A presidente da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), Jessica Rosenworcel, anunciou que deixará o cargo no dia 20 de janeiro de 2025, coincidindo com a posse do novo presidente, Donald Trump. Com essa mudança, o comissário Brendan Carr assumirá a presidência da FCC, marcando uma transição significativa para a agência. Rosenworcel expressou em um comunicado que servir na FCC foi um “honra de uma vida inteira”, principalmente por ser a primeira mulher a liderar a agência de comunicações do país, um feito que marca um momento importante na história do órgão.

Em sua declaração de saída, Rosenworcel manifestou gratidão ao presidente Biden e destacou a importância de seu trabalho em tempos em que a tecnologia de comunicação é essencial para a vida civil e comercial. “Tomar posse em uma época em que a maioria de nossas atividades diárias migraram para o ambiente digital destacou como é fundamental que o trabalho da FCC seja realizado, principalmente em um contexto onde a construção de um futuro digital inclusivo é imprescindível”, afirmou a presidente.

Durante seu mandato, que começou com sua confirmação em 2021, Rosenworcel fez da redução da divisão digital uma de suas prioridades principais. Ela buscou expandir o acesso à banda larga, especialmente em áreas rurais dos Estados Unidos, onde a conectividade é frequentemente inadequada. Além disso, implementou um programa de acessibilidade à banda larga para garantir que os serviços essenciais sejam acessíveis a todos. Não só isso, mas sob sua liderança a FCC lançou um novo departamento voltado para comunicações espaciais, destacando a crescente importância da tecnologia espacial nas comunicações modernas.

Com a saída de Rosenworcel, Carr, que está determinado em combater o que ele denomina de “censura tecnológica”, liderará a FCC em um momento desafiador. Ele expressou que suas principais prioridades envolverão assegurar que as regras de interesse público para as emissoras sejam rigidamente aplicadas e que as alegações de censura sejam adequadamente revistas. Recentemente, ele comentou sobre uma controvérsia envolvendo uma entrevista do programa 60 Minutes, que pode impactar a revisão de uma fusão entre a Skydance e a Paramount. Carr também instou candidatos presidenciais a apresentarem reclamações à FCC sobre a aparição da vice-presidente Kamala Harris no Saturday Night Live, sugerindo que isso poderia violar as disposições de igualdade de tempo na mídia.

Ao mesmo tempo, a FCC enfrenta um impasse político, pois a saída de Rosenworcel deixará a comissão com um equilíbrio delicado de dois democratas e dois republicanos. Isso poderá dificultar a tomada de decisões, exigindo a aprovação de um novo comissário pelo Senado antes que a FCC possa tomar uma direção clara sob a nova liderança de Carr.

O legado de Rosenworcel na FCC será lembrado por seu comprometimento em tornar a tecnologia de comunicação mais acessível e inclusiva. Sua abordagem focada em expandir a conectividade e sua abertura à inovação nas comunicações espaciais refletem uma visão progressista que poderá influenciar as futuras direções da FCC. À medida que a tecnologia continua a evoluir e moldar o nosso cotidiano, fica em aberto o desafio de garantir que essa evolução beneficie a todos, sem deixar ninguém para trás.

Com a nova presidência de Carr, o futuro da FCC poderá ser moldado por um foco mais agudo em questões de regulamentação da mídia e intervenção em alegações de censura, o que certamente traz uma nova dinâmica ao comissionamento. Resta saber como essas mudanças afetarão a paisagem da comunicação e da mídia nos Estados Unidos, um setor que continua a evoluir rapidamente.

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