O diretor do filme September 5, que está ganhando destaque como um forte concorrente ao Oscar, compartilhou os motivos pelos quais ele escolheu contar essa história poderosa que se passa durante a crise dos Jogos Olímpicos de Munique de 1972. Durante uma exibição especial do filme nos estúdios da Paramount, Tim Fehlbaum se abriu sobre o impulso criativo que veio de uma conversa reveladora com Geoffrey Mason, a figura real que inspirou o personagem interpretado por John Magaro no longa-metragem.
Fehlbaum declarou que o impacto emocional das histórias que Mason compartilhou o levou a acreditar que essa narrativa merecia ser traduzida para a tela grande. “Foi a conversa que tivemos — os produtores, o roteirista e eu — com Geoffrey Mason, o verdadeiro Geoffrey Mason, o personagem interpretado por John Magaro”, disse o diretor, enfatizando a conexão que sentiu durante aquele encontro.
O filme tem uma abordagem impressionante ao relatar como a equipe da ABC Sports, sob a liderança do renomado executivo Roone Arledge, interpretado por Peter Sarsgaard, foi forçada a mudar drasticamente seu foco de reportagens esportivas para a cobertura ao vivo de um evento mundial trágico, quando os atletas israelenses foram sequestrados e feitos reféns. Essa transição do esporte para um evento de tensão internacional é marcada pela intensidade que permeia o filme, dando vida à história de uma maneira que provoca reflexão sobre as responsabilidades da mídia em situações de crise.
Magaro, que interpretou Mason, destacou sua atração inicial pelo projeto, em parte devido ao envolvimento de Sarsgaard e Sean Penn como produtores, mas foi o roteiro que realmente o cativou. Ele mencionou a influência de filmes renomados em sua preparação para o papel, citando clássicos como Todos os Homens do Presidente e Amanhã Nunca Mais, reforçando como essas obras moldaram sua abordagem ao interpretar um jornalista em September 5.
Outra atriz do elenco, Leonie Benesch, que desempenha a tradutora local Marianne, optou por não se imergir no ambiente jornalístico antes das filmagens, para que sua performance fosse autêntica e refletisse a desorientação de seu personagem. “Tim [Fehlbaum] e eu decidimos que seria útil não fazer leituras com todos, para não saber realmente como funciona um estúdio, porque ela é lançada em um mundo que não é o dela”, explicou Benesch.
Ben Chaplin, que interpreta o chefe de operações da equipe da ABC, refletiu sobre a relevância do filme nos dias atuais, ressaltando a importância da responsabilidade da mídia ao relatar eventos. “Assim que você aponta uma câmera ou coloca algo em um telefone, isso tem uma perspectiva, não tem? Não existe uma neutralidade”, ponderou, sugerindo que é fundamental que a mídia assuma essa responsabilidade. “Precisamos ser mais conscientes sempre que lemos algo, sermos mais críticos”, ele adicionou.
Com uma narrativa que captura a coragem e a determinação de uma equipe de jornalistas diante da adversidade, September 5 promete ser uma experiência emocional nos cinemas. A estreia está marcada para 29 de novembro em cinemas selecionados, com uma ampla divulgação programada para 13 de dezembro. O que você acha? O filme é mais um lembrete de como a história pode ser contada de forma impactante nas telas, capturando o espírito de uma época e destacando lições ainda pertinentes hoje.