No cenário dinâmico e frequentemente inesperado do mundo dos games, a Nintendo sempre se destaca por suas iniciativas criativas e, às vezes, controversas. Um exemplo emblemático disso ocorreu em 2016, quando a empresa divulgou um tweet que apresentava uma pessoa vestida com a fantasia do icônico Mario, espiando por trás de uma cortina. Embora a postagem tivesse a intenção de gerar expectativa em relação ao aguardado lançamento do Nintendo Switch, a imagem provocou reações diversas e foi rapidamente transformada em um meme online, gerando incômodo dentro da própria empresa. Recentemente, em um episódio do podcast “Nintendo Minute”, os ex-apresentadores do programa, Kit Ellis e Krysta Yang, compartilharam detalhes sobre a origem e as consequências dessa imagem peculiar, revelando que a situação não foi bem recebida pela equipe da Nintendo na época. Este episódio ilustra não apenas os desafios enfrentados pela gigante dos videogames em manter sua imagem e narrativa, mas também a importância de uma comunicação bem orquestrada em um mercado tão competitivo.
Durante o podcast, Yang trouxe à tona a controvérsia envolvendo a imagem, enfatizando que a ideia da divulgação veio da antiga liderança da área de mídias sociais da Nintendo. Ela revelou que a fotografia foi especificamente encomendada para a mencionada postagem, onde o personagem de Mario foi posicionado em um cenário que incluía a interação com uma cortina. Essa escolha, no entanto, não apenas levantou questões sobre a adequação da imagem, mas também provocou inquietações nas altas esferas corporativas, uma vez que a Nintendo procurava sempre gerenciar a expectativa do público em relação aos seus produtos. Segundo Yang, a postagem acabou sendo considerada excessiva e suscetível a especulações, especialmente em um contexto onde o anúncio de um console novo é uma ocasião significativa e deve ser tratado com cautela. A repercussão negativa foi tão intensa que muitos fãs expressaram abertamente sua insatisfação, contribuindo para que a imagem de Mario se tornasse um meme.
Elucidando ainda mais a situação, Ellis acrescentou que, em eventos e revelações de grande importância, é imprescindível que a empresa esteja acompanhada por um conjunto robusto de ativos visuais. Ele expressou que na maioria das vezes, uma única imagem não é suficiente, e em casos como o de 2016, parece ter havido uma falha na preparação. “Normalmente, temos uma planilha que lista cada ativo necessário, com tamanhos e usos específicos”, explicou ele. Contudo, no caso em questão, parece que a Nintendo não contava com materiais visuais apropriados para acompanhar a expectativa que o tweet gerou, o que resultou nesse momento incomum e embaraçoso, que se transformou rapidamente em uma piada dentro da comunidade gamer.
A indagação que perpassa a mente dos fãs agora é se a Nintendo repetirá a mesma abordagem inusitada na apresentação futura do que provavelmente será o Nintendo Switch 2. Com a experiência amarga do passado, ambos os ex-apresentadores apostam que da próxima vez a empresa estará sob uma nova perspectiva. “Eles estarão prontos da próxima vez”, garantiu Ellis, expressando confiança de que a Nintendo aprendeu com a situação e que um planejamento mais detalhado e estratégico será implementado. Portanto, a expectativa é que a grande revelação do próximo console da Nintendo ocorra de maneira mais alinhada com o valor e a importância que a marca representa. A mediação das expectativas do público e a gestão da comunicação se mostraram ser vital para a saúde da reputação de uma das gigantes mais icônicas da indústria dos games, e os aprendizados tirados deste incidente serão, sem dúvida, levados em consideração nas futuras estratégias de marketing da empresa.