Netflix está enfrentando uma proposta de ação coletiva movida por assinantes que foram prejudicados por interrupções constantes e falhas de transmissão que os fizeram perder partes do emocionante combate de boxe entre Jake Paul e Mike Tyson.

Um residente da Flórida alega que a Netflix estava “lamentavelmente despreparada” para a audiência global de nove dígitos que sintonizou para o confronto. A ação judicial, que busca danos não especificados em nome dos assinantes que enfrentaram dificuldades para assistir à luta, alega quebra de contrato e violações das leis da Flórida relacionadas a práticas comerciais enganosas e proteção ao consumidor.

“Os clientes da Netflix enfrentaram enormes problemas de streaming e deveriam ter sabido melhor, pois isso já havia acontecido antes”, declara a queixa, apresentada na segunda-feira no tribunal estadual da Flórida. A luta, que atraiu a atenção do público, se tornou o evento esportivo mais assistido na plataforma de streaming, com 108 milhões de espectadores em todo o mundo, segundo dados de audiência dos Estados Unidos fornecidos pela empresa de análise TVision e dados de primeira mão da Netflix.

Com os números de audiência, a empresa afirmou que a luta atraiu 60 milhões de lares de membros, ou cerca de um em cada cinco assinantes. No entanto, à medida que a luta se aproximava, tópicos como “NetflixBroken”, “inassistível” e “#buffering” começaram a surgir como tendências na plataforma X. Quando questionado se o serviço de streaming estava preparado para a magnitude de espectadores esperados para assistir, em uma entrevista antes do evento, Gabe Spritzer, vice-presidente da divisão de esportes da Netflix, declarou: “Do lado técnico, todos estão animados e preparados.” O promotor da luta, Nakisa Bidarian, acrescentou que estava confiante de que os “servidores da Netflix estariam prontos para isso.”

A ação judicial alega que os espectadores enfrentaram falhas e problemas de buffer durante todo o evento, com alguns completamente incapazes de acessar a transmissão. A queixa também critica a Netflix por não oferecer reembolsos ou descontos. Assinantes começaram a relatar problemas de streaming às 19h, horário central, segundo o Down Detector, que monitora interrupções de serviço. Quase três horas depois, havia aproximadamente 97 mil relatos.

“Em vez de fornecer a programação que seus espectadores pagam todo mês, a Netflix estava completamente despreparada e incapaz de resolver os problemas”, afirma a reclamação, que enfatiza a “falha da empresa em cumprir as obrigações contratuais”, continuando a cobrança por serviços que não foram entregues.

Vale ressaltar que esta não foi a primeira vez que a Netflix enfrentou problemas técnicos durante um evento ao vivo. No ano passado, a reunião ao vivo da quarta temporada de “Love is Blind” foi atrasada por mais de uma hora. Sem apontar uma causa específica, o co-CEO da Netflix, Greg Peters, expressou confiança de que a empresa mantém a infraestrutura necessária para suportar transmissões ao vivo. A ação judicial, apresentada por Ronald Denton, busca danos não especificados e pretende representar todos os assinantes que enfrentaram problemas ao assistir à luta.

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