A casa icônica da série de TV ‘The Brady Bunch’ passou por uma transformação memorável na série A Very Brady Renovation, exibida no canal HGTV em 2019. A propriedade, uma casa de estilo ranch no meio do século situada na Studio City, foi completamente reformada para recriar os interiores que os fãs do programa tanto amam. Em 2023, a socialite e fanática por ‘Brady’, Tina Trahan, adquiriu a propriedade por impressionantes $3,2 milhões, e desde então tem se dedicado a decorá-la com elementos icônicos do programa, acumulando 300 “Easter eggs” que se referem a detalhes lembrados por todos os admiradores. Durante uma visita à casa, posso afirmar que a experiência é verdadeiramente alucinante. Desde saleiros e pinguins de geladeira até cartões de aniversário manuscritos, cada item recria fielmente a atmosfera da série.
Atualmente, Trahan pondera sobre o futuro da propriedade, agora que ela se tornou uma verdadeira cápsula do tempo que transporta os visitantes ao mundo de ‘The Brady Bunch’. Para ajudar a moldar esse futuro, ela convidou os membros do elenco, Barry “Greg” Williams e Christopher “Peter” Knight, que também são figuras conhecidas no mundo da decoração. Knight ganhou notoriedade com sua coleção de móveis, especialmente após seus produtos se tornarem virais quando celebridades como Oprah e Meghan Markle foram vistas usando suas cadeiras em uma famosa entrevista. Ambos têm feito grandes esforços para conectar essa nova fase da casa com a legião de fãs que a série conquistou ao longo dos anos. Em uma época onde as fotos do lado de fora da casa são tiradas desde os anos 1970, agora que as salas internas estão igualmente recreadas, Trahan deseja que as pessoas possam vivenciar o espaço por dentro e por fora.
A primeira iniciativa nessa nova era da casa será um sorteio chamado The Brady Experience. Nesse evento, cinco sortudos serão levados para Los Angeles para passar um dia na casa, incluindo uma refeição com pratos tradicionais da série, como carne de porco com molho de maçã, com os próprios Knight e Williams. Os lucros serão revertidos para caridade, reforçando o compromisso dos atores em promover a filantropia em meio a essa experiência nostálgica.
Recentemente, o The Hollywood Reporter teve a chance de conversar com os amigáveis Williams e Knight, que estão prontos para compartilhar histórias das audições para o programa, lembranças da talentosa Ann B. Davis, conhecida por sua capacidade cômica, além das memórias do famoso episódio das maldições havaianas que encantou várias gerações de fãs.
Ao perguntar a Barry e Christopher sobre o que significa carregar o legado de “ser um Brady” ao longo da vida, Knight destaca a conexão que as pessoas têm com o elenco: “É uma parte profunda da memória coletiva deles. Eles nos conhecem de algum lugar.” Williams complementa que, ao contrário de um fardo, essa experiência é mais como ter amigos em todos os lugares, uma vez que os fãs geralmente têm memórias positivas da série. Ele descreve esse reconhecimento como uma “luz no coração” que os conecta às pessoas.
Knight, brincando com a ideia, diz que é como ser Santa Claus, pois já foram convidados para fazer parte da família dos fãs. Essa forma de acolhimento é apreciada e reforça a relação familiar que a série cultivou com o público ao longo dos anos. Williams faz um esforço para sublinhar que essa notoriedade não é um peso, mas sim uma experiência transformadora e significativa.
Ambos também relembram o processo de audição para os papéis de Greg e Peter Brady. Williams, que já tinha uma certa experiência na atuação, compartilhou sua ansiedade e ambição durante as audições, enquanto Knight relembrou sua trajetória inicial, onde não tinha muita noção do impacto que a série poderia ter em sua vida, mas estava determinado a ajudar sua família, seguindo os passos de seus pais.
A história por trás da criação de ‘The Brady Bunch’ é igualmente fascinante. A série foi criada por Sherwood Schwartz, que, segundo os atores, tinha uma visão clara sobre a mensagem a ser passada: a importância da convivência harmoniosa entre pessoas de diferentes origens. Essa mensagem se refletiu não apenas em ‘Brady Bunch’, mas também em suas outras obras, como Gilligan’s Island.
Williams aponta que a série também abordou questões sociais importantes da época, como a divisão da família e a nova dinâmica dos lares com pais solteiros, o que estava crescendo rapidamente. Na década de 60, quando a série foi idealizada, a resistência a temas como divórcio na telinha era forte, e o trabalho de Schwartz quebrou tabus, tornando o programa não apenas uma comédia, mas também um reflexo das realidades da vida.
Sobre a química entre o elenco, Knight enfatiza que o segredo do sucesso dos atores não se baseou apenas no script, mas sim em uma verdadeira amizade que perdura até hoje. Williams afirma que isso é algo que não pode ser forçado, e essa energia positiva foi percebida pelo público, o que, sem dúvida, ajudou a solidificar o carinho e a identificação que muitos sentem pela série até hoje.
Williams conclui mencionando que o legado da série e da casa não são apenas sobre nostalgia, mas também sobre criar novas experiências para seus fãs. A atual proprietária Tina Trahan está disposta a colaborar com os atores para plasma um projeto que se baseia na história da casa, com eventos que honrem esse legado e façam parte da história da cultura pop, como casamentos e arrecadações de fundos. Muitos já consideram a casa a segunda mais fotografada dos Estados Unidos, perdendo apenas para a Casa Branca.
Knight finaliza com uma nota memorável ao lembrar como a série inspirou muitas pessoas a viajarem para o Havai, um destino que se tornou mais acessível após a exibição do famoso episódio com o Tiki que pertencia à série. Ele e Williams compartilham com alegria como o reconhecimento de “Brady Bunch Day” no Havai é um testemunho do impacto que a série deixou na cultura, tanto na televisão quanto na vida das pessoas ao longo dos anos.
A entrevista foi editada por questões de clareza e concisão, mas suas mensagens e emoções permanecem intactas, mostrando como ‘The Brady Bunch’ continua relevante e querido, tanto na memória coletiva quanto na vida real.