Denzel Washington, um dos atores mais renomados da indústria cinematográfica, recentemente abordou um tema pouco discutido entre os colegas de Hollywood: a fé. Em um ensaio publicado na revista Esquire, o ator de 69 anos compartilhou reflexões íntimas sobre sua jornada espiritual, revelando que sua crença em Deus é uma parte fundamental de sua vida, mesmo em um ambiente onde tal expressão pode não ser bem vista.
No texto publicado em 19 de novembro, Washington lembrou-se de sua primeira visita à igreja pentecostal West Angeles, em Los Angeles, na década de 1980, sugerida pelo ator e diretor Robert Townsend. Ele descreveu esse momento como “o maior da sua vida”, ao afirmar que foi nesse instante em que foi “preenchido com o Espírito Santo”. Essa experiência moldou não apenas sua trajetória pessoal, mas também sua visão sobre o papel espiritual em sua profissão e na vida em geral.
A fé de Washington, segundo ele, se tornou ainda mais forte ao longo dos anos. Ele menciona que os ensinamentos que recebeu na infância e as frases que recitava na igreja ganharam um novo significado à medida que amadureceu. Para ele, a mensagem de que “Deus é amor” e “Deus é o único caminho” reflete sua verdadeira crença e a responsabilidade que sente em compartilhar essa mensagem com o mundo. “Quando você me vê, você vê o melhor que eu posso fazer com o que me foi dado pelo meu Senhor e Salvador. Estou destemido. Não me importo com o que os outros pensam”, escreveu Washington. Essa declaração impactante revela um sentido de liberdade que ele encontrou ao se afastar das expectativas da indústria cinematográfica em relação à espiritualidade.
O ator também observou que, em Hollywood, ser aberto sobre a fé é frequentemente desestimulado, pois isso contraria a imagem glamourosa e muitas vezes superficial que a indústria promove. “Falar sobre o medo e a fé não é algo que se espera nessa cidade”, disse ele, enfatizando que, ao discutir questões religiosas, muitos temem que isso possa afetar suas carreiras e suas conquistas. Washington, no entanto, não se deixou intimidar e reafirmou seu compromisso com suas crenças. Para ele, expressar gratidão e louvor a Deus é uma parte vital de sua identidade, e recusou-se a se deixar aprisionar pelas normas da indústria.
Além de discutir sua fé, Washington compartilhou um pouco sobre suas relações na indústria, revelando que não tem muitos amigos entre os atores, exceto aqueles que pertencem ao seu círculo íntimo, como Samuel L. Jackson. Ele desmistificou a ideia de que Hollywood é uma entidade homogênea, dizendo que não se reúne com seus colegas para discutir crenças ou valores. “Não existe uma coisa chamada Hollywood. O que isso realmente significa?”, questionou. “Para mim, isso se resume a uma rua chamada Hollywood Boulevard.” Essa declaração provocativa não apenas desafia os estereótipos sobre a indústria, mas também destaca o quão diversificado e fragmentado é o mundo do entretenimento.
Em meio a essas reflexões, Washington também está promovendo seu novo filme, “Gladiador II”, que estreia nos cinemas em 22 de novembro. Ele se mostrou entusiasmado com o projeto, mas, mesmo assim, não hesitou em enfatizar que sua fé continua sendo seu maior aliado e fonte de força em cada passo de sua carreira. Para os fãs e admiradores, seu testemunho sobre a fé em um mundo que frequentemente marginaliza tal conversa é uma lembrança poderosa de que, não importa quão famoso alguém possa se tornar, a espiritualidade e a autenticidade pessoal permanecem fundamentais.
Em conclusão, as palavras de Denzel Washington ressoam não apenas como um relato de sua jornada pessoal, mas também como um convite à reflexão sobre o que é realmente importante na vida. Em uma indústria marcada por superficialidades, ele surge como uma voz corajosa, disposta a confrontar as normas e a celebrar a fé. A mensagem ressoante de Washington é clara: independente do que o mundo pensa, a autenticidade da fé é um ato de coragem que deve ser celebrado.