O recém-lançado Conclave leva os espectadores a um ambiente onde os cardeais da Igreja Católica devem escolher um novo papa, enquanto conspirações ameaçam o andamento do processo. No entanto, este não é o primeiro filme a examinar os intrincados acontecimentos dentro da igreja. Em 1964, o Globo de Ouro de melhor drama foi concedido a O Cardeal, que inclui seu próprio conclave. A narrativa abrangente do filme toca em diversos temas, desde os Nazistas e o Ku Klux Klan até os salões de Viena. O filme da Columbia, dirigido por Otto Preminger, é baseado no best-seller homônimo de 1950, de Henry Morton Robinson, e conta a trajetória do Padre Stephen Fermoyle (interpretado por Tom Tryon), desde seus dias como um sacerdote recém-ordenado em Boston até alcançar um dos mais altos cargos da Igreja. No decorrer dessa jornada, ele se depara com dilemas éticos que testam sua vocação.

Embora o enredo aborde questões delicadas como casamento inter-religioso, aborto e segregação racial, abrangendo também ambas as guerras mundiais, as opiniões dos críticos foram mistas. A revista THR destacou o filme como repleto de “espetáculo, cor, humor, ambição e interesse atual”. Por outro lado, The New York Times elogiou a atuação de John Huston como um sacerdote mais velho, mas criticou a performance do protagonista, Tom Tryon, chamando-o de “clichê insípido” na tradição do “sacerdote Bing Crosby” sem o mesmo charme.

Quanto à produção, Otto Preminger optou por filmar em igrejas históricas na Nova Inglaterra e na Europa, além de locais no sul americano, Viena e Roma. Curiosamente, o emissário do Vaticano para as localizações européias foi um jovem sacerdote chamado Joseph Ratzinger, que mais tarde seria eleito pelo conclave como Papa Bento XVI.

Esta história apareceu pela primeira vez em uma edição independente da revista The Hollywood Reporter. Para receber a revista, clique aqui para se inscrever.

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