Dolly Parton, a renomada cantora e compositora, fez uma crítica divertida ao novo single de sua afilhada, Miley Cyrus, intitulado “Used to Be Young”. Em entrevista revelada na mais recente capa da Harper’s Bazaar, Cyrus compartilhou a reação de sua madrinha e sua análise franca sobre a música, que aborda temas de juventude e o passar do tempo.

Durante a conversa, Miley Cyrus revelou que Dolly Parton expressou seu descontentamento com a ideia de uma canção que fala sobre a perda da juventude, principalmente vindo de alguém tão jovem e vibrante como Cyrus. “Ela disse: ‘Eu não sei se gosto dessa nova música ‘Used to Be Young’ porque não é justo que você cante sobre não ser jovem quando você é jovem e bonita’. Parton, que agora está na casa dos oitenta anos, pontuou, ironicamente: ‘E aqui estou eu — eu sou como 80 — e estou assim: Isso deveria ter sido minha canção!’” A fala de Parton não apenas demonstra seu senso de humor, mas também reflete a sabedoria de alguém que vivenciou muitas das realidades abordadas na letra da música de Cyrus.

“Used to Be Young” fala sobre um olhar reflexivo que Cyrus tem sobre sua juventude e o crescimento pessoal que experimentou desde seus dias de festas. A música, que alcançou a 8ª posição na parada Hot 100 da Billboard, provoca uma sensação melancólica, equilibrando nostalgia e a aceitação do passar do tempo. Em um momento de autorreflexão, Cyrus admitiu que a mulher que ela é hoje talvez não tivesse feito essa música. “Eu ouvi essa canção ontem e me perguntei: ‘Eu realmente precisei lançar isso?’ Agora que sou um pouco mais privada, eu teria mantido isso em segredo, mas estou feliz por ter compartilhado”, declarou.

Cyrus também refletiu sobre a dificuldade que muitos artistas enfrentam ao compartilhar experiências pessoais em suas músicas. “Sinto que a letra é tão pessoal que é difícil para as pessoas se relacionarem”, expressou. Isso levantou uma perspectiva interessante sobre como a ética do consumo de música contemporânea tende a ignorar a complexidade emocional que muitas vezes reside na produção musical.

Em outros tópicos da mesma entrevista, Cyrus mostrou apoio a Chappell Roan, uma artista com quem ela compartilha uma amizade e que recentemente falou sobre as fronteiras que deseja estabelecer com seus fãs. Cyrus comentou que gostaria que as pessoas “não fossem tão duras com [Roan]”, entendendo as pressões que vêm com a fama. “É provavelmente muito difícil entrar nesse negócio com celulares e Instagram”, observou. “Isso não foi sempre parte da minha vida, e agora não estou envolvida com isso. Eu nem tenho minha senha do Instagram”.

Por sua vez, Roan declarou que sempre admirou Cyrus, tendo até participado do “Best of Both Worlds Tour” da artista em 2007, uma experiência marcante que solidificou seu amor pela música de Cyrus. A jovem artista descreveu Cyrus como alguém que constantemente se reinventa, mantendo sua autenticidade ao longo dos anos. “Ela é muito verdadeira consigo mesma e produz músicas que são tão autênticas”.

O diálogo entre as duas artistas traz à tona questões importantes sobre a autenticidade na indústria da música, as expectativas sobre imagem pessoal e o impacto da fama sobre a vida privada. Pode-se ver neste intercâmbio não apenas respeito mútuo, mas também um entendimento profundo do que significa ser uma mulher na indústria do entretenimento contemporâneo, especialmente quando se lida com a passagem do tempo e as mudanças que ele traz.

Em resumo, a conversa entre Miley Cyrus e Dolly Parton oferece um vislumbre não apenas da vida pessoal de ambas as artistas, mas também destaca questões universais relacionadas à juventude, autenticidade e a jornada da fama. Este episódio nos lembra que, independentemente da idade, todos enfrentamos as mesmas inseguranças e reflexões sobre o tempo, e que, afinal, a música é uma forma poderosa de se conectar com essas vulnerabilidades humanas.

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