele se preparou para rebaixar o impacto, mas acabou caindo de forma desastrosa, focando em se proteger de uma batida no rosto e na região inferior, resultando em um impacto muito mais doloroso.

Uma escolha não tão divertida: Test e seu Big Boot

Outro exemplo interessante foi o Big Boot de Test, um movimento que marcou a revitalização da Extreme Championship Wrestling em 2006, mas que era considerado pelo lutador Sabu como agonizante. Sabu relatou que Test tinha ordens de dar o melhor golpe possível e, mesmo tendo expressado sua indignação sobre a brutalidade do golpe, ele acabou recebendo uma forte bota na cara, que o deixou decidido a não permitir novamente tal acontecimento. Esta vivência não foi exclusiva de Sabu, já que muitos na divisão compartilhavam o mesmo consenso sobre a ferocidade do golpe.

Os relatos de Maven, vencedor da primeira edição do programa Tough Enough, também trazem à tona a dor sujeita a movimentos aparentemente inofensivos. Ele referiu-se ao Frog Splash, um movimento que ele experimentou em seu tempo na WWE, afirmando que sofrer o impacto de um homem pesado caindo a uma altura de 3 a 4 metros era um verdadeiro convite para ferimentos, até resultando em uma concussão durante uma execução feita por Val Venis.

O peso das quedas e o impacto psicológico

No entanto, não se trata apenas de quão dolorosos são os movimentos em si—mas também do temor constante de cada lutador ao subir ao ringue. Maven também compartilhou suas experiências com o Batista Bomb, outro movimento que o atormentava, especialmente pelo impacto que a força do golpe gerava. Cada vez que recebia o Batista Bomb, ele se lembrava de maneira involuntária de um pensamento: “Eu odeio este trabalho.” Essas experiências não são apenas relatos de dor física, mas representam o estresse mental que vem com a execução de golpes que colocam a segurança dos lutadores à prova.

Luvas de um gigante: The Undertaker e Sid Vicious

Quando se trata de lutas e finalizadores, The Undertaker não ficou isento dessa lista. Ele expressou suas desavenças sobre receber o Powerbomb de Sid, um movimento que o colocava em uma posição vulnerável com sua grande estatura de 6’10. Em um contraste irônico, Sid era apenas um pouco mais baixo, mas pesava significativamente mais, conseguindo levantar The Deadman com notável facilidade. Ao analisar outros movimentos, Kurt Angle também se lembrou do Last Ride de Undertaker como um dos golpes mais difíceis que já experimentou, destacando que a altura apenas intensificava o impacto que ele sentia ao cair.

Movimentos que invocam riso, mas não dor: The People’s Elbow

Lutadores como Triple H não hesitam em expressar seu desagrado quanto ao People’s Elbow de The Rock, uma manobra que começou como uma piada e evoluiu para se tornar um golpe icônico nas maçãs. Triple H, em entrevistas, descreveu o movimento como “hokey” e enfatizou o quanto não apenas era visualmente ridículo, mas frequentemente causava impactos acidentais em seu rosto. É incrível como mesmo durante um espetáculo de entretenimento, as relações entre os lutadores e as dores que enfrentam giram em torno de como as manobras são percebidas na realidade.

Conclusão: Unindo as experiências de luta no ringue

Independentemente do caráter lúdico que possa existir na superfície do wrestling, as histórias reveladoras dos golpes e finalizadores mais dispensadores de dor demonstram que, por trás do glamour e do espetáculo, há uma grande quantidade de sofrimento físico e emocional. Desde os infortúnios da transição do F5 até as inconveniências das quedas em potência, os lutadores constantemente lutam contra um adversário formidável—não apenas o que está do outro lado da corda, mas o impacto que as manobras têm em seus corpos. Ao compartilhar essas experiências, as superstars da WWE mostram que mesmo nesta forma de arte, a vulnerabilidade e a resistência são igualmente parte do jogo.

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