Mark Harmon, o famoso ator que cativou o público como o agente especial Leroy Jethro Gibbs na série NCIS, está experimentando uma fase surpreendente na carreira: ele se tornou um autor best-seller, uma novidade surpreendente considerando que nunca teve a intenção de seguir esse caminho. Após sua saída da série em sua décima nona temporada, Harmon ainda mantém sua conexão com o mar e as histórias do U.S. Navy, o que o levou a co-escrever o livro de não-ficção intitulado Ghosts of Honolulu, que se tornou um grande sucesso. Agora, ele retorna com uma nova obra, Ghosts of Panama, já disponível no mercado, que reflete sobre a invasão dos EUA ao Panamá em 1989 e o impacto que a investigação do assassinato de um jovem fuzileiro naval teve no curso da história.
Esta nova publicação foi co-escrita por Harmon e seu colaborador Leon Carroll Jr., que também atuou como consultor técnico para NCIS. O livro investiga não apenas os eventos que cercaram a invasão, mas também a detalhes das operações de agentes do Serviço Naval de Investigação, mostrando como essas ações acabaram influenciando eventos mais amplos. Harmon compartilha que a ideia de escrever sobre esses temas surgiu numa conversa direta com Carroll durante as filmagens da série, onde se tornou evidente que havia muitas histórias não contadas sobre as reais operações e desafios enfrentados por esses agentes.
Durante uma entrevista para um veículo de comunicação renomado, Harmon explicou a razão pela qual recusou a proposta de escrever um livro exclusivamente sobre NCIS. Embora tenha apreciado sua experiência na série, ele ressaltou que há uma grande diferença entre o que é a verdadeira narrativa de casos policiais e as dramatizações que as produções de Hollywood tendem a criar. “O que realmente me atrai são as histórias com fundo histórico e a possibilidade de esclarecer a história real da agência. E se isso puder impactar as pessoas, fico satisfeito”, destacou.
A conversa durante a entrevista também abordou o fato de que Carroll estava diretamente envolvido na operação no Panamá durante o período em que o livro se passa, o que adicionou um profundo valor humano à narrativa. Harmon reconhece que sua experiência como ator ajudou a quebrar barreiras, permitindo que as histórias fossem contadas mais abertamente. “Esses agentes são basicamente espiões e exercem um trabalho extremamente difícil. Contar suas histórias não é apenas uma forma de entretenimento, mas uma maneira de reconhecer sua dedicação e coragem”, acrescentou.
Outra questão levantada na entrevista foi a possibilidade de adaptar esses livros para o cinema ou a televisão. Mark Harmon revelou que recebeu muitos questionamentos sobre isso, mas atualmente está focado em descobrir as histórias que deseja contar antes de considerar uma adaptação. “É um pouco surpreendente perceber o interesse pelo que temos escrito, mas, honestamente, ainda estou mais focado em encontrar boas narrativas para compartilhar ao invés de pensar sobre como levá-las à telinha”, refletiu.
Harmon revelou que, enquanto pensava em um terceiro livro, ele considera que existem muitas histórias sem contar sobre o U.S. Navy e os desafios inerentes a esse universo. Com uma carreira vasta na televisão e uma nova empreitada como autor, Harmon continua sendo um ícone na indústria, sempre trazendo à tona a importância de se lembrar e contar histórias que sejam significativas e impactantes.
O retorno de Harmon à TV, através do novo projeto NCIS: Origins, apresenta uma nova perspectiva que combina seu amor pela atuação e novos desafios como produtor executivo. “O que exatamente ocorre nesta fase histórica do programa é particularmente interessante, especialmente ao assumir um papel mais ativo na produção”, disse Harmon. Com o tempo, ele se viu cada vez mais envolvido no enredo e os desenvolvimentos narrativos, e parece bem animado com o que está por vir.
Ao se referir à sua jornada desde ator a autor, Harmon termina destacando que, independentemente do caminho que escolha seguir, o importante é que a narrativa e a conexão com o público permaneçam. “Histórias sempre foram uma grande parte de quem eu sou, e espero que isso continue a ressoar, tanto na tela quanto nas páginas dos meus livros”, concluiu. Assim, Mark Harmon não apenas encontrou novos caminhos em sua carreira, mas também solidificou seu lugar como um contador de histórias no mais puro sentido da palavra.