Sarah Turney, aos 36 anos, ainda se encontra no meio de uma busca incessante e angustiante por respostas sobre o misterioso desaparecimento de sua irmã mais velha, Alissa Turney, que desapareceu sem deixar vestígios aos 17 anos, em 2001. Décadas após essa perda devastadora, Sarah começou a juntar fragmentos dolorosos de suas memórias da infância em Phoenix, além de recolher evidências perturbadoras. Agora, acredita firmemente que seu pai, Michael Turney, é o único responsável pela morte de Alissa.
Com um relato repleto de emoção, Sarah reflete sobre sua infância e como, ao longo dos anos, suas percepções mudaram sobre seu pai e o contexto familiar. “A vida inteira, pensei que Alissa tinha problemas comportamentais, e que meu pai [e o padrasto de Alissa] não gostavam disso e eram bastante controladores”, compartilhou Sarah, explicando como a dinâmica familiar envolvia intimidação, vigilância, além de abusos psicológicos e físicos. “Nunca vou perdoar meu pai. Ele é uma das piores pessoas que existem”, afirmou, demonstrando a profundidade de suas dores e desilusões.
investigações e revelações perturbadoras
Embora Michael Turney tenha negado veementemente qualquer envolvimento na morte de Alissa e tenha sido absolvido de seu assassinato em julho de 2023, ele continua a enfrentar as alegações feitas por sua filha. Em um episódio tenso da série “Family Secrets: The Disappearance of Alissa Turney,” disponível na plataforma Peacock, ele se defende das acusações de Sarah. Infelizmente, as tentativas de contato por parte da imprensa com Michael não obtiveram sucesso, e Sarah continua a clamar por justiça e buscas para encontrar sua irmã.
“Até hoje, nunca houve uma única busca oficial por Alissa, apesar de o Departamento de Polícia de Phoenix ter informado à mídia exatamente onde gostariam de procurar”, lamentou Sarah. “Quando perguntei, me disseram repetidamente que a área é muito vasta e perigosa. Neste ponto, eu aceitaria apenas uma busca. Só uma.” Essa afirmação latente demonstra a frustração e dor de uma irmã à espera de respostas que nunca chegam.
Sarah, que tinha apenas 4 anos quando sua mãe, Barbara Strahm, faleceu de câncer de pulmão, cresceu em uma família mista, e suas experiências a levaram a manter perto de si os pertences de sua irmã, incluindo seu vestido de baile, escritos e desenhos. Lágrimas e apreensão marcam suas palavras ao refletir sobre o relacionamento com seu pai e a ausência afetiva que nunca pôde ser preenchida. “Simplesmente não fazia sentido que meu pai não tivesse preparado um novo quarto para Alissa na nova casa”, recorda Sarah, revelando a estranheza de uma dinâmica familiar que se desfez após o desaparecimento de Alissa.
buscas pelo verdadeiro responsável
Em um momento crucial de sua investigação pessoal, Sarah deparou-se com vídeos caseiros chocantes, onde sua irmã chamava seu pai de “pervertido” em 1997. Essa descoberta a deixou em estado de choque, levando-a a questionar como as autoridades não haviam dado a devida atenção a essas alegações. Ao longo dos anos, ela se dedicou a buscar respostas e justiça, lutando contra um sistema que frequentemente parece incapaz de resolver casos de desaparecimento e assassinato, ainda mais quando envolvem aspectos familiares tão complexos.
Com profundos sentimentos de dor e indignação, Sarah externou como teve que lidar com a realidade de que seus irmãos não estão dispostos a ajudá-la em sua busca por justiça. “Ainda é difícil lidar com isso”, confessou, ecoando a solidão e a dor de uma irmã que quer desesperadamente trazer clareza a um episódio trágico de suas vidas. “Mas posso dizer que todos eles acreditam que [Michael] fez isso e acreditavam antes de mim. Uma das maiores concepções errôneas é que estou tentando convencer minha família. Eu fui a última a pensar que isso aconteceu.”
A busca de Sarah não é apenas por justiça, mas também por compreensão e um desejo de corrigir a narrativa em torno de sua irmã. Ela está disposta a enfrentar sua dor para honrar a memória de Alissa, mesmo que isso custe suas relações pessoais e até mesmo seu emprego. “Eu nunca quis me envolver nesse embate. Não é minha primeira escolha, mas é o que eu tenho que fazer por Alissa”, finaliza, com um pesar que ressoa por trás de suas palavras.
Sarah Turney se tornou, assim, a voz de Alissa em um eco de busca por justiça que ainda reverbera nos corações de muitos que acompanham essa história tocante. Apesar de toda dor e sacrifício que enfrenta, ela permanece firme em sua determinação de buscar a verdade por trás do desaparecimento de sua irmã, não permitindo que o silêncio siga sendo o legado dessa tragédia.