Na última terça-feira, um incidente alarmante ocorreu durante um vôo da American Airlines, que fazia a rota entre Milwaukee e Dallas-Fort Worth. Um passageiro, em um ato de desesperada indisciplina, tentou forçar a abertura da porta do avião enquanto a aeronave estava a cerca de 30 mil pés de altitude. Essa ação precipitou uma rápida reação dos passageiros e da equipe de bordo, culminando na necessidade de imobilizá-lo com fita adesiva, conforme registros de segurança pública e relatos de testemunhas que estavam a bordo.
A tentativa do passageiro de abrir a porta levou a um tumulto significativo dentro do avião, que é um reflexo de um problema crescente nas viagens aéreas. Segundo a Administração Federal de Aviação (FAA), em 2023, foram documentados mais de 1.854 incidentes envolvendo comportamentos inadequados de passageiros, um aumento notável em comparação aos anos anteriores e um reflexo das tensões que emergiram no cenário de viagens após a pandemia de COVID-19. A situação a bordo do voo American Airlines 1915 exemplifica claramente esta escalada de comportamento errático percebido entre os viajantes nas alturas.
Durante o voo, o passageiro incontrolável abordou uma comissária de bordo na galley da frente e expressou urgentemente sua vontade de sair do avião, afirmando que precisava “sair da aeronave agora”. A medida que a tensão aumentava, a comissária, percebendo a gravidade da situação, fez um sinal a outros passageiros em busca de ajuda. Este momento crítico ilustra não apenas a vulnerabilidade da segurança a bordo, mas também a força de solidariedade que pode emergir em situações de crise.
No ápice do conflito, o passageiro, em um ato de desespero, tentou correr em direção à porta de saída, o que resultou em ferimentos na comissária, que se colocou entre ele e a saída. Assim, vários passageiros, incluindo Doug McCright, rapidamente intervieram na situação. McCright relatou que ele decidiu agir para impedir que o homem conseguisse executar seu plano, desequilibrando-o e o imobilizando no chão. “Ele estava determinado a sair do avião”, disse McCright. “Mas eu estava igualmente determinado a garantir que ele não conseguisse.”
Os passageiros que se uniram para contornar a situação conseguiram obter fita adesiva com uma comissária de bordo e, usando-a, amarraram os pulsos, joelhos e tornozelos do homem, segurando-o firme por cerca de 30 minutos até a aeronave pousar em segurança. Quando o avião aterrissou no aeroporto de Dallas-Fort Worth, agentes da FBI e da equipe de Público a Segurança do aeroporto entraram na aeronave, detiveram o passageiro agressor e o levaram para uma avaliação psiquiátrica. Disposições responsáveis foram tomadas após o incidente, evidenciando a importância da segurança e bem-estar de todos a bordo.
A FAA, em resposta à ainda crescente problemática de passagens indisciplinadas em aeronaves, se comprometeu a investigar o incidente a bordo do Airbus A319. A segurança e a proteção de todos os passageiros e membros da equipe são priorizadas pelas companhias aéreas, como reafirmado em uma declaração oficial da American Airlines, que agradeceu a seus colaboradores e clientes pelo gerenciamento da difícil situação.
Este episódio não é um caso isolado em um compilado crescente de incidentes de desordem nos voos atuais. Antes da pandemia, comportamentos indisciplinados já representavam um preocupante problema para as companhias aéreas, e as circunstâncias atuais revelam que tal situação se tornou ainda mais alarmante. A FAA implementou uma política de tolerância zero contra comportamentos impróprios em voos, e, embora haja uma diminuição significativa de incidentes desde o ápice em 2021, com quase 6.000 casos documentados, o número de ocorrências ainda permanece alarmantemente alto, com mais de 2.000 reportados somente em 2023. As companhias aéreas e autoridades de aviação continuam enfrentando um desafio colossal ao tentar garantir a segurança e o conforto dos passageiros durante os vôos.
Considerando os recentes eventos em voos, temos que nos perguntar: o que se passa realmente com os passageiros que decide por comportamentos de risco e violência a bordo? Que hibridez de emoções surge nos momentos críticos que os leva a agir de maneira tão imprudente? Essas são questões que continuam a desafiar a indústria de aviação, instigando discussões cruciais sobre segurança, saúde mental e o bem-estar dos viajantes aéreos.