No mundo atual, cada vez mais dinâmico e conectado, as preferências de comunicação dos consumidores estão mudando rapidamente. Um estudo recente revelou que dois terços dos consumidores dariam prioridade a empresas que oferecessem a opção de contato por mensagem de texto, em vez de ligações telefônicas tradicionais. Essa tendência tem impulsionado o crescimento do setor de marketing por mensagem de texto, que deve atingir impressionantes 12,6 bilhões de dólares até 2025. Nesse cenário, a Take Blip, uma empresa brasileira que auxilia organizações na gestão de suas campanhas de mensagens, se destaca com um número crescente de clientes – mais de 4.000 marcas, incluindo grandes nomes como GM, Dell e Claro.
A Take Blip foi fundada há cerca de 25 anos por Roberto Oliveira, Daniel Costa, Sérgio Passos, Marcelo Oliveira e Antônio Oliveira. Desde então, a empresa evoluiu significativamente, conectando marcas e clientes por meio de diversas aplicações e plataformas, como WhatsApp, Instagram, Messenger, RCS e iMessage. Contudo, a história da Take Blip começou de forma bem diferente. Em 1999, quando a empresa foi criada, smartphones e aplicativos como WhatsApp e Instagram eram apenas conceitos distantes e inexplorados. O início da Take Blip foi como uma loja de celulares, passando por ringtones e, em 2014, se reinventando novamente ao embarcar na onda dos chatbots e do marketing conversacional.
“Não há dúvida de que a interface das experiências digitais estava mudando para formatos conversacionais”, afirmou Oliveira em uma declaração. “Mostramos às marcas que as redes sociais e conversacionais são muito mais do que apenas canais de comunicação; são sistemas operacionais capazes de envolver, vender e oferecer suporte ao cliente com resultados notáveis.” Hoje, a Take Blip oferece soluções que ajudam as empresas a implementar bots de inteligência artificial, projetados para responder a perguntas e transferir clientes para representantes humanos quando necessário. Funcionalidades adicionais permitem que as marcas criem fluxos de conversação, monitorem o sentimento dos usuários e integrem suporte a pagamentos para o comércio conversacional.
“Utilizando a plataforma da Blip, as marcas podem implementar um ciclo de feedback que assegura que cada nova interação com os clientes se tornará mais eficiente no futuro”, comentou Oliveira. Ele ressaltou que o objetivo é ajudar os clientes a identificar áreas para melhorar suas aplicações conversacionais, aumentando assim a experiência do usuário. Contudo, em um ambiente onde o desempenho dos representantes de atendimento ao cliente é constantemente analisado, uma pesquisa apontou que a pressão para responder a solicitações pode afetar a saúde mental de mais de quatro em cada cinco representantes, com três quartos deles afirmando que a existência de metas diárias ou semanais aumenta o estresse. Oliveira enfatizou que as funcionalidades de monitoramento são opcionais e podem ser personalizadas conforme as necessidades da marca.
No competitivo setor de marketing baseado em texto, a Take Blip enfrenta desafios de concorrentes como Glia, Bird, Gupshup, Voxie, Emotive, entre outros. Além disso, a Connectly, apoiada pela Alibaba, e o Postscript, que focaliza o comércio eletrônico, também são adversários relevantes. Apesar desses desafios, a Take Blip apresentou um crescimento constante, registrando receita recorrente anual superior a 100 milhões de dólares em 2022. A companhia informa que seus clientes criaram mais de 300.000 chatbots utilizando suas ferramentas, facilitando mais de 50 milhões de conversas por dia através de aplicativos de mensagens sociais.
Em um movimento estratégico para impulsionar seu crescimento, a Take Blip, que se manteve independente até 2020, recentemente encerrou uma rodada de financiamento Série C de 60 milhões de dólares liderada pelo SoftBank, com participação da Microsoft. Este investimento significativo elevou o total de capital arrecadado pela empresa para 230 milhões de dólares e será destinado à expansão internacional e ao desenvolvimento de produtos. Oliveira declarou: “Em 2022, fizemos um compromisso duplo com nosso conselho de diretores e acionistas: manter nosso caminho de crescimento sustentável e também buscar fluxo de caixa positivo no quarto trimestre de 2023.”
A Take Blip também está considerando possíveis fusões e aquisições. Em 2022, a empresa adquiriu a Stilingue, uma plataforma de monitoramento de textos, e em 2023 comprou a Gus, uma empresa mexicana especializada em inteligência artificial conversacional. Com mais de 1.500 funcionários e escritórios no Brasil, México e Espanha, a Take Blip está sediada em São Paulo e está se tornando um exemplo emblemático da crescente atratividade das empresas da América Latina para investidores de capital de risco. Isso se deve a um aumento na oferta de talentos e à demanda por serviços que atendam às necessidades da classe média. De acordo com a Associação de Investimentos em Capital Privado na América Latina, o mercado de capital de risco na região alcançou o segundo maior nível da história em 2023, continuando uma tendência de crescimento ao longo de três anos.
À medida que a Take Blip avança em sua jornada e solidifica sua posição como uma força inovadora em marketing por mensagem de texto, é certo que continuará a moldar a forma como as marcas se conectam com seus clientes, oferecendo soluções criativas e eficientes que atendem às expectativas de um consumidor cada vez mais exigente.